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Goiânia, 20 de abril de 2017

Publicado: Quinta, 20 de Abril de 2017, 12h37 | Última atualização em Quinta, 20 de Abril de 2017, 12h39

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Representantes do MST são recebidos no MEC para tratar sobre educação no campo

Instituições federais recebem R$ 199 milhões para custeio

Evento visa conscientizar sobre planejamento das finanças

Professores receberão vacina gratuita contra vírus da gripe

UOL EDUCAÇÃO

Após reclamações, Inep justifica aumento da taxa de inscrição do Enem

Pesquisa revela visão positiva dos britânicos sobre os estudantes internacionais

Quase 18% dos alunos dizem sofrer bullying no Brasil, aponta estudo

CORREIO BRAZILIENSE

Cine Brasília recebe festival internacional de curtas-metragens

CAS aprova proposta que destina royalties da mineração

MEC autoriza curso superior de tecnologia em serviços jurídicos

GLOBO.COM

Custo total do Enem por participante cai pela primeira vez desde 2010

Estudantes brasileiros são 'felizes' e estão entre os que mais usam internet fora da escola, diz OCDE

Indígena que limpava banheiros para manter estudos passa em dois cursos na federal

FOLHA.COM

É preciso abandonar modismos educativos, diz ex-ministro português

Novo reitor da Unicamp promete extinguir duplo salário na instituição

 

 

N O T Í C I A S      D  A      E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Quinta-feira, 20/04/2017

 

EDUCAÇÃO NO CAMPO

Representantes do MST são recebidos no MEC para tratar sobre educação no campo

O ministro da Educação, Mendonça Filho, e a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), Ivana de Siqueira, receberam na tarde desta quarta-feira, 19, representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para discutir questões voltadas à educação no campo. Os coordenadores nacionais do movimento, Erivan Hilário e Atiliana Brunetto, apresentaram demandas e aproveitaram para saber das políticas do ministério para a área.

Durante o encontro, Mendonça Filho se disse aberto ao diálogo e afirmou que o MEC dará encaminhamento às demandas, para que todos possam receber educação de qualidade, tanto no campo quanto na cidade. “Estamos abertos e dispostos a dialogar e agir, contem conosco”, afirmou o ministro.

Os representantes do MST afirmaram ter dificuldades em alguns estados e municípios para fazer parcerias na área da educação. A secretária Ivana de Siqueira disse que o MEC vai analisar as demandas apontadas e enumerou os diversos programas que o ministério tem, voltados à educação no campo.

Entre eles, há o Escola da Terra, de formação continuada para os professores que já atuam nas escolas do campo, além de cursos de licenciatura nas universidades. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) também repassa recursos referentes aos alunos das escolas rurais. Além disso, tem os programas de transporte escolar e de apoio a estados e municípios para construções de escolas.

A secretária orientou os representantes do MST sobre a melhor forma de aderir aos programas. Ressaltou, ainda, que o MEC tem um setor específico que trata da educação no campo. Na opinião de Erivan e Atiliana, a conversa foi proveitosa; para eles, algumas iniciativas podem beneficiar as escolas de assentamentos rurais.

 

Assessoria de Comunicação Social

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RECURSOS

Instituições federais recebem R$ 199 milhões para custeio

As instituições federais de ensino receberam, nesta terça-feira, 18, R$ 199,52 milhões, destinados a pagamentos relativos a custeio das instituições e programas, além de manutenção das instalações e investimentos, entre outros. Os recursos garantem o funcionamento autônomo dessas instituições.

A maior parte dos valores, R$ 138,19 milhões, será repassada às universidades federais, incluindo hospitais universitários. Já a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica receberá R$ 59,73 milhões. Dentro dos valores repassados para universidades e institutos, também estão R$ 27,26 milhões destinados ao pagamento de despesas relacionadas a assistência estudantil.

O restante, R$ 1,59 milhão, foi repassado às unidades Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), Instituto Benjamin Constant (IBC) e Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

Desde o início do ano, o Ministério da Educação repassou R$ 1,9 bilhão para as instituições federais, incluindo recursos destinados ao pagamento de despesas das universidades e institutos federais, do Ines, do IBC e da Fundaj.

“Os recursos financeiros garantirão que as instituições da rede federal mantenham o bom funcionamento das aulas e demais atividades desenvolvidas – tais como o pagamento de bolsas da assistência estudantil ou pagamentos referentes a água, serviços terceirizados, luz, entre outros”, explica a subsecretária de Planejamento e Orçamento do MEC, Iara Ferreira Pinheiro.

Assessoria de Comunicação Social

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Evento visa conscientizar sobre planejamento das finanças

O Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef) vai realizar, de 8 a 14 de maio, a 4ª Semana Nacional de Educação Financeira. Por meio de ações gratuitas, a iniciativa busca promover a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), uma mobilização multissetorial em prol da promoção de ações na área.

O evento é realizado anualmente desde 2014. Na última edição, no ano passado, houve palestras, cursos, workshops, gincanas, concursos culturais e aulas, totalizando mais de mil ações presenciais e virtuais, organizadas por 153 instituições. O alcance foi de, aproximadamente, 1,3 milhão de pessoas em 458 municípios em todo país.

O Conef é um colegiado do qual o MEC participa em caráter permanente, que tem o objetivo de promover a educação financeira e previdenciária da população, a começar da escola. O comitê – este ano presidido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – visa ainda contribuir para o fortalecimento da cidadania, a eficiência e solidez do sistema financeiro nacional e a tomada de decisões conscientes por parte do cidadão.

Planejamento - A educação financeira, um dos temas transversais presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), é voltada a conscientizar sobre a importância do planejamento, para que o cidadão possa desenvolver uma relação equilibrada com o dinheiro e tomar decisões acertadas sobre finanças e consumo. Um dos pilares é o hábito de poupar.

“A educação financeira vai além do que comumente as pessoas entendem, como algo vinculado apenas à matemática; é planejar para ver seus sonhos realizados. É poupar em todas as áreas, como economizar água fechando a torneira. E essas são ações que podemos trabalhar desde a educação infantil até adolescentes e adultos nas universidades”, detalha Sandra Tiné, presidente do Grupo de Apoio Pedagógico do Conef.

Mais informações sobre a 4ª Semana Nacional de Educação Financeira podem ser obtidas na página eletrônica da iniciativa.

Assessoria de Comunicação Social

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CAMPANHA

Professores receberão vacina gratuita contra vírus da gripe

Os professores de escolas públicas e particulares podem comparecer aos postos de saúde para a vacinação gratuita contra o vírus da influenza (gripe). É a novidade deste ano na campanha nacional de vacinação, que começou esta semana e prossegue até 26 de maio, e tem como meta imunizar 49 milhões de pessoas. O calendário de vacinação em cada unidade da federação pode variar conforme determinação das secretarias de saúde.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Brasil possui 2,2 milhões de professores, dos quais 75% estão na rede pública. O secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares, explica a inclusão dos professores na lista prioritária de vacinação, assim como os idosos e as crianças: “Eles são pessoas que circulam em todos os meios; têm contato diário com todos os alunos. À medida que um professor adoece, todos os demais alunos passam a ser prejudicados com a falta daquele professor. Então, pensar no acesso ao professor é pensar na educação, na garantia e no bem-estar desse profissional, que é fundamental para a existência da educação e para o que acontece na escola.”

Para George Castro, professor de história, a gratuidade atende a uma antiga reivindicação da categoria e deveria, inclusive, estender-se à imunização contra outras doenças. “É uma ação muito positiva, já que temos contato direto com o público”, disse. “É comum alunos gripados contagiarem o educador, que acaba entrando de atestado médico, o que prejudica o andamento do nosso trabalho.” Castro dá aula na Escola Classe 33, em Ceilândia, no Distrito Federal.

Foi para atender a esta demanda que o Ministério da Saúde incluiu os profissionais de magistério entre os que recebem a vacina de graça, juntamente com gestantes, idosos e crianças até cinco anos de idade, por exemplo. “Todos os anos, avaliamos a necessidade de incluir novos grupos de acordo com os riscos de adquirir a doença. Os professores estão sempre em locais fechados, o que aumenta o absenteísmo”, informou Carla Domingues, coordenadora nacional de imunizações.

Carla Domingues informou, ainda, que estão recomendando às prefeituras avaliarem a possibilidade de vacinações volantes, para que sejam realizadas também nas escolas – além dos postos do Sistema Único de Saúde (SUS). A inclusão dos professores também só foi possível graças a uma aquisição maior de vacinas este ano – 60 milhões de doses. Em 2016 foram 54 milhões.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

Quinta-feira, 20/04/2017

 

ENEM

Após reclamações, Inep justifica aumento da taxa de inscrição do Enem

Alvo de reclamações de estudantes desde a última semana, o aumento no valor da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 de R$ 68 para R$ 82 foi explicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em nota publicada nesta quarta-feira, 19 de abril.

Conforme justificativa apresentada pelo órgão, o aumento de aproximadamente 20% é resultado de uma atualização monetária. "Cerca de 6% são relativos ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. Os demais 14% são referentes a correções do mesmo índice não aplicadas entre 2004 e 2014”, diz a nota.

O Inep também reiterou que o valor da inscrição do Exame permaneceu em R$ 35 por 10 anos, apesar das variações dos preços de mercado, reajustes inflacionários e aumento dos custos da seleção e acrescentou que “apesar do aumento, o valor cobrado não cobre o que o Exame gasta com cada participante que faz o Enem”.

O órgão listou, ainda, as taxas de inscrição dos seis principais vestibulares do país para mostrar que, mesmo com o aumento, a taxa de inscrição do Enem 2017 é inferior aos valores cobrados nesses processos seletivos. Um dos exemplos é o Vestibular da Fuvest, que no ano passado cobrou R$ 145, R$ 63 a mais do que a nova taxa do Enem.

Enem 2017

O Edital da próxima edição do Enem foi publicado no último dia 10. Segundo o documento, as inscrições poderão ser feitas de 8 a 19 de maio, exclusivamente pela internet. Já as provas serão aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro, dois domingos consecutivos conforme resultado da Consulta Pública. A divulgação do resultado está prevista para 19 de janeiro de 2018.

A inscrição no Exame permite que o candidato concorra às vagas oferecidas pelas instituições públicas de ensino superior, por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) e às bolsas de estudo integrais e parciais em instituições privadas de educação superior, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni). A partir deste ano, o Enem deixa de ser usado para Certificação de Conclusão do Ensino Médio.

O participante também pode utilizar as notas obtidas na selção no Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec), para cursos técnicos; no Programa de Financiamento Estudantil (Fies), no Programa Ciência sem Fronteiras e para ingressar em instituições de ensino superior de Portugal.

Mais informações podem ser obtidas pelo Edital do Enem 2016 ou pelo telefone 0800-616161.

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EDUCAÇÃO

Pesquisa revela visão positiva dos britânicos sobre os estudantes internacionais

Mesmo com o Brexit, você ainda é bem-vindo a estudar no Reino Unido de acordo com a opinião dos próprios britânicos! Uma pesquisa realizada pela ComRes e encomendada pelo Universities UK, associação representante das universidades do Reino Unido, revelou que 73% dos participantes querem o mesmo número atual ou ainda mais estudantes internacionais no país, após descobrir a contribuição positiva deles na economia do país.

Feita no final de março com a participação de mais de 4 mil respondentes, a pesquisa tinha como objetivo entender a mudança de opinião dos habitantes do Reino Unidos em relação aos estudantes internacionais após a divulgação de dados de outra pesquisa do Universities UK. Ficou comprovado com ela que eles geram mais de £ 25 bilhões para a economia de cidades e municípios universitários do país e os seus gastos dão suporte a 206.600 empregos.

As informações positivas são muito importantes, uma vez que o governo do Reino Unido tem planos de implementar algumas mudanças nas leis de imigração a fim de passar a considerar estudantes internacionais como imigrantes de longo prazo ao invés de visitantes temporários, para diminuir o número de imigração no país.

Outro dado revelador e gratificante da pesquisa é que 75% dos participantes são a favor dos estudantes internacionais trabalharem no país após a conclusão dos estudos, antes de retornarem para seus países de origem.

O Universities UK diz que, apesar de ainda haver algumas preocupações sobre o assunto, a pesquisa comprova que o público britânico reconhece as vantagens de receber estudantes internacionais em suas regiões. Os resultados também mostram o papel essencial das universidades em garantir este impacto positivo da sua população estudantil internacional.

Veja resultados positivos da pesquisa:

24% dos respondentes gostariam de receber mais estudantes internacionais no país e 49% estão contentes com o número atual, totalizando 73% do público britânico interessado em manter os estudantes no país.

Apenas 26% dos respondentes consideram os estudantes estrangeiros como imigrantes.

64% dos respondentes adultos acreditam que os estudantes internacionais têm um impacto positivo na economia das cidades e municípios universitários em que eles estudam no país.

58% dos respondentes adultos acham que esta contribuição ajuda a criar novos empregos.

61% acreditam que os estudantes internacionais também têm um impacto social e cultural valiosos nas cidades e municípios.

75% acreditam que os estudantes internacionais deveriam ser permitidos a trabalhar no país por um período fixo após a conclusão dos estudos, ao invés de retornarem imediatamente para casa.

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EDUCAÇÃO

Quase 18% dos alunos dizem sofrer bullying no Brasil, aponta estudo

No Brasil, aproximadamente um em cada dez estudantes é vítima frequente de bullying nas escolas. São adolescentes que sofrem agressões físicas ou psicológicas, que são alvo de piadas e boatos maldosos, excluídos propositalmente pelos colegas, que não são chamados para festas ou reuniões. O dado faz parte do terceiro volume do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015, dedicado ao bem-estar dos estudantes.

O relatório é baseado na resposta de adolescentes de 15 anos que participaram da avaliação. No Brasil, 17,5% disseram sofrer alguma das formas de bullying "algumas vezes por mês"; 7,8% disseram ser excluídos pelos colegas; 9,3%, ser alvo de piadas; 4,1%, serem ameaçados; 3,2%, empurrados e agredidos fisicamente.

Outros 5,3% disseram que os colegas frequentemente pegam e destroem as coisas deles e 7,9% são alvo de rumores maldosos. Com base nos relatos dos estudantes, 9% foram classificados no estudo como vítimas frequentes de bullying, ou seja, estão no topo do indicador de agressões e mais expostos a essa situação.

A publicação faz parte das divulgações do último Pisa, de 2015, avaliação aplicada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Participaram dessa edição 540 mil estudantes de 15 anos que, por amostragem, representam 29 milhões de alunos de 72 países. São 35 países-membros da OCDE e 37 economias parceiras, entre elas o Brasil.

Em comparação com os demais países avaliados, o Brasil aparece com um dos menores "índices de exposição ao bullying". Em um ranking de 53 países com os dados disponíveis, o Brasil está em 43º.

Em média, nos países da OCDE, 18,7% dos estudantes relataram ser vítimas de algum tipo de bullying mais de uma vez por mês e 8,9% foram classificados como vítimas frequentes.

"O bullying tem sérias consequências tanto para o agressor quanto para a vítima. Tanto aqueles que praticam o bullying quanto as vítimas são mais propensos a faltar às aulas, abandonar os estudos e ter piores desempenhos acadêmico que aqueles que não têm relações conflituosas com os colegas", diz o estudo, que acrescenta que nesses adolescentes estão também mais presentes sintomas de depressão, ansiedade, baixa autoestima e perda de interesse por qualquer a qualquer atividade.

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CORREIO BRAZILIENSE

Quinta-feira, 20/04/2017   

 

BRASÍLIA

Cine Brasília recebe festival internacional de curtas-metragens

Criadores brasileiros e estrangeiros exibem obras de curta-metragem na nona edição do Lobo Fest — Festival Internacional de Filmes Curtíssimos, que chega ao Cine Brasília (106/107 Sul) de 20 a 23 de abril.

O evento é gratuito e conta com películas de menos de 15 minutos de duração.

Na seleção nacional, 14 diretores representam Brasília com ficções, documentários e uma animação. Pela segunda vez na competição, o estudante de cinema Mírcio Amaral, de 22 anos, apresenta a obra Terceiro Movimento de Silêncio, que passará no sábado (22), às 20 horas. Em 2015, ele concorreu com a obra O Outro.

A produção de quase quatro minutos de duração traz a personagem Juliana, uma jovem adulta que vive uma noite de insônia. “A obra traz uma perspectiva comum, de medos, horrores e pressões vividas por muitos”, conta o morador do Gama.

Para conceber o curta, ele usou quatro tipos de equipamentos: duas câmeras fotográficas profissionais que filmam, uma câmera portátil e uma de brinquedo. “A ideia é apresentar texturas diferentes em pouco tempo de vídeo”, explica.

Pela primeira vez na competição com o curta experimental Cine Ruínas, de 3 minutos, o designer Silvino Mendonça, de 29 anos, filmou tudo com o próprio celular. “É uma reflexão sobre a decadência do mercado físico de home vídeo, como fitas cassete e DVDs, em tempos de streaming [distribuição de dados multimídia]”, destaca. O filme independente mescla cenas de Brasília com mapas da internet.

Os curtíssimos brasileiros concorrem a troféus desenvolvidos pelo artista plástico Miguel Simão em cinco categorias: Curtíssimo Nacional, Curtíssimo de Brasília, Originalidade, Animação e Júri Popular. Os vencedores recebem também R$ 600.

Programação do 9º Lobo Fest no Cine Brasília

Abre o festival, na quinta-feira (20), às 20 horas, uma seleção de 12 filmes estrangeiros participantes do Très Court International Film Festival, de Paris, na França. Em seguida, será exibido o drama húngaro Mindenki, de Kristóf Déak, vencedor do Oscar de melhor curta-metragem em 2017.

O evento conta com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura e integra as comemorações oficiais do aniversário de Brasília, celebrado em 21 de abril (sexta-feira). Para comemorar os 57 anos da capital federal, oito produções que abordam vieses diferentes sobre a cidade serão exibidas na mostra Curtas de Brasília.

O festival ainda terá outras oito mostras, uma oficina e bate-papos sobre audiovisual no foyer do cinema ao longo da programação. Alguns longas-metragens serão exibidos nas mostras não competitivas.

Agência Brasília

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SENADO

CAS aprova proposta que destina royalties da mineração

A Comissão de Assuntos Sociais aprovou, nesta quarta-feira (19), uma proposta que destina metade dos royalties da mineração para a saúde e a educação. O objetivo do PLS 254/2013 é ampliar os investimentos em escolas e hospitais públicos. A relatora da matéria, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), justificou que “é consenso que somente a educação e a saúde de qualidade, para toda a população, podem elevar a produtividade, além de amenizar as desigualdades socioeconômicas e inter-regionais”. A reportagem é de George Cardim, da Rádio Senado.

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EDUCAÇÃO

MEC autoriza curso superior de tecnologia em serviços jurídicos

O Ministério da Educação (MEC) homologou parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) que autoriza o funcionamento de curso superior de tecnologia em serviços jurídicos. A autorização foi publicada ontem (18), no Diário Oficial da União. O parecer havia sido aprovado em 15 de fevereiro deste ano pelo CNE e encaminhado para homologação do MEC.

A decisão trata de recurso interposto pela Faculdade de Agronegócio Paraíso do Norte contra a decisão da própria Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC que, no ano passado, negou a abertura do curso.

A aprovação de um curso ténico em serviços jurídicos é polêmica. Antes da homolgação pelo MEC, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifestou-se contra o parecer. Em nota, a OAB diz que, com a medida, o CNE "mais que se distancia de sua função de zelar pelo rigoroso padrão de qualidade do ensino" e abre caminho para o surgimento de uma "classe indefinida de profissionais, criando problemas ainda mais sérios às centenas de milhares de bacharéis em direito que hoje formam-se e não encontram posição favorável no mercado de trabalho".

A OAB diz ainda que procurou a Presidência da República para se manifestar contra a abertura indiscriminada de cursos de direito. "Os cursos técnicos e tecnólogos não são habilitados a formar bacharéis em direito, como já ficou claro em tentativas anteriores de autorizar esse tipo de curso".

Em resposta ao posicionamento da OAB, o Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que representa as instituições educacionais, enviou um ofício ontem (18) ao presidente Michel Temer e ao MEC, no qual posicionou-se a favor da homologação do parecer aprovado pelo CNE.

As entidades afirmam que "nem toda formação no mundo jurídico está sob a batuta do advogado, havendo diversas áreas cartoriais administrativas, por exemplo, em que o profissional tecnólogo pode desempenhar suas atividades". As entidades também argumentam que o Novo Código de Processo Civil assegura ao advogado credenciar qualquer pessoa para retirada dos autos do cartório ou da secretaria, "tarefa que pode perfeitamente ser desempenhada pelo tecnólogo".

O ofício cita o caso dos Estados Unidos, onde profissionais com formação correlata "já exercem regularmente suas atribuições de forma plena, ressalvadas as áreas de atuação exclusiva de advogados".

A OAB chegou a dizer que, caso o parecer fosse homologado, pretendia levar a questão à Justiça. "A educação, especialmente no ramo jurídico, não pode ser tratada pelo Estado como uma simples moeda de troca. Trata-se de direito de cada cidadã e cidadão brasileiro receber ensino de qualidade, com respeito a critérios técnicos coerentes com a responsabilidade de sua futura atuação para a defesa dos interesses da sociedade."

Agência Brasil

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GLOBO.COM

Quinta-feira, 20/04/2017   

 

EDUCAÇÃO

Custo total do Enem por participante cai pela primeira vez desde 2010

Mesmo com uma aplicação extra, o custo total por participante da edição 2016 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) caiu em relação à edição anterior, realizada em 2015. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta quarta-feira (19), o Enem 2016 custou R$ 91,49 por candidato que participou da prova. Essa é a primeira vez desde 2010 que o custo por participante do Enem cai em relação à edição anterior. Em 2015, o valor foi de R$ 93,23.

Um dos motivos da queda no preço foi o aumento no número de participantes de um ano para o outro. Em 2015, após o governo aumentar o valor da taxa de inscrição pela primeira vez em dez anos. Em 2015, quase 8,5 milhões de pessoas se inscreveram na prova, e 7,7 milhões confirmaram a inscrição após o prazo de pagamento da taxa. Já em 2016, o número de inscritos chegou a 9,2 milhões, e 8,6 milhões de candidatos confirmaram sua inscrição.

Já o número de participantes foi de cerca de 5,7 milhões no Enem 2015, e cerca de 6,2 milhões no Enem 2016.

Para o Enem 2017, a taxa aumentou mais uma vez, para R$ 82, e as inscrições vão ser abertas no dia 8 de maio.

Taxas cobriram um quarto do custo

Considerando o número de candidatos que efetivamente fizeram o Enem 2016 (cerca de 6,2 milhões, segundo o Inep), o custo total desta edição do exame do Ministério da Educação foi de cerca de R$ 567 milhões. O valor final é cerca de 28% menor do que a previsão feita inicialmente pelo governo. Em setembro, o MEC havia anunciado que o Enem 2016 custaria R$ 788,3 milhões.

A arrecadação que o MEC fez com as taxas de inscrição cobriram cerca de 25% do custo final. No ano passado, segundo informou o MEC em maio, o total arrecadado foi de R$ 136.257.633,00.

A taxa, em 2016, foi de R$ 68, o que indica que cerca de 2 milhões dos inscritos não estavam isentos, o que equivale a cerca de 30% do total de participantes.

Em 2015, tanto o número de pagantes quanto a porcentagem do custo total do exame que foi bancada pela arrecadação do governo com as taxas foi semelhante.

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EDUCAÇÃO

Estudantes brasileiros são 'felizes' e estão entre os que mais usam internet fora da escola, diz OCDE

Há mais estudantes brasileiros que se dizem felizes do que na média dos países desenvolvidos, revela um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado nesta quarta-feira.

A pesquisa diz ainda que os adolescentes no Brasil também estão entre os que mais usam a internet fora da escola.

Os dados estão no relatório "O Bem-Estar dos Estudantes", o terceiro volume do último estudo PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) de 2015, que entrevistou 540 mil jovens de 15 anos de redes públicas e privadas de ensino em 72 países.

A pesquisa pediu que os alunos avaliassem, em uma escala de 0 ("a pior vida possível") a 10 ("a melhor vida possível"), o grau de satisfação com suas vidas.

A média do Brasil foi de 7,59, pouco acima dos 7,31 obtidos na média dos países da OCDE, que reúne 35 economias, a grande maioria desenvolvidas.

Quando analisado o grupo de 35 países que são parceiros da OCDE, mas não integram organização, o Brasil se situa no meio do ranking, com a décima melhor pontuação - apenas 20 forneceram dados.

Entre os emergentes com melhores resultados estão República Dominicana (8,50), Costa Rica (8,21), Croácia (7,90) ou Colômbia (7,88).

'Muito satisfeitos'

Pouco menos da metade (44,6%) dos jovens brasileiros de 15 anos se disseram "muito satisfeitos" com suas vidas (deram notas 9 e 10).

O resultado é bem superior à média dos alunos da OCDE, que é de pouco mais de um terço (34,1%). Entre o grupo de 20 emergentes que forneceram dados, o Brasil ocupa o 8º lugar.

A proporção dos que deram nota de 9 a 10 é bem mais elevada em países como República Dominicana (67,8%, o melhor resultado de todo o estudo), Costa Rica (58,4%), Colômbia (50,9%) e Montenegro (50,1%).

Por outro lado, em economias asiáticas, como a da Coreia do Sul e Hong Kong, o total de "muito satisfeitos com a vida" não chega a 20%.

Ou seja, apesar de liderarem em relação aos conhecimentos, os estudantes da região são, em geral, menos felizes do que os de outros países do mundo - os alunos de países asiáticos estão entre os primeiros colocados nas provas de ciências, matemática e compreensão da escrita do Pisa, a mais importante avaliação educacional do mundo.

No Japão, que ocupa o segundo lugar no Pisa, apenas 23,8% dos alunos se dizem "muitos satisfeitos" com a vida. Em Taipei, quarto melhor colocado na avaliação educacional, somente 18,5% dos estudantes se consideram muito felizes.

Hong Kong é outro exemplo: ocupa o 9º melhor no ranking de desempenho, mas apenas 13,9% de seus estudantes declaram estar "muito satisfeitos".

O último Pisa, divulgado no final do ano passado, deu destaque para a área de ciências.

"Os dados do Pisa 2015 mostram que há uma modesta relação entre a média da performance em ciências e a média de satisfação com a vida", diz a OCDE.

"Estudantes de países com baixos resultados tendem a relatar níveis mais altos de satisfação com a vida do que alunos de países com alta performance", destaca o relatório "Bem-Estar dos Estudantes".

Há algumas exceções, acrescenta a organização. É o caso da Finlândia, Holanda ou Suíça, onde o desempenho nas provas de ciências se situa acima da média e os alunos declaram estar satisfeitos com a vida.

Já na Turquia, que está entre os 20 últimos colocados nos testes de ciências do Pisa, os estudantes tendem a relatar pouca satisfação com suas vidas.

Média de infelicidade

O índice dos estudantes que se dizem "infelizes" (com notas de 0 a 4) no Brasil é de 11,8%, exatamente a média dos países da OCDE.

"O bem-estar dos alunos se refere ao estado psicológico, cognitivo, social e físico e as capacidades que o estudante precisa para viver uma vida feliz e com realizações", explica a organização.

"O bem-estar é acima de tudo definido pela qualidade de vida", ressalta o relatório, acrescentando que apenas no Brasil e na Colômbia os estudantes desfavorecidos relatam maior satisfação com a vida do que os mais favorecidos. O documento não fornece mais detalhes sobre essa questão.

Outro fator analisado no estudo é o interesse dos pais em relação à vida escolar dos filhos.

"Estudantes cujos pais se interessam por suas atividades escolares têm melhor performance no Pisa do que alunos que relatam falta de interesse de seus pais", diz o documento.

A OCDE também aponta que o envolvimento dos pais em outras atividades (como conversar sobre a escola ou fazer refeições juntos à mesa) tem impacto positivo não apenas no resultado escolar do aluno, mas também no fato deles se sentirem mais satisfeitos em relação à vida.

"Passar tempo apenas conversando é a atividade entre pais e alunos mais fortemente associada à satisfação", ressalta a organização.

"Na maioria dos países, estudantes tendem a relatar que são muito satisfeitos com sua vida quando seus pais realizam regularmente pelo menos uma das atividades em casa (conversar ou fazer refeições juntos)".

No Brasil, 85,2% dos alunos dizem conversar com os pais após a escola, segundo o estudo. A média nos países da OCDE é 86,1%. Na Rússia, Tailândia e Tunísia, o número é pouco acima de 90%.

Uso da internet

Outro indicador medido, a ansiedade, revela que a grande maioria dos alunos no Brasil (quase 81%) se sente "muito ansiosa" mesmo quando bem preparada para as provas. É o segundo índice mais elevado entre os países analisados.

O relatório também revela que os estudantes de 15 anos no Brasil passam mais de três horas (190 minutos) por dia na internet nos dias de semana, no período fora da escola.

É o segundo maior tempo gasto entre os países do estudo, ficando abaixo apenas do Chile (195 minutos). Mas cerca de 20 países não forneceram esses dados. A média na OCDE é de quase duas horas e meia.

Nos finais de semana, os estudantes no Brasil utilizam ainda mais a internet: 209 minutos. Mas estudantes de vários outros países, como Holanda, Suécia ou Reino Unido, passam mais tempo online do que os brasileiros.

A OCDE vê essa atividade como uma forma de estender o aprendizado. "As ferramentas da internet, incluindo redes online, mídias sociais e tecnologias interativas, estão criando estilos de aprendizado, onde jovens se veem como agentes de seu próprio conhecimento e podem aprender mais sobre o mundo", afirma o estudo.

Bullying

O relatório também analisa a questão do bullying nas escolas. No Brasil, 17,5% dos estudantes afirmam sofrer algum tipo de bullying (tirar sarro, sumiço ou destruição de pertences, sofrer rumores e ameaças, por exemplo) algumas vezes por mês. Na OCDE, a média é de 18,7%.

Mas apenas 3,2% dos alunos brasileiros dizem sofrer violência física (socos ou empurrões), segundo o estudo. A média na OCDE nesses casos de bullying é de 4,3%. Em Hong-Kong, é quase o triplo, 9,5%.

O relatório "O Bem-Estar dos Alunos" afirma que alunos com desempenho baixo na escola estão mais sujeitos a se tornar vítimas de bullying.

"De acordo com os resultados do PISA, a proporção de vítimas de bullying é maior em escolas com alto percentual de estudantes que repetiram de ano, onde há pouca disciplina na sala de aula e onde alunos relatam ser tratados de forma injusta pelo professor", diz o estudo.

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EDUCAÇÃO

Indígena que limpava banheiros para manter estudos passa em dois cursos na federal

Um jovem indígena de 21 anos pôde escolher o que estudar após passar em dois cursos na Universidade Federal do Tocantins (UFT). João Paulo Hakuwi Kuady é da etnia Karajá, do Mato Grosso, e viveu uma história de superação, pois as aprovações nos cursos superiores são fruto de muito esforço e dedicação. Durante a preparação para os vestibulares, ele limpava banheiros para manter os estudos após ganhar bolsa parcial em uma escola particular.

Aprovado nos cursos de jornalismo e relações internacionais, através do sistema de cotas, Mairu fala sobre as dificuldades enfrentadas antes e depois de ingressar na universidade. "As pessoas imaginam que é fácil, mas não entendem que competimos de acordo com a dificuldade e diferenças particulares de cada povo. Nós aprendemos primeiro as nossas línguas maternas e só depois o português que é muito difícil", explica.

Ele optou por cursar relações internacionais. O rapaz conta que sempre teve o apoio da família. A avó que dizia que ele deveria estudar 'como o homem branco'. "A sociedade nos limita muito, achando que não podemos ir além dos cursos tradicionais. Sou único indígena do curso na UFT e espero que outros também possam ingressar", conta. Além de estudar, o jovem também é convidado com frequência para compor mesas e dar palestras sobre a cultura dos povos indígenas e as organizações sociais.

O estudante conta que limpava banheiros para pagar os estudos após ganhar uma bolsa parcial em uma escola particular de Goiás, ainda no segundo ano do ensino médio. "Limpava banheiros de segunda a sexta-feira, além de domingos e feriados", relembra.

Mairu não é o único da etnia a passar na faculdade. Além dele, mais cinco indígenas da família também fazem curso superior em universidades de diferentes estados brasileiros. Entre os cursos estão direito, nutrição e medicina.

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FOLHA.COM

Quinta-feira, 20/04/2017   

 

MUNDO

É preciso abandonar modismos educativos, diz ex-ministro português

Por mais controvérsias que existam sobre métodos de ensino, um conjunto de ideias virou praticamente consenso entre educadores nas últimas décadas.

Algumas delas: o aluno deve gostar do que aprende; decorar informações é negativo; e desenvolver competências como pensamento crítico, mais do que ensinar o conteúdo curricular, é o verdadeiro papel da escola do século 21.

Para o matemático Nuno Crato, 65, são erros de uma "pedagogia romântica". Ministro da Educação de Portugal de 2011 a 2015, ele comandou uma comandou uma reforma no sistema educacional do país que recorreu a uma receita clássica.

Priorizou português e matemática, eliminou disciplinas não tradicionais, como estudo acompanhado e projetos, e aumentou o rigor na seleção de professores. Tudo isso em meio a uma crise econômica que reduziu salários do funcionalismo e a críticas de sindicatos e pedagogos.

Após sua saída do ministério, os resultados do Pisa, exame internacional de educação, fizeram o mundo voltar os olhos para Portugal.

Na prova de 2015, o país superou a média da OCDE, organização que reúne o mundo desenvolvido, ultrapassando Estados Unidos e Espanha, por exemplo. Junto a Dinamarca, Suécia e à minúscula Malta, foi a única nação europeia a melhorar em todas as áreas avaliadas.

Hoje, no ranking do exame, Portugal ocupa o 18º lugar em ciências, o 15º em leitura e o 21º em matemática -três anos antes, estava em 29º, 22º e 28º, respectivamente. As colocações do Brasil são 49ª, 45ª e 53ª.

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EDUCAÇÃO

Novo reitor da Unicamp promete extinguir duplo salário na instituição

O físico Marcelo Knobel, 48, eleito novo reitor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) para o quadriênio 2017-2021, toma posse do cargo nesta quarta-feira (19) com a promessa de extinguir, por um ato administrativo, a dupla matrícula de professores e funcionários. A cerimônia está marcada para as 18h, em Campinas.

A medida é uma das que serão tomadas para equilíbrio das contas da universidade. Estão previstos cortes de despesas, revisão de contratos, informatização e otimização dos processos administrativos. "A situação financeira da universidade é preocupante e bem difícil. Vamos buscar medidas para tentar equacioná-la", afirmou Knobel.

A dupla matrícula permite que servidores recebam dois salários –um em razão da nomeação via concurso e outro, cumulativo, por ocupar algum cargo específico. Atualmente, cerca de 60 pessoas estão nesta situação, a maioria com vencimentos que superam o teto constitucional do governador paulista, de R$ 21,6 mil.

É o caso do atual reitor, José Tadeu Jorge. Com as duas matrículas, os vencimentos dele no mês de março somaram R$ 54,3 mil (bruto). Praticamente toda a cúpula atual da Unicamp recebe salário acima do teto do governador. A Folha não conseguiu localizar Tadeu Jorge no início da noite desta terça (18) para falar sobre o assunto.

Knobel afirmou que pretende publicar o ato administrativo na quinta-feira (20), assim que tomar conhecimento de toda a situação. "Isso [extinção da dupla matrícula] é uma promessa de campanha e vamos cumprir já no primeiro dia de trabalho efetivo. Um ato administrativo vai acabar com o subsídio complementar", disse.

No ano passado, o Conselho Universitário da Unicamp rejeitou suspender a remuneração por dupla matrícula. Com isso, a situação permaneceu a mesma. Das três principais universidades paulistas –USP, Unicamp e Unesp–, apenas a Unicamp tem o sistema de dupla matrícula, instituído por decreto estadual em 1997.

Já com relação aos supersalários –cerca de mil servidores da Unicamp têm salários acima do que o governador paulista recebe–, eles se mantêm congelados. "Para os casos novos, nós vamos aplicar o teto constitucional, ou seja, nenhum docente ou servidor passará a receber acima dos R$ 21,6 mil do governador", afirmou o novo reitor.

COTAS

O novo reitor disse ser a favor das cotas étnico-raciais, mas não apenas como o único modelo de acesso de negros, pardos ou índios, à universidade. Ele afirmou que pretende implantar o sistema de cotas já no primeiro ano na Unicamp. Atualmente, a instituição usa um sistema de pontuação para alunos de escolas públicas e que se declaram negros, pardos ou índios.

"Esse assunto já está em tramitação dentro da universidade. Cada setor está discutindo o modelo a ser adotado, e isso será avaliado e aprovado pelo Conselho Universitário", disse Knobel. O sistema de cotas étnico-raciais também é avaliado para cursos da pós-graduação em pelo menos dois institutos da Unicamp.

O físico, que deu aulas até antes de iniciar a campanha, há cerca de seis meses, venceu outros cinco candidatos no primeiro turno, com 52% dos votos. Na eleição, toda a comunidade acadêmica vota: professores, funcionários e alunos. Antes de ser eleito reitor, Knobel também foi diretor do Laboratório Nacional de Nanotecnologia.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as quintas.

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