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Engenharia Civil

Formando de Engenharia Civil desenvolve software para gerenciar resíduos da construção civil

Publicado: Quarta, 05 de Abril de 2017, 09h54 | Última atualização em Quarta, 27 de Abril de 2022, 10h18

O aplicativo W3 Resíduos, idealizado pelo professor Thiago Augusto e desenvolvido pelo aluno Gustavo, é o primeiro programa de computador registrado no INPI pelo CITE do IFG

A última edição de revista Tecnia, da Editora IFG, traz artigo do aluno Gustavo Rodrigues de Oliveira Abreu, formando da primeira turma do curso de Bacharelado em Engenharia Civil do IFG Aparecida de Goiânia, intitulado “Software para gestão de resíduos sólidos da construção Civil”. O trabalho foi desenvolvido sob orientação do professor Thiago Augusto Mendes e apresenta um aplicativo que pode ser de grande utilidade para gestores públicos e empresários da construção civil com vistas à destinação correta dos resíduos em canteiros de obras. As empresas podem ganhar economicamente, ao comercializar resíduos junto a terceirizadas na área de reciclagem, e toda a sociedade se beneficia com ganhos ambientais.

O software, denominado “W3 Resíduos” (pensado a partir dos três “w” para acesso à rede mundial de computadores) foi idealizado pelo professor Thiago Augusto e desenvolvido pelo aluno Gustavo, sob orientação do professor. O sistema facilita o gerenciamento dos resíduos da construção civil, desde a geração até a destinação final de cada tipo de material, considerando aspectos como volume, peso, massa e outros, além de toda a exigência legal para cada caso. Thiago Augusto exemplifica que a etapa de execução de uma estrutura de concreto armado gera resíduos como pedaços de concreto, refugo de brita e areias, pasta de cimento, argamassa, pedações de ferro, arames, madeira e outros materiais, que podem ser reciclados. “O proprietário ou empresário tem que fazer a destinação adequada, não deixar em áreas de várzea, beira de córregos, saber se deve ser levado para o aterro sanitário ou não. Já existem inúmeras indústrias que reciclam esse material, inclusive no município de Aparecida de Goiânia”, explica.

Gustavo e Thiago Augusto contam que o aplicativo já foi testado com sucesso várias vezes e apresentado para órgão municipal ambiental da Capital, mas ainda não chegou a ser aplicado por nenhuma empresa em suas rotinas. Uma vez baixado em um computador ou dispositivo móvel, o W3 Resíduos só precisa de internet para atualizar a transferência de novos dados inseridos ao servidor. Já no cotidiano de sua utilização, o sistema funciona mesmo sem necessidade de conexão com a internet. Gustavo conta que o sistema é um grande banco de dados: “É como se fosse um grande formulário. A pessoa insere dados como tipo de resíduo, a classe, como ele é fabricado, como é condicionado. E os dados são transferidos para o servidor”. O aplicativo terá, nesses formulários, o cadastro das empresas que vão levar os materiais ao destino adequado, emissão de documentação legal digital e possibilidade de realizar diversos filtros de pesquisa e relatórios.

A ideia

A ideia do aplicativo surgiu de uma tentativa do professor Thiago Augusto Mendes de tornar mais atrativa as aulas de algoritmo, associando a teoria computacional a situações práticas da Engenharia. A partir daí, Gustavo trabalhou na programação e executou o projeto, sob orientação do professor. As utilidades podem ser ainda maiores com a utilização do aplicativo por órgãos governamentais na área de meio ambiente. “Na demolição de um prédio, o que vai ser gerado de resíduo? Não se tem nenhum diagnóstico, município que eu conheça, que tenha mais ou menos essa estimativa”, comenta Thiago Augusto.

O projeto de criação do W3 Resíduos está patenteado no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual), em que são patenteadores o aluno Gustavo Rodrigues, o professor Thiago Augusto Mendes e o Instituto Federal de Goiás. O programa de computador é o primeiro registrado no INPI pelo CITE do IFG, fruto de uma iniciação científica em 2014. Este não é o único software desenvolvido pelo novo estudante, que terá sua colação de grau em Engenharia Civil no dia 5 de maio. Gustavo desenvolveu também, junto a uma estudante de Engenharia Ambiental da PUC Goiás, na área de meio-ambiente. Sua pretensão, após a formatura, é já começar a se preparar para um Mestrado em Engenharia Civil. “Ele começou sem bolsa, depois ganhou bolsa, foi melhorando. Já sai da academia com dois artigos publicados em periódicos, uma patente e um bocado de apresentações em eventos”, elogia o professor.

O professor Thiago Augusto comenta que o aplicativo ainda precisa de melhorias, principalmente no que diz respeito à conectividade e à quantidade de dados que possam ser transmitidos ao servidor. Tais melhorias podem ser desenvolvidas pelo autor do projeto, já como profissional, e podem servir de modelo também para os atuais e futuros estudantes do curso de Engenharia Civil. “Nada impede que outros alunos, se toparem a ideia, possam  melhorar ou produzir novos aplicativos ou ferramentas com aplicabilidade para a Engenharia”, comenta. Thiago Augusto destaca que o mais importante, nesse caso, é mostrar aos alunos que eles podem ser um bacharel, empreendedor, pesquisador e professor.

A Revista Tecnia tem periodicidade semestral e é disponibilizada nos formatos impresso e eletrônico. A edição mais recente, referente ao período de julho a dezembro de 2016, foi publicada em março deste ano.

 

Acesse aqui o artigo “Software para gestão de resíduos sólidos da construção Civil”

 

Coordenação de Comunicação Social e Eventos – Câmpus Aparecida de Goiânia

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