Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate - Tradução do site

ptenfrdeitesth

Opções de acessibilidade

Você está aqui: Página inicial > Próximos Eventos (Câmpus Formosa) > IFG > Câmpus > Águas Lindas > Notícias do Câmpus Águas Lindas > Uma Feira Agroecológica para toda a comunidade, em prol da saúde, justiça social e sustentabilidade
Início do conteúdo da página
AGRO CENTRO-OESTE 2019

Uma Feira Agroecológica para toda a comunidade, em prol da saúde, justiça social e sustentabilidade

Publicado: Domingo, 29 de Novembro de -0001, 21h00 | Última atualização em Quinta, 13 de Junho de 2019, 17h00

Evento será realizado até dia 1º, no Campus Samambaia da UFG, em Goiânia

Roda de Conversa sobre Feira Agroecológica
Roda de Conversa sobre Feira Agroecológica

A proposta é criar uma nova forma de repensar a alimentação da população, comercializar produtos agroecológicos, como frutas, verduras, hortaliças, mas ao mesmo tempo estimular o diálogo da sociedade com os agricultores familiares, com quem produz cada alimento.  O estímulo ao conhecimento de como se produzir sem degradar, da origem de cada um deles e a relação com a comida. É nesse misto de ideias e objetivos que uma parceria interinstitucional, por meio de um projeto de extensão, tem viabilizado a realização da Feira Agroecológica Interinstitucional. Mensalmente realizada na segunda quarta-feira do mês, o projeto é uma parceria entre o Instituto Federal de Goiás e o IF Goiano.

O projeto da feira, as dificuldades, avaliação, novas ideias de ampliação foram tratadas na em uma roda de conversa na Agro Centro-Oeste Familiar, na manhã de hoje, 30, na Tenda do IFG. Para a médica do Instituto, que faz parte do Subsistema Integrado à Saúde (Siass), Paula Figueiredo, a agroecologia é uma das mais genuínas formas de promoção da saúde, da equidade, da justiça social, de sustentabilidade e de redução dos danos ao meio ambiente. A médica ressalta que a comida na saúde é um detalhe fundamental e interfere em toda a dinâmica familiar. Segundo Paula, se “antes, as famílias tinham momentos para comer juntas, de repente, os jovens aparecem com um refrigerante e um salgado, porque perderam isso. O arroz e o feijão perderam espaço no prato desses jovens”, destaca.

Para a médica, a feira fortalece a ideia de que a Instituição é promotora de saúde, não só para os estudantes e servidores, mas para a sociedade. O tema vai muito além da alimentação, mas do bom desempenho que a saúde pode trazer para o dia a dia das pessoas, repercutindo, além de outras coisas, em economia e bem-estar. “As pessoas precisam pensar que com boa saúde seu desempenho é melhor, você tem menos gastos. Sem saúde você gasta com remédios, perde aula, precisa ir ao médico pra pegar um atestado. Com isso, podemos pensar também na redução do uso de agrotóxicos, pois o índice de ocorrência do câncer está cada dia maior”, finaliza Paula.

No momento da roda de conversa, uma contradição pôde ser vista. Ao mesmo tempo em que os participantes abordavam a alimentação saudável, as formas de conhecer os alimentos livres de agrotóxicos, a interferência disso no cotidiano das pessoas, na tenda ao lado, um grupo de estudantes do ensino fundamental estavam lanchando os industrializados: milhopan e achocolatado. Neste momento, o grupo reafirma a importância de levar as discussões para dentro da escola e ampliá-la para um público maior, tendo como um dos espaços a Feira Agroecológica.

A nutricionista do IFG e que também atua no Siass, Ariandeny Furtado, compartilha da ideia de que a feira “não apenas faça as pessoas se alimentarem melhor, mas adquirirem conhecimento sobre a forma de produção dos alimentos, os motivos de se alimentar bem, e que a participação do IFG na Agro Centro-Oeste é uma forma de inserção social e de ocupar um espaço muito importante”, diz.

Experiências

Participante da Feira Agroecológica, a agricultora familiar e representante do Movimento Camponês Popular, Leonice Dias de Oliveira, traz um pouco da sua experiência nas três edições já realizadas da feira: “A nossa dificuldade é que fazemos um planejamento e se não vendermos vamos acabar perdendo. A feira veio num momento incrível pra gente, para o movimento camponês popular. Com o tempo, a ideia é ampliarmos a diversidade, trazendo mais produtos”, ressalta.

Filipe Barbosa, do grupo de estudos em Consumo, Cultura e Alimentação (Gecca), da UFG, reafirma o caráter de resgatar o que as pessoas perderam com o tempo, que é o convívio, o presencial. “Sair da coisa mecânica, que é o supermercado, estar em contato com o agricultor familiar, ver as necessidades deles, conhecê-los. Se a gente quer pensar em agroecologia, em adequar a produção de alimentos ao meio ambiente, a feira é um espaço pra isso. É um trabalho que tem que ser institucionalizado, é uma forma de inclusão social”, defende.  

Assistente social do Câmpus Goiânia, Marina Burjack conta que no Câmpusa feira tem surtido efeito. “As pessoas já perguntam a data da feira, já mudou a rotina dos estudantes e servidores nesse sentido. É um momento também de conhecimento, pois sabemos de muita coisa, mas não temos o conhecimento básico. Às vezes, a gente tem a experiência, sabe de muita coisa, mas não aprofundamos”, ressalta.

Nesse sentido, o IFG tem realizado ações que tentam aproximar a sociedade da Instituição, gerar trabalho e renda, mas em outra perspectiva, segundo o diretor de Ações Sociais, da Pró-reitoria de Extensão, Willian Batista dos Santos. “Estamos criando uma nova dinâmica para o trabalho, que deixa de ser solitário, e altera para uma outra lógica, valorizando, nesse caso, o trabalho do agricultor familiar. Participar da construção de política pública é muito rico, são ações que têm potencial para enriquecer a participação dos estudantes nesse processo”, defende.

No âmbito da política estadual, Vânia Mara Passos, da secretaria de Saúde, pontua questões importantes para as discussões: “Enquanto sistema de alimentação, o que queremos construir? Queremos trazer um novo olhar pra isso e a feira materializa essa ideia”, afirma. Vânia conta que a ideia é estender o projeto da Feira Agroecológica a outras secretarias municipais, em outras cidades, trazendo esse debate. “De que forma estamos nos alimentando? O que temos consumido?”, questiona.

Feira Agroecológica

A proposta de realização da feita nasceu de uma ação de extensão, partindo do Grupo de Trabalho Promoção da Saúde, cuja ideia era desenvolver um projeto que de fato dialogasse em ambiente institucional questões de alimentação saudável, saúde, relações interpessoais e conhecimento. A Feira já realizou três edições, desde março, e ocorre mensalmente na segunda quarta-feira do mês. Pela manhã, a feira ocorre na reitoria do IFG, depois vai para o Câmpus Goiânia e depois do almoço, para a reitoria do IF Goiano.

A feira começou atendendo apenas à comunidade interna, servidores e estudantes, mas agora é aberta ao público em geral. Além da feira, são realizadas rodas de conversa sobre alimentação saudável e outros temas de saúde, e atividades diversas. A equipe de organização lembra a todos os interessados que não são distribuídas sacolas plásticas, por isso, é muito importante que cada um leve sua sacola pra colocar os produtos adquiridos.

Do projeto da feira Agroecológica foi produzida ainda uma cartilha (veja o material), que possui informações sobre agroecologia, receitas agroecológicas, agrotóxicos, compostos bioativos de alimentos, dentre outras.

 

Mais informações sobre a feira, acesse o site do IFG.

Acesse mais informações da Agro Centro-Oeste Familiar: https://agrocentro.agro.ufg.br/

Veja mais foto no álbum do facebook.

 

Diretoria de Comunicação Social/Reitoria.

Fim do conteúdo da página