Eventos trazem diálogo sobre ansiedade e depressão
“Saúde e bem estar é algo que a gente precisa para a nossa vida como um todo”, declarou a psicóloga Amanda Palla.
![Psicóloga do câmpus Amanda Palla realiza técnica de relaxamento antes de diálogo com alunos do ensino médio Psicóloga do câmpus Amanda Palla realiza técnica de relaxamento antes de diálogo com alunos do ensino médio](/attachments/article/12846/ansiedade.jpg)
O Brasil é o país que mais sofre de depressão na América Latina. Segundo dados de 2018 da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 6% da população brasileira sofrem da doença. A ansiedade também preocupa. Conforme levantamento da OMS, 9,3% da população brasileira apresentam o transtorno. Duas atividades voltadas para o assunto foram realizadas na noite de ontem, 25, e na manhã da última quarta-feira, 24, no Teatro do Câmpus, a fim de abrir espaço para que alunos e servidores pudessem contar suas histórias, questionar ou apenas escutar.
Na manhã de quarta-feira, as professoras Ariane Bocaletto Frare e Ana Paula Melo Saraiva Vieira organizaram mais uma ação dos Projetos Integradores, com datas previamente agendadas para serem realizados com alunos do ensino médio. A temática abordada, Saúde e Bem-Estar, foi desenvolvida com a palestra Como ter saúde mental e lidar com a ansiedade, com a psicóloga do câmpus, Amanda Palla.
“Quando falamos em ansiedade, logo pensamos ‘posso deixar para depois’, mas nós temos que cuidar da gente todos os dias” - Amanda Palla, no Projeto Integrador
A psicóloga realizou práticas de alongamento e relaxamento com os alunos. Em seguida, Amanda falou sobre sentimentos, ansiedade e levou os estudantes a refletirem sobre frustrações. “A gente precisa aprender a lidar com as frustrações, a dar uma novo significado para elas”, disse Amanda.
Ainda sobre o mesmo eixo, o público do teatro Guaiá participou ontem à noite da roda de conversa promovida pela coordenadora do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, Professora Thaís Amaral e Sousa, A dor está nos detalhes: compreensão da ansiedade e depressão, com a participação da psicóloga Agnes Oliveira.
Agnes explicou que a empatia é o modo de compreender a dor do outro. “O primeiro passo para eu entender qualquer coisa sobre adoecimento psicológico é ser capaz de me colocar no lugar dessa pessoa que está adoecida”, afirmou.
“Estar no lugar do outro parece impossível” - Agnes Oliveira, na Roda de Conversa A dor está nos detalhes: compreensão da ansiedade e depressão.
Ela explicou que a depressão, além de causar alterações emocionais e psicológicas, causa também mudanças químicas no organismo. “É por isso que às vezes é tão difícil de o indivíduo sair deste estado”, declarou. Sobre a ansiedade, Agnes citou o preconceito que a sociedade tem com a doença. “O maior problema é que as pessoas têm banalizado. Acham que a ansiedade do dia a dia é igual à ansiedade diagnosticada”, relatou.
Logo a psicóloga abriu espaço para que a plateia relatasse casos e opiniões sobre as doenças psíquicas mencionadas para discussão em grupo. Para finalizar, a Agnes citou várias formas de atendimento às pessoas que sofrem de depressão e ansiedade, inclusive escutar o outro. “Às vezes é muito difícil ouvir este tipo de relato, porque a gente chega a sentir a dor que aquela pessoa está sentindo, mas foi uma experiência incrível”, finalizou a convidada.
Setor de Comunicação Social/Câmpus Formosa
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