Competição de Catapultas anima o sábado do Câmpus
Equipes disputaram quatro categorias, aplicando fundamentos das ciências exatas
Nem o chuvisco, nem o vento do último sábado, 19 de novembro, impediram a estreia da Competição de Catapultas na XIII Semana de Educação, Ciência e Tecnologia (Secitec) do Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás (IFG). O evento despertou a curiosidade dos participantes da Secitec e fez surgir fãs de uma nova competição no Câmpus.
A ideia partiu dos professores Divino Gabriel Lima Pinheiro e Daniel Ordine Vieira Lopes, ambos da área de exatas. Daniel já havia executado com os estudantes do Câmpus Formosa propostas anteriores de competições de construção de montanhas-russas e guindastes, e Divino Gabriel é o idealizador do Concurso de Construção de Pontes de Palitos de Picolé, do qual os dois docentes também participaram, na última sexta-feira. “É uma excelente oportunidade de os estudantes trabalharem soft skills fundamentais para o profissional engenheiro, como administração de tempo e de orçamentos, liderança, resolução de problemas práticos e gestão de equipe”, apontou Daniel. É assim que o ensino acontece no IFG: com muita prática.
A Competição de Catapultas tinha dois objetivos e duas etapas: atingir um alvo a 15m de distância e alcançar a maior distância possível. O alvo a ser atingido tinha círculos concêntricos, de 1m, 2m, 3m e 4m de diâmetro. Quanto mais próxima a bolinha ficava do centro, mais pontos o grupo adquiria. À primeira vista pode parecer fácil fazer o lançamento de uma bola de tênis com uma engenhoca de ferro ou de madeira, mas os participantes sabem que não foi tão simples assim.
Para confeccionar o equipamento, era necessário utilizar peças e materiais simples – tábuas, elásticos, molas, canos PVC e outros. A maior parte das catapultas foi construída com ferro ou madeira, garrafas PETI, vasilha de lanche, e outros materiais reutilizáveis. Muitos levaram dias para construí-las, fizeram testes de funcionamento e, ainda assim, tiveram problemas na hora decisiva, a exemplo de elásticos arrebentados, utilizados para dar impulsão no braço da catapulta. (Confira as equipes participantes na tabela abaixo.)
GRUPO |
COMPONENTES |
GRUPO 1 |
Enzo Pizane Perrone Neudyellen Araújo Ferreira Alice Cristina Cavalcante da Cruz Giovana dos Santos Cardoso |
GRUPO 2 |
Luana Gouveia da Silva Alves Ângela Gabriele Dias França Patrícia Lima Silva Ygor Vinicius Pereira Nunes Gabriel Henrique Lopes de Abreu |
GRUPO 3 |
Fernanda Ferreira de Brito |
GRUPO 4 |
Thaís Natal Barbosa Raiane Pires Ferreira da Costa Thairine Stefanni Rodrigues Ana Clara Almeida Freire Jéssica Santos de Staídes |
GRUPO 5 |
Dione Gonçalves de Souza Jhozeffer Pablo Alves Gomes João Pedro Monteiro de Azevedo Eduardo Ângelo Soares Sardinha |
Correndo contra o tempo, as seis catapultas – construídas por cinco grupos de, no máximo, 5 integrantes – foram posicionadas na área próxima à quadra de areia, onde aguardavam o momento do lançamento ao alvo. O primeiro era destinado ao teste da máquina, mas as equipes tinham cinco tentativas para atingir o alvo, localizado na quadra de areia. Dois grupos conseguiram pontuações. O Grupo 1, campeão, fez um total de 23 pontos e o Grupo 2 fez 16 pontos. Os demais não conseguiram pontuar na primeira categoria.
Na segunda etapa, para competir na distância atingida, as equipes tinham três tentativas. Pela regra, contabilizava-se a distância que levava até a bola de tênis parar de rolar. O Grupo 4, vencedor, atingiu a distância de 36m, seguido pelo Grupo 1, com 30,7m, e pelo Grupo 2, com 27,6m. (Observe logo abaixo os resultados das equipes nessas duas categorias.)
GRUPO |
ALVO |
MAIOR DISTÂNCIA |
1 |
23 pontos |
30,7m |
2 |
16 pontos |
27,6m |
3 |
0 pontos |
0m (quebra do equipamento) |
4 |
0 pontos |
36m |
5 |
0 pontos |
16m |
Além dessas categorias, foi eleita a catapulta mais sustentável, que tinha como premissa reciclar materiais e aproveitar peças velhas, gastando pouco do orçamento disponível. O Grupo 1 destacou-se em sustentabilidade. “Interessante que a busca pela catapulta mais sustentável fez a maior parte dos grupos não utilizarem o orçamento destinado pela Secitec aos grupos da competição, que era de 100,00 reais. Fizeram com peças de sucata e lixo de construção”, relatou o professor Daniel.
Ocupando posições de destaque em três das quatro categorias na Competição de Catapultas, o Grupo 1 mostrou a sua simpatia por competições e o desejo de participar de outras. “Foi a primeira competição que participamos. Tentamos participar da Ponte [de Palitos de Picolé], mas não deu certo, a gente não conseguiu. Vamos deixar para o ano que vem. Estamos muito felizes! Ganhamos, né?! É legal competir!”, afirmou a estudante do segundo período do curso Bacharelado em Engenharia Civil, Neudyellen Araújo Ferreira. Como lições, ela diz que “sempre é bom vencer” e que “tem que continuar, não dá para desistir”. “O ano que vem tem de novo. É mais um incentivo para a gente continuar no curso, que não é fácil”, reconheceu, a aluna.
A catapulta mais bonita também foi premiada. O prêmio para a melhor estética foi para o Grupo 5. O professor Daniel explicou que o equipamento deveria estar bem montado, bonito e com bom acabamento. As premiações ainda serão realizadas, com medalhas para os vencedores das categorias. A Competição de Catapultas, bem como a XIII Secitec, contaram com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
A Comissão Organizadora pretende introduzir a Competição de Catapultas no calendário de eventos do Câmpus Formosa. “Vamos tentar expandir ano que vem e tornar algo tradicional como a Ponte de Palitos”, declarou Daniel Ordine.
Veja as fotos da Competição de Catapultas no álbum da Secitec 2022 do Instituto Federal de Goiás/ Câmpus Formosa no Facebook.
Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa
Redes Sociais