“Grande problema é o orçamento”
Fala da assistente social Paula Rezende marca palestra no V Seminário de Assistência Estudantil do IFG
Sobre o tema “Um estudo da Política de Assistência Estudantil do IFG”, a Coordenação de Assistência Estudantil (CAE) do Câmpus Formosa realizou uma palestra para estudantes dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio em Biotecnologia e Saneamento e para o curso superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, nesta manhã, no Teatro Guaiá.
A palestra integra a programação local do V Seminário de Assistência Estudantil do IFG e foi proferida pela assistente social do Câmpus, Paula Gonçalves Rezende. À luz do tema, Paula fez uma contextualização histórica da assistência estudantil no Brasil, perpassando as políticas sociais e seguridade social prevista na Constituição Federal de 1988. Na sequência, abordou o Programa Nacional de Assistência Estudantil, até a configuração da Política de Assistência Estudantil do IFG, compreendendo seus avanços e desafios.
O Grêmio Estudantil e demais alunos realizaram uma manifestação com cartazes confeccionados por eles, reivindicando melhorias e políticas estruturantes para o Câmpus, como o reajuste do auxílio-alimentação, que hoje tem o valor de R$ 120,00, e a construção do Restaurante Estudantil. O auxílio-alimentação é obrigatório para todos os estudantes do Ensino Médio do Câmpus Formosa, das modalidades integral e da Educação para Jovens e Adultos (EJA), já que o Câmpus Formosa ainda não dispõe de restaurante estudantil.
Para a assistente social, o orçamento é o grande empecilho para o reajuste e para a obra. Paula explica que o aporte financeiro para os auxílios vem do Programa Nacional de Assistência Estudantil, do Ministério da Educação (MEC). “A gente precisaria ter uma Política Nacional de Assistência Estudantil para que tivesse um orçamento próprio. O que temos é um orçamento que vem desse programa e que pode ser mudado a qualquer momento pelo Governo Federal”.
E as notícias não são animadoras. Com a crise atual, foram realizados cortes na Educação, afetando, segundo Paula, o orçamento institucional e, consequentemente, a assistência estudantil. “Até agora a gente não tem possibilidade de publicar o edital de 2023 porque não sabemos qual é o orçamento. A gente só sabe que houve corte, que este orçamento será menor que o do ano passado”, declarou.
Diagnóstico Socioeconômico
Para analisar e ajustar sua Política de Assistência Estudantil, um dos mecanismos utilizados pelo IFG é o Diagnóstico Socioeconômico, extraído a partir das respostas dos estudantes ao Questionário Socioeconômico disponibilizado no Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP). O Diagnóstico tem a finalidade de traçar o perfil socioeconômico dos estudantes.
O Diagnóstico Socioeconômico dos Estudantes do IFG, com dados referentes ao ano de 2022, foi divulgado ontem, durante o V Seminário de Assistência Estudantil. Segundo o documento, o Câmpus Formosa é o terceiro câmpus do IFG com maior vulnerabilidade social de seus alunos e alunas, ficando atrás de Águas Lindas e Cidade de Goiás. “Nossa política é recente, é de 2016. A gente vem trabalhando na sua reestruturação, para buscar melhorias para nossos estudantes”, conclui Paula.
Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa
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