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ENSINO

Alunos dos cursos técnicos EJA relacionam vários saberes na produção de trabalhos propostos por projetos integradores

Publicado: Segunda, 14 de Fevereiro de 2022, 17h00 | Última atualização em Terça, 22 de Fevereiro de 2022, 10h53

Proposta foi colocada em prática por estudantes do curso técnico integrado em Desenvolvimento de Sistemas, do Câmpus Goiânia

Projetos permitem que diversas disciplinas dialogem durante a execução de trabalhos realizados pelos discentes do curso técnico EJA em Desenvolvimento de Sistemas
Projetos permitem que diversas disciplinas dialogem durante a execução de trabalhos realizados pelos discentes do curso técnico EJA em Desenvolvimento de Sistemas

Estudantes do curso técnico integrado na modalidade educação de jovens e adultos (EJA) em Desenvolvimento de Sistemas apresentaram, nos dias 10 e 11 de fevereiro, os resultados dos Projetos Integradores. As atividades promovidas durante a execução desses projetos fogem daquela rotina que muitos ainda têm de escola: aulas de português, de matemática, de ciências e meio ambiente, tudo de forma isolada. Isso porque a proposta educacional do Projeto Integrador, previsto pelo projeto pedagógico do curso, é justamente integrar, unir colaborativamente e botar vários saberes para conversar, com objetivo de entregar um produto, um trabalho final.

De acordo com com a professora Dagmar Borges, cada Projeto Integrador proposto para as turmas do técnico em Desenvolvimento de Sistemas tem uma disciplina temática. Ela ficou responsável por coordenar as seguintes: Informática e sua interface com o cotidiano, que reuniu alunos do primeiro ano do curso; e Ciência, tecnologia e sociedade, com discentes do terceiro ano.

Na primeira disciplina, o tema trabalhado foi Lixo Eletrônico (e-lixo): como descartar corretamente ou reutilizar, diminuindo seu impacto negativo no meio ambiente. Aqui o objetivo é estimular os estudantes a desenvolverem trabalhos que pretendam conscientizar a sociedade, usando a informação como meio de propagar maneiras de reuso de eletrônicos (celulares, tablets e computadores) adiando seu descarte ou, quando sua reutilização não for mais possível, descartá-los em locais apropriados e de maneira correta.

Foi justamente nessa temática que a aluna Fausta Gomes criou a página Bem-Vindos à Reciclagem. Ela apresentou o projeto pelo Google Sites. “Pude me tornar uma pessoa mais consciente sobre a pesquisa. Ter participado do projeto foi uma experiência incrível, por ter tido a oportunidade de aprender a trabalhar com site”, conta.


Apresentação dos estudantes contou com a presença de professores das disciplinas envolvidas nos projetos integradores, além do chefe do Departamento de Áreas Acadêmicas 4, professor Vinícius Carvalhaes, e da coordenadora acadêmica do DAA 4, Janaína Ferreira

Mas esse não foi o único ensinamento que a discente tirou da participação desse Projeto Integrador. Fausta reconhece que a pesquisa realizada para criar o site a tornou mais sensível às questões sobre lixo eletrônico e percebeu a importância da conscientização da sociedade, principalmente dos jovens, sobre o tema. “[Durante o processo de realização do projeto] você busca muito, pesquisa muito, aprende e se conscientiza. Quando você pesquisa, a pesquisa envolve tudo, todas as matérias”, resume.

Além do site sobre lixo eletrônico, Fausta também entregou, com produto proposto pela disciplina temática Ciência, Tecnologia e Sociedade, um site feito no Wordpress sobre códigos de programação. O tema desse Projeto Integrador é A influência da tecnologia na evolução humana contemporânea e tem a proposta de saber sobre a influência dos adventos tecnológicos no desenvolvimento humano, principalmente no que se refere à comunicação, “o que nos leva a pensar em redes sociais”, completa a professora Dagmar.

“No projeto em que realizamos um site no Wordpress, nós falamos exatamente sobre o avanço da tecnologia nos dias atuais e os impactos disso nas nossas vidas. A tecnologia nos traz muito do que aprendemos em português, porque tem a escrita, da matemática, que vem os códigos”, comenta Fausta.

Para a aluna, a experiência proposta pelos Projetos Integradores mostra que nenhum conhecimento pode ser visto de maneira isolada. “Na verdade, a gente sai ganhando em todas as matérias. Fica pra mim, e acredito que para todos os meus colegas, esse grande aprendizado. Não fica somente na página, no objeto, na pesquisa que você fez, mas tudo em torno dela. Você ganha conhecimento em todas as áreas e isso é maravilhoso”, finaliza.

Mas o que é Projeto Integrador?

A professora Dagmar Borges explica que é uma concepção curricular que favorece o desenvolvimento de práticas pedagógicas integradoras que articulam os conceitos de Trabalho, Ciência, Tecnologia e Cultura. Desse modo, a docente afirma que os projetos integradores permitem a ampliação das possibilidades de integração do currículo, somando-se a outras estratégias de integração dos conhecimentos desenvolvidos que também devem acontecer nos Eixos Formação Geral e de Formação Profissional.

“Os projetos integradores constam de uma proposta pedagógica do novo Curso Técnico Integrado em Desenvolvimento de Sistemas - EJA do Câmpus Goiânia, com uma matriz curricular organizada, de forma integrada, nos seguintes eixos: Eixo de Formação Geral, Eixo de Formação Profissional e Eixo de Formação Integrada. O Eixo de Formação Integrada (onde está localizado o Projeto Integrador) apresenta uma metodologia que tem como estratégia de ensino e aprendizagem o trabalho com projetos”, acrescenta.

Ainda segundo a professora, os projetos são desenvolvidos desde 2020 e são elaborados por docentes e alunos a partir da construção do Plano de Trabalho da Disciplina Integradora, considerando os conteúdos curriculares em articulação com o perfil profissional, demandas locais e regionais. Vale destacar aqui que os cursos técnicos integrados ao ensino médio ofertados pelo Instituto Federal de Goiás têm a premissa de oferecer ao estudante a formação curricular referente ao ensino médio junto à capacitação técnica, passando pela construção da visão crítica em relação à sociedade e ao meio em que está inserido.


Apresentação realizada na última sexta-feira, 11 de fevereiro


Além das propostas integradoras coordenadas por Dagmar, os discentes do curso técnico em Desenvolvimento de Sistemas (EJA) do Câmpus Goiânia trabalharam no Projeto Integrador Formação para o mundo do trabalho, que permite aos estudantes do segundo ano do técnico em Desenvolvimento de Sistemas melhorar a proposta executadas por discentes do primeiro ano do curso, incluindo o uso de linguagens usuais na internet, tais como html, CSS e JavaScrit, para construção do Frontend, ou seja, a criação da interface gráfica do projeto, tendo acesso às principais ferramentas utilizadas para criação de sites.

Coordenado pelo professor Frederico Nogueira Leite, esse projeto serve de base para estudantes do terceiro ano do curso, que após a criação do Frontend pela turma do segundo ano, criaram o Backend, que é a complementação da interface gráfica a partir do uso de banco de dados, frameworks e linguagens de programação.

Já a docente Mônica Bartholo coordenou o Projeto Integrador Informática e seu cotidiano, que teve como subtema Tecnologia na Educação, enfatizando a área de saúde, foco em lesões decorrentes pelo uso excessivo da tecnologia. Participaram do projeto, além dos estudantes do primeiro ano do curso técnico integrado em Desenvolvimento de Sistemas, o professor Carlos Cabral, da área de Informática, assim como Mônica; professora Hosamis de Pádua, da área de Língua Portuguesa, e professor Jefferson Máximo, da área de Educação Física.

Mônica conta que foram realizadas palestras sobre saúde mental e desenvolvimento de sites para internet, com profissionais da área, e que todas as atividades foram planejadas e executadas em conjunto pelos professores e estudantes. “O resultado final foi o desenvolvimento de um site utilizando a ferramenta Google Sites, contendo informações sobre o assunto (Lesões decorrentes do uso excessivo de tecnologia), pesquisa com os próprios estudantes sobre o problema e o como foi o desenvolvimento do projeto. Detalhe interessante, além das informações sobre as lesões em linguagem escrita, os estudantes fizeram a versão do conteúdo em áudio e Leone Morais (tradutor e intérprete de libras do IFG) nos agraciou com a versão em Libras”, detalhou a docente.

 

Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia do IFG

 

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