Exposição destaca trabalhos de mulheres cientistas
Os painéis ficam expostos no piso superior do câmpus até amanhã, 10/03
Sob a coordenação da professora Karla Ferreira Dias Cassiano, alunos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio em Química e Agroindústria no IFG-Câmpus Inhumas organizaram uma exposição de painéis com fotos, biografias e produções de grandes pesquisadoras com protagonismos em áreas que envolvem eixos tecnológicos do câmpus (Química, Produção Industrial e Produção Alimentícia).
Com o título "Mulheres na Ciência? Presente!", a exposição estará disponível no piso superior do Câmpus Inhumas até amanhã (10 de março) à noite. Ao todo, os alunos pesquisaram sobre 18 mulheres cientistas, incluindo pesquisadoras brasileiras e estrangeiras da atualidade e do século passado. "Entre elas, destacam-se Lise Meitner, Rosalind Franklin, Ada Yonath, Margarita Salas, Almira Phelps, Marie Curie e as brasileiras Jaqueline Goes e Marcelle Santos", afirma a professora Karla.
Protagonismo
A ideia surgiu a partir da veiculação de recentes descobertas científicas protagonizadas por mulheres no mundo todo. "Mesmo em um contexto de ampliação da aceitação de mulheres em espaços historicamente masculinizados, é necessário enfatizar o protagonismo feminino, pois os meios de divulgação científica ainda produzem mecanismos de masculinização da produção científica. Divulgar pesquisas coordenadas por mulheres é uma forma de valorizar o trabalho delas na construção do conhecimento e também de incentivar novas mulheres a ingressarem em carreiras científicas", comentou a professora.
Karen Regina Camargo dos Santos, 15 anos, estudante do curso Técnico Integrado em Agroindústria, participou da elaboração da exposição e considera o trabalho muito importante. "Ainda temos vários casos de feminicídio no Brasil, o que é muito triste. Falta respeito e reconhecimento para as mulheres. Temos tantas mulheres guerreiras e estudiosas, mas conhecemos poucas. Durante a pesquisa é que eu fui descobrindo mais mulheres cientistas", disse.
Atenção
A estudante Karoliny Novaes Macedo, 16 anos, aluna do curso Técnico Integrado em Química, lembrou que ainda é comum as pessoas pensarem que só existem cientistas do sexo masculino. "Precisamos compartilhar as pesquisas das mulheres. Existem profissionais competentes que não recebem a devida atenção. E muitos homens ainda pensam que o lugar da mulher é apenas dentro de casa, cuidando do lar."
"Atividades desse tipo são importantes para os estudantes, pois contribuem para desmitificar a ideia de uma ciência quase que exclusivamente masculina, elitista e excludente. Assim, nossas alunas podem se sentir encorajadas a ingressar na carreira e aprender que a ciência é produto de construção coletiva", analisou a professora Karla.
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