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III Encontro de Culturas Negras

Show de Kika Ribeiro encerra primeiro dia do III Encontro de Culturas Negras

Plateia dançou e cantou os clássicos do samba de raiz e composições autorais da cantora

  • Publicado: Sexta, 01 de Dezembro de 2017, 10h31
  • Última atualização em Segunda, 18 de Dezembro de 2017, 09h06
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O encerramento do primeiro dia do III Encontro de Culturas Negras foi responsabilidade da cantora e compositora brasiliense, Kika Ribeiro, que, com muito talento, samba e gingado, cativou e fez o público dançar na noite de ontem, 30.

Com uma carreira repleta de experiências diversas, Kika já passou por muitos estilos musicais, da mpb, o rock e o reggae, mas salienta que seu coração mora no samba. “Eu sou muito pela raiz do samba, essa pegada negra mesmo”, conta Kika.

O repertório do show, realizado no Câmpus Uruaçu do IFG, mostrou bem as influencias da cantora, com músicas de grandes ícones do samba, como Clara Nunes e Candeia. Mas a maior parte das músicas apresentadas foram autorais e estão presentes no próximo álbum de Kika, Negra do Cabelo Raiz.

Kika Ribeiro entrou em palco ao clamor do público, que respondeu aos versos da música Pele Negra, composição de Kika Ribeiro, que chama pela “Pele negra, salgada de água do mar!”. A música deu o tom de resgate da ancestralidade negra à apresentação, que permaneceu por todo o show.

“É uma música que fala de Iemanjá. Eu gosto muito de falar dos fundamentos, de terreiro, de santo, nossa ancestralidade”, a compositora revela.

Kika também contagiou a plateia ao soltar a voz para contar a receita de ser feliz, com a música Receita, também de sua composição. “O samba tem essa energia gostosa, é muito sensual”, defende Kika, que esbanja feminilidade nas composições e em sua performance.

Segundo a artista, “é um privilégio participar de um evento como esse [III Encontro de Culturas Negras], é difícil a pessoa carente ter a oportunidade de conhecer tantas culturas e experiências diferentes”.

Kika também agradece ao “presente de tocar para o público desse evento, levar música para uma instituição [IFG] com tantos seguimentos sociais, culturais, tantos universos”, e promete voltar nas próximas edições. Mas foram os ideais de equidade, diversidade e a cultura brasileira de raíz, no sangue de trabalho da compositora, que a plateia do III Encontro de Culturas Negras aplaudiu.

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Uruaçu.

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