Especialista explica como o racismo pode levar ao adoecimento psíquico das pessoas negras
Na noite desta quarta-feira,04, aconteceu a mesa-redonda: "Racismo e Saúde Mental" dentro da programação da III Semana da Consciência Étnico-Racial. A atividade contou com a presença do psicólogo e psicanalista Francklin Lino e o do estudioso (e, também, morador) do Quilombo Mesquita Manoel Barbosa
"Tudo aquilo que se refere ao povo negro ganhou atributos negativos", conta o psicólogo Francklin sobre o racismo na sociedade brasileira. O especialista começou explicando sobre os processos conscientes e inconscientes do aprendizado, relatando o processo desde a infância.
Francklin ressalta que "todo ser humano sofre" mas alerta: "só que no caso do negro tem este agravante: o racismo, esta estrutura que vai dar um lugar para a gente na sociedade" e mais: "Então, a gente tem esta cultura que adoece".
Quilombo Mesquita
Aquilombado, este é o termo para quem não nasceu em um quilombo mas se identifica com ele. Este é o caso do Manoel Barbosa, que é bahiano mas mora desde 2006 no Quilombo Mesquita (localizado em Cidade Ocidental-GO). Manoel escreveu o livro "Quilombo Mesquita, História, Cultura e Resistência". Durante a mesa-redonda, Manoel logo no início lembra: "Você dizer que todo mundo tem o mesmo direito, não é verdade. Porque o sistema não permite. Então, a melhor forma para você negar algo é dizer: todos são iguais".
Manoel apresentou um pouco do Quilombo Mesquita, mostrou fotos, contou um pouco sobre a história do povo da região: "porque lá, os quilombolas são descendentes de angolanos". Falou um pouco dos produtos produzidos no local, como marmelada; sucos e chás, vindo do quiabo-de-angola.
A III Semana da Consciência Étnico-Racial do IFG Câmpus Valparaíso encerra nesta quinta-feira,05. Veja aqui toda a programação.
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Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Valparaíso
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