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Exposição Coletiva Cotidiane-se

Publicado: Segunda, 28 de Agosto de 2023, 10h15 | Última atualização em Segunda, 28 de Agosto de 2023, 10h15
imagem sem descrição.

Participe da exposição fotográfica coletiva “Cotidiane-se” no XVI Festival de Artes de Goiás!

Durante os dias 19 a 22 de setembro de 2023 será realizada na Cidade de Goiás a exposição fotográfica e intervenção urbana Cotidiane-se. A proposta é aberta ao público em geral que poderá participar enviando fotografias sobre o cotidiano.

 

Como participar?

- Entre os dias 18/08 e 04/09/2023 envie até duas fotografias com registros do cotidiano para o e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. No corpo do e-mail coloque: nome artístico e cidade de origem do autor da fotografia. Em anexo envie a(s) fotografia(s) com qualidade para impressão tamanho 10x15cm e, caso queira, descreva como a(s) fotografou.

A temática da exposição é o cotidiano, os modos de ver sua beleza ou como vê-lo de um ponto de vista incomum a partir de um modo de olhar mais atento.

A exposição fotográfica coletiva será realizada em formato de intervenção urbana, com as fotografias penduradas em varais colocados nas ruas da Cidade de Goiás, durante o XVI Festival de Artes de Goiás, promovido pelo Instituto Federal de Goiás (IFG), entre os dias 19 e 27 de setembro de 2023.

A participação é gratuita!

A escolha, curadoria e montagem da proposta é das pesquisadoras do Núcleo de Pesquisa em Teoria da Imagem (NPTI/UFG/Cnpq): Ana Rita Vidica (UFG), Júlia Mariano (UEG) e Pollyanna Brito (IFG).

 

A fotografia que abre essa chamada pública foi feita em 2021 em andanças no espaço urbano e faz eco à poesia “O guardador de rebanhos” de Alberto Caeiro (1914). Leia um trecho da poesia e se inspire para fotografar e ver a beleza que te cerca, criando sua própria poesia visual. Aproveite e compartilhe seu olhar conosco!

 

O meu olhar é nítido como um girassol

Tenho o costume de andar pelas estradas

Olhando para a direita e para a esquerda,

E de vez em quando olhando para trás...

E o que vejo a cada momento

É aquilo que nunca antes eu tinha visto,

E eu sei dar por isso muito bem...

Sei ter o pasmo essencial

Que tem uma criança se, ao nascer,

Reparasse que nascera deveras...

Sinto-me nascido a cada momento

Para a eterna novidade do Mundo...

 

Creio no Mundo como num malmequer,

Porque o vejo. Mas não penso nele

Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele

(Pensar é estar doente dos olhos)

Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…

 

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...

Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,

Mas porque a amo, e amo-a por isso,

Porque quem ama nunca sabe o que ama

Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

 

Amar é a eterna inocência,

E a única inocência é não pensar...

 

(“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa)

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