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“Discutir sobre saúde mental é imprescindível em todos os momentos”

Publicado: Sexta, 07 de Outubro de 2022, 10h39 | Última atualização em Terça, 25 de Outubro de 2022, 15h02

Afirmação é da psicóloga do Câmpus Luziânia Taísa Fidelis sobre campanha de prevenção ao suicídio e promoção da vida

Palestra "Aprender a sentir", com a psicóloga Lívia Larios
Palestra "Aprender a sentir", com a psicóloga Lívia Larios

O Câmpus Luziânia realizou durante o mês de setembro a Campanha de Prevenção ao Suicídio e Promoção da Vida, intitulada Saúde Mental: construções possíveis. Apesar de a campanha ter sido realizada em um mês específico, as discussões sobre saúde mental são feitas durante o ano todo na instituição. Para a psicóloga do câmpus e uma das organizadoras da campanha, Taísa Fidelis, “essa luta é diária e cotidiana, para além de setembro”.

O sofrimento mental está relacionado àquele sujeito que sofre, em momentos específicos da vida, mas também tem relação com aspectos sociais, familiares cotidianos que se dão nas relações diárias e que portanto refletem em todos nós. Neste sentido, falar sobre saúde mental, promoção da vida e prevenção ao suicídio nos faz olhar para as pessoas que estão em sofrimento, mas também perpassa pela reflexão da perspectiva de futuro que estamos construindo e da dinâmica social que estamos estabelecendo. Olhando para essa perspectiva podemos caminhar rumo ao rompimento de uma lógica que responsabiliza individualmente quem sofre e buscar a construção de uma sociedade e de relações afetivas mais saudáveis”, explicou Taísa.

Durante a campanha e durante o ano todo, o IFG busca a promoção da vida com estas atividades. A psicóloga Taisa considera que “é preciso caminhar rumo a promoção de espaços de escuta, diálogo, grupos de apoio que fogem da lógica de aplicação rígida de conteúdos, provas e avaliações. É preciso buscar a construção de relações que nos possibilitem ressignificar o espaço da escola”, afirmou.

Taísa enfatizou que a pandemia potencializou os processos de sofrimento e adoecimento. “Vivemos um luto, não somente pela perda de pessoas queridas, mas também pela perda de vínculos afetivos, relações interpessoais, perdas econômicas que trazem também muita insegurança”, disse a psicóloga. A pandemia trouxe ainda prejuízos para vida escolar dos estudantes. “A perda do espaço escolar presencial trouxe consequências negativas no aprendizado, nas questões comportamentais, na forma como lidamos com os conteúdos e avaliações, que ainda estamos tendo que lidar e teremos que ter paciência para lidar por algum tempo. Todos esses aspectos tornam nossos estudantes, a comunidade escolar e a comunidade em geral mais frágeis emocionalmente”, afirmou Taísa.

 

A Campanha

Realizada no mês de setembro, sua primeira atividade aconteceu no dia 8 com a palestra “Quem tem tempo para sofrer?”, ministrada pela psicóloga Jeisa Marcondes. Nos dias 20 e 28 foram realizadas, respectivamente, as palestras “Saúde mental e trabalho: a realidade vai mal, provavelmente você também”, com a psicóloga Nádia Meireles, e “Aprender a sentir”, com a psicóloga Lívia Larios. E no dia 21 de setembro, a professora Paula de Almeida realizou o Cine-Psi, com a exibição do episódio da série Além da Imaginação para discussão do tema “Combater o racismo é prevenir o adoecimento mental”.

 

Coordenação de Comunicação Social / Câmpus Luziânia.

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