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Pós-Graduação

Terceira turma da especialização Educação para Cidadania tem aula inaugural com cientista política

Publicado: Segunda, 04 de Abril de 2022, 23h25 | Última atualização em Sexta, 20 de Maio de 2022, 16h17

A abertura foi realizada pelo gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, professor Bruno Quirino Leal, com presença dos professores Clóvis de Souza e Deborah Celentano

Turma discute política aplicada a situações escolares
Turma discute política aplicada a situações escolares

Educação Política para Cidadania foi o tema da aula inaugural da terceira turma do curso de especialização em Educação para Cidadania, na noite de sexta-feira, 1º de abril, realizada no Bloco Tecnológico do Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás (IFG). A palestra de abertura contou com a participação da cientista política, Graziella Guiotti.

Cientista política Graziella Guiotti abre as aulas para a terceira turma da especialização
Cientista política Graziella Guiotti abre as aulas para a terceira turma da especialização

 

Doutora em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP), Graziella Guiotti é professora na Escola de Políticas Públicas e Governo (EPPG) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A docente já foi pesquisadora visitante na Universidade de Harvard e na Universidade Nacional San Martín, e tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em processo decisório em políticas públicas, atuando principalmente em estudos legislativos, instituições informais, presidencialismo de coalizão, frentes e bancadas parlamentares.

 

Federações

Terceira turma se reúne para primeira aula da pós-graduação após retorno presencial
Terceira turma se reúne para primeira aula da pós-graduação após retorno presencial

 

A palestrante abordou temas bastante polêmicos em rodas de discussão política: coligações partidárias e financiamento eleitoral. Para ela, o excesso de partidos políticos reduz a governabilidade. Segundo a cientista política, as federações partidárias, que surgem para substituir as coligações já no novo período eleitoral, têm importante função na redução do quantitativo de partidos políticos. A justificativa está no fato de que as federações precisam ser nacionais, ter um estatuto – o que demanda uma ideologia consensual – e ter um período mínimo de quatro anos, caso contrário os partidos são penalizados. “Se a federação é um noivado à moda antiga, as coligações eram como que uma ficada de carnaval”, comparou.

“A política funciona como uma nuvem no céu: você olha pra ela e ela está de um jeito e então olha de novo e rapidamente ela está de um jeito completamente diferente”, analisou a cientista política Graziella Guiotti.

 

Financiamento

Outra questão tratada foram os financiamentos de campanhas políticas, que carregam o eterno embate entre o público e o privado. A professora apresentou prós e contras de campanhas financiadas com o dinheiro público e o privado. “As nossas regras de financiamento eleitoral ainda têm um caminho longo a ser percorrido para a gente pensar num sistema que seja mais justo”, afirmou.

Graziella defende o financiamento empresarial a fim de tornar o processo mais transparente possível: “Considero que o fim do financiamento empresarial foi negativo para o nosso sistema. A influência do dinheiro na democracia e na política é uma questão que não é só brasileira, é um dilema em qualquer lugar do mundo”. “É melhor que haja uma institucionalização dessa doação, que seja transparente, do que isso seja feito por meio da pessoa física, do empresário que é dono da empresa, que é sócio”, concluiu.

Após a palestra, Guiotti respondeu perguntas e comentou colocações dos pós-graduandos sobre temas diversos, como a participação da mulher e da pessoa negra, o papel da educação na política, educação democrática versus educação ideológica. “O papel do educador é tentar separar aquilo que ele pensa daquilo que ele ensina. Isso é educar democraticamente”, refletiu a palestrante.

 

Setor de Comunicação Social/Câmpus Formosa

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