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Agricultura familiar

Visita técnica à Cooperval proporciona esclarecimento sobre cooperativismo e assentamentos

Publicado: Quinta, 23 de Novembro de 2023, 19h47 | Última atualização em Sexta, 24 de Novembro de 2023, 10h45

Estudantes e servidores conheceram de perto a realidade de agricultores familiares da região

Estudantes têm momento imersivo na realidade do agricultor familiar
Estudantes têm momento imersivo na realidade do agricultor familiar

Ontem foi dia de conhecer in loco quem produz os lanches do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) distribuídos aos alunos e alunas do ensino médio do Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás (IFG). Vinte e cinco estudantes do ensino médio, superior e da pós-graduação, acompanhados de cinco servidores, participaram de uma visita técnica à Cooperativa Mista Vale da Esperança (Cooperval), a aproximadamente 90 Km do Câmpus, na região do Itiquira.

O objetivo da visita foi proporcionar um momento de formação social, cultural e política aos estudantes do IFG, possibilitando o acesso dos alunos à realidade das cooperativas, incluindo a riqueza cultural e de conhecimento presente nas comunidades de agricultores familiares existentes na região. Além disso, também tinha o intuito de proporcionar a reflexão sobre os desafios e possibilidades envolvidos no processo de desenvolvimento da reforma agrária.

Grupo a caminho da Cooperativa Vale da Esperança
Grupo a caminho da Cooperativa Vale da Esperança

Percorrendo estrada de asfalto e de terra por cerca de duas horas e meia no micro-ônibus do IFG, o grupo chegou ao local às 9h50. A visita teve início na propriedade de uma das cooperadas, a presidente da Cooperval, Paula Graciela de Sousa Ribeiro, por ser a mais próxima da sede da Cooperativa. As terras de Paula têm 23 hectares e são voltadas para o cultivo de banana, café, hortaliças, abóbora, açaí, pequi, baru, produtos agroecológicos. No entanto, em uma cooperativa, todas as plantações pertencem a todos os cooperados da agricultura familiar.

 

Alunos e servidores visitam plantações
  Alunos e servidores visitam plantações

Falta de água e energia para irrigar as plantações – o que tem sido frequente na região – assustam as famílias, e a escassez de mão-de-obra e a burocracia ainda atrapalham a produção e a venda. “A ideia da cooperativa é justamente esta, cada um produz na sua parcela de terra e cada um ajuda com o que tem para participar das chamadas públicas do PNAE e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), duas políticas públicas do Governo Federal”, explicou Camila Pazzini, nutricionista do Câmpus que acompanhou a visita. Ela e a servidora Francione Neris de Sousa foram as propositoras da visita técnica.

Na sede da Cooperativa, os estudantes participaram de uma roda de conversa com os professores Luis Cláudio Henriques de Moura e Kaithy das Chagas Oliveira; as técnicas administrativas Camila Pazzini, Francione Neris de Sousa e Nayara Luiz Pires; as cooperadas Bel Melo de Moura (presidente da Associação do Vale do Paranã) e Paula Graciela, e os cooperados Augusto Targino Lima, José Maria Araújo e Orivan Rodrigues. O diálogo formativo abordou a agricultura familiar, a reforma agrária, a estrutura e a articulação do assentamento, oportunizando um momento de esclarecimento e participação para os alunos e alunas presentes.

Alimentos produzidos pelos próprios agricultores
Almoço servido na propriedade rural

O almoço foi uma demonstração saborosa da comida típica de fazenda, com galinhada, pequi, salada, suco e doce de banana. “Tudo muito gostoso, feito por algumas mulheres cooperadas”, pontuou Camila. Estavam à frente do almoço, preparado com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Bel, Nathaly Samara Santos Carvalho, Balduina Soares Lima, Adelina Estefan Rocha, Valdenes Patrocínio da Silva Reis e Orivan Rodrigues  A Cooperativa é capitaneada por uma equipe gestora, em sua grande maioria, formada por mulheres.

À tarde, o Seu Augusto, um dos cooperados, contou a história da fundação da Cooperval, há 30 anos, e a importância da educação para a cooperativa, que surgiu a partir de um assentamento, o Assentamento Água Fria. Observando a necessidade de uma escola para as crianças, os assentados descobriram que, por meio da cooperativa, eles poderiam construir uma escola no local. Hoje, a instituição de ensino oferece educação infantil, fundamental I e II e médio. “Os filhos dos cooperados estão na faculdade, fazem curso de Agronomia, Biotecnologia, Técnico Agrícola para poder dar suporte técnico para a família”, revelou Camila.

Na visão do estudante do sétimo período do curso superior de Licenciatura em Ciências Biológicas, Ramon Almeida Rodrigues, “foi uma grande experiência, pois foi possível observar de perto como são produzidos os alimentos que são mandados para o Instituto Federal, como é feito o meio de plantio, o processo de embalagem e etiquetagem”.  “Observei a importância do trabalho corporativo, a busca pelo bem comum de todas as pessoas que trabalham nestas cooperativas, o papel das políticas públicas no estímulo à cooperatividade, fornecendo educação de qualidade e desenvolvendo programas que facilitem recursos para os grupos que buscam trabalhar de maneira corporativa”, afirmou.

A visita técnica foi proposta para ser realizada durante a Semana de Educação, Ciência e Tecnologia (Secitec) do Câmpus Formosa, mas, mesmo sendo adiada, não perdeu o seu teor e força. Para Francione, “foi uma oportunidade de os alunos partilharem de experiências, desafios, consciência coletiva e sustentabilidade”. Camila concorda com Francione: “Foi uma experiência muito rica de troca de saberes”.

 

Fotos: Kaithy Oliveira e Camila Pazzini

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa

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