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Napne promove atividade em alusão ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

Publicado: Terça, 04 de Dezembro de 2018, 12h30 | Última atualização em Terça, 18 de Dezembro de 2018, 13h38

Na ação, foi realizada palestra sobre capacitismo e as consequências na vida do brasileiro com deficiência física

Napne realizou atividade nesta terça-feira, 4 de dezembro, na Cinemateca, para discutir o capacitismo e suas consequências na vida do brasileiro com deficiência física.
Napne realizou atividade nesta terça-feira, 4 de dezembro, na Cinemateca, para discutir o capacitismo e suas consequências na vida do brasileiro com deficiência física.

No último dia 3 de dezembro, celebrou-se o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência e, em alusão a esta data, o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne) do Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás realizou atividade para abordar o capacitismo e seus impactos na vida das pessoas com deficiências (PcDs) e questões sobre acessibilidade durante evento nesta terça-feira, 4 de dezembro, na Cinemateca do câmpus. Durante a ação, o professor de Música, diretor musical e egresso do curso de Licenciatura em Música do IFG – Câmpus Goiânia, Renato do Espírito Santo Magno, que é cadeirante, apresentou os preconceitos gerados pela cultura do capacitismo na sociedade.

Na palestra, Renato do Espírito Santo Magno esclareceu o termo capacitismo como um conceito preestabelecido que define as deficiências como um estado diminuído do ser humano, ou seja, “ quando se olha para uma pessoa com deficiência e já se pensa em todas as limitações dessa pessoa”, disse Renato. O capacitismo, segundo o palestrante, acaba por constituir uma rede de crenças, processos e práticas que reforçam os pontos negativos, ao invés das habilidades das pessoas com deficiências e também acaba reforçando uma mentalidade capacitista entre pessoas com e sem deficiências, intensificando as diferenças sociais.

A cultura capacitista pode ser revelada tanto diretamente, por meio de ideias que vinculem a deficiência à inutilidade total; quanto indiretamente, por meio de ideias eufêmicas que não soam como discriminatórias a priori, mas têm essência capacitista. As consequências com a reprodução do capacitismo em sociedade acabam gerando a falta de empatia com as pautas referentes às pessoas com deficiências, bem como a falta de investimentos em estruturas institucionais, pontuou o palestrante.

De acordo com dados apresentados na palestra, 15% da população mundial tem alguma deficiência. Só no Brasil, são 24% dos brasileiros que apresentam alguma deficiência, conforme Censo 2010. O próprio Renato é um exemplo do enfrentamento à cultura do capacitismo na sociedade brasileira. Ele, que é cadeirante devido ao enfraquecimento ósseo causado pela Osteogênese Imperfeita ou vulgo “Ossos de Vidro”, relatou as experiências e desafios que já enfrentou e encara todos os dias para estudar, trabalhar e realizar apresentações musicais.

Renato chamou a atenção sobre os locais em que se espera que haja uma maior acessibilidade para as pessoas com deficiências, como teatros, shoppings, instituições públicas, instituições de ensino e até mesmo no IFG – Câmpus Goiânia e ressaltou as dificuldades enfrentadas no direito de ir e vir e a necessidade de se garantir a acessibilidade como uma condição de dar autonomia às pessoas com deficiências. Em sua opinião, a maior dificuldade nem tanto é devido às limitações advindas de patologias, mas sim por causa da carência de estrutura institucional, o que acaba limitando as pessoas com deficiências a desenvolverem suas habilidades.

Para a professora do IFG – Câmpus Goiânia, Soraya Bianca, membro do Napne no Câmpus Goiânia e que mediou a palestra, é importante que as instituições invistam na arquitetura universal, com projetos arquitetônicos e urbanísticos que priorizem a acessibilidade e promovam o acesso igualitário como um direito. A professora Soraya ressaltou que não apenas as barreiras arquitetônicas afligem as pessoas com deficiências, mas também as barreiras atitudinais. Segundo ela, a atividade do Napne, dentro do IFG, é contribuir para a formação de sujeitos com atitudes mais humanas em relação às pessoas com deficiências e colaborar na desconstrução do capacitismo por meio da educação.

Após a palestra, os participantes assistiram ao filme Extraordinário, que mostra a história do personagem Auggie Pullman, um garoto que nasceu com uma deformação facial, e os preconceitos que ele enfrenta devido à deficiência.

O Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne) é uma instância instituída em 2018 no Câmpus Goiânia, que visa acolher e ajudar estudantes da unidade com necessidades específicas. O Napne realiza o atendimento aos discentes do câmpus, de segunda a sexta, das 7h às 18h, na sala T-200. O núcleo é integrado por uma equipe multidisciplinar de servidores do câmpus e conta também com a participação de estagiários nesse trabalho para a promoção da inclusão na unidade ( Saiba mais sobre o Napne no Câmpus Goiânia).

Napne do Câmpus Goiânia realizou atividade nesta terça-feira, 4 de dezembro, na Cinemateca.
Napne do Câmpus Goiânia realizou atividade nesta terça-feira, 4 de dezembro, na Cinemateca.

 

Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia

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