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CAPACITAÇÃO

Evento abordou a importância da comunicação não-violenta nas relações interpessoais

Publicado: Quarta, 29 de Maio de 2019, 12h33 | Última atualização em Quarta, 12 de Junho de 2019, 08h43

Oficina conscientizou sobre necessidade de autoconexão e empatia para o bom relacionamento no ambiente de trabalho

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Como se comunicar no ambiente de trabalho de forma não violenta? Com esse questionamento, a psicóloga Maria Aparecida de Oliveira iniciou a oficina Aprimorando as relações interpessoais: a importância da comunicação. O evento foi realizado na manhã desta quarta-feira, 29 de maio, e reuniu servidores do Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG).

Mestre em Psicologia do Desenvolvimento Humano e com formação em Terapia Cognitiva Comportamental, Maria Aparecida falou sobre a importância da comunicação não-violenta para a busca de um ambiente mais harmonioso e, principalmente, para a busca de bem-estar pessoal. A especialista cita o autor da obra “Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais”, Marshall Rosenberg. Para ele toda violência visível – isto é, xingamentos, agressões, entre outras – possuem uma semente na violência não visível, que é originada pela negação dos sentimentos. Esses sentimentos tentam comunicar necessidades humanas que, uma vez desprezadas ou alienadas, motivam expressões agressivas para o próprio indivíduo, o que reflete em sua relação com o outro em julgamentos e críticas.

“As necessidades humanas, no ambiente de trabalho, por exemplo, são de conectividade, amor, produtividade. Se não estou nessa vibração, vou me tornando improdutivo, desconectado daquele ambiente”, afirma a psicóloga. Ao ignorar essas necessidades, o ser humano desperta sentimentos considerados negativos, como raiva, frustração ou mágoa. Esses são o gatilho para que ele se expresse de forma violenta, conforme explica Maria Aparecida.

Para a palestrante, uma das razões dessa forma de comunicar violenta está na educação recebida desde os primeiros anos de vida, que não valorizam os sentimentos. “Nossas emoções querem nos comunicar algo sobre nós mesmo. Se fechamos a porta para elas, não conseguimos nos conectar com a gente mesmo”, esclarece.

Além de evitar o atrito nas relações interpessoais, a comunicação não violenta gera outro fator importante que é a sensação de bem-estar e paz interna e externa. Maria Aparecida salienta que, quando a pessoa não está conectada com suas emoções e necessidades, mesmo que não externalize uma comunicação violenta, isso traz implicações internas, como desgaste da saúde, estresse, angústia e ansiedade.

Por isso, para se praticar a comunicação não-violenta, é preciso estar conectado consigo mesmo. A partir dessa conexão, por meio do autoconhecimento, o indivíduo consegue exercer a empatia, que é a peça chave para o bom relacionamento interpessoal. “A comunicação não-violenta diz sobre nós mesmos. Não posso dar aquilo que não tenho. O primeiro passo para mudar isso é a autoconexão: saber o que se passa comigo mesmo”, complementa a psicóloga.

A oficina foi promovida pela Coordenação de Assistência ao Servidor do Câmpus Goiânia, numa ação conjunta com a Direção- Geral e com a Gerência de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da unidade.

 

Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia.

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