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INCLUSÃO

Curso de extensão em Libras capacita servidores e alunos para comunicação com comunidade surda

Publicado: Quarta, 25 de Setembro de 2019, 18h09 | Última atualização em Segunda, 07 de Outubro de 2019, 09h21

A iniciativa mostra aos ouvintes a Libras como segundo idioma e procura promover inclusão social

Aulas são realizadas duas vezes por semana no Câmpus Goiânia
Aulas são realizadas duas vezes por semana no Câmpus Goiânia

Aprender a Língua Brasileira de Sinais como segundo idioma para se comunicar e impulsionar a inclusão. Esse é o objetivo dos estudantes e servidores que participam da primeira turma do curso de extensão Surdez e Libras: aspectos teóricos e práticos, ofertado pelo Câmpus Goiânia. Aberto inicialmente ao público interno, a iniciativa visa capacitar membros da comunidade acadêmica na comunicação em Libras e, com isso, facilitar o atendimento ao público surdo na Instituição e fora dela.

As aulas do curso são realizadas às segundas e quintas-feiras, nas salas S-105 e S-213. A servidora Maria José Rodarte é uma das alunas e fez questão de participar da seleção para o curso com o intuito de se capacitar para atender possíveis demandas do público surdo no câmpus. “Quando soube do curso, me inscrevi na intenção de poder ser útil à Instituição e ao candidato ou aluno surdo”, afirma.

Alunos são estimulados a fazerem os sinais levando em consideração a expressividade corporal
Alunos são estimulados a fazerem os sinais levando em consideração a expressividade corporal


A servidora é lotada na Coordenação de Registros Acadêmicos e Escolares, local de primeiro contato dos alunos que entram no Câmpus Goiânia do IFG. É lá que eles realizam as matrículas, além de obterem documentos e acompanhamento da vida acadêmica. A preocupação de Maria José ao estar apta a atender pessoas surdas têm relação com a aplicabilidade da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, seguida pela Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, da qual o IFG faz parte. A legislação é uma consequência da constante luta da população surda, já que são quase 10 milhões de brasileiros com deficiência auditiva.

Foi pensando nas políticas públicas de inclusão e na dificuldade de obter intérpretes para cumpri-las que o servidor Leone de Morais Nogueira teve a iniciativa de propor o curso de extensão à Gerência de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão (Gepex) do Câmpus Goiânia. Lotado no cargo de tradutor intérprete de linguagens de sinais e um dos servidores que atua no Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Específicas do câmpus (Napne), ele acredita que é preciso apresentar a Libras à comunidade interna como segundo idioma para que a inclusão das pessoas surdas de fato ocorra, seja no campo institucional como na sociedade.

Em sua metodologia, Leone frisa a importância da comunicação corporal, pois é ela que vai dar o tom da comunicação com a comunidade surda. “Se você não se expressar, utilizar a expressão facial e corporal, você pode até fazer os sinais de maneira correta, mas eles não ganham vida. Faz parte você conseguir se expressar e esse é um dos trabalhos que estou fazendo no curso que é tentar destravar essas pessoas para que elas consigam sinalizar da forma correta”, explica.

Além de trabalhar a expressividade, o curso oferece vídeos, apresentação em slides, prática de diálogos em sala e outras plataformas para aproximar a Libras do universo dos ouvintes. Daniela Sousa, do curso de Engenharia de Transportes, acredita que o aprendizado é uma imersão em um mundo diferente. “Ao longo do curso eu aprendi muito mais sobre a cultura surda, o quanto é difícil pra ele (surdo) chegar a um meio universitário e conseguir conviver no dia a dia. Então, o pouco que a gente faz, de participar de um curso como esse, já ajuda alguém que vai precisar”, aponta a estudante. Ela procurou participar da primeira turma do curso de extensão justamente por não encontrar intérpretes de Libras em eventos acadêmicos em sua área.

Maria José, ao centro, e Daniela à direita durante as aulas do curso de Libras do Câmpus Goiânia
Maria José, ao centro, e Daniela à direita durante as aulas do curso de Libras do Câmpus Goiânia

 

A servidora Maria José Rodarte, assim como Daniela, acha importante conhecer o mundo de quem possui deficiência auditiva. Ela conta que nunca teve a oportunidade de conviver com pessoas surdas e chama atenção para as dificuldades dessa parcela significativa da população, já que o processo de comunicação com ouvintes às vezes não ocorre de maneira efetiva. “Imagine um surdo em uma consulta médica se não houver um intérprete ou um médico que se comunique em Libras?”, questiona.

As aulas do curso de extensão Surdez e Libras: aspectos teóricos e práticos vão até o dia 2 de dezembro. Nelas são trabalhadas ferramentas que proporcionem aos alunos conhecimentos acerca da cultura e identidade surda e conhecimentos básicos sobre a Língua Brasileira de Sinais. Segundo Leone, o objetivo das aulas é dar embasamento para que os cursistas possam se desenvolver fora do ambiente do câmpus, já que o aprendizado ocorre também no dia a dia e com o contato com a comunidade surda.

Para o servidor, o curso oferece preparo para que, diante de uma situação em que o ouvinte possa ser útil ao deficiente auditivo, ele possa saber desenvolver uma comunicação. “Diante disso, ele (ouvinte) tem a capacidade de aprender e aprofundar mais os seus conhecimentos em Libras”, completa.

A ideia é que, com o término da primeira turma, o curso possa ser ofertado a demais pessoas tanto da comunidade interna quanto externa ao IFG.

Confira mais informações.

Ao final das aulas, os alunos são convidados a representarem um diálogo em Libras para fixar o aprendizado
Ao final das aulas, os alunos são convidados a representarem um diálogo em Libras para fixar o aprendizado

 

Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia.

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