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Educação de Jovens e Adultos

 “Chega de deprê, vem pra EJA EPT!”, afirmam estudantes dos cursos de jovens e adultos

Alunos e servidores fizeram um agradecimento à Instituição pelas oportunidades

  • Publicado: Quinta, 19 de Dezembro de 2019, 12h34
  • Última atualização em Segunda, 03 de Fevereiro de 2020, 14h22
Grupo de estudantes, professores e gestores
Grupo de estudantes, professores e gestores

            Eles são movidos pela vontade de mudar de vida, de transformar sua vida pessoal e profissional, de ampliar o movimento EJA na instituição e na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. São estudantes da educação de jovens e adultos do Instituto Federal de Goiás (IFG), de diferentes câmpus, que estiveram hoje, 19, na reitoria do IFG para um bate papo com o reitor, professor Jerônimo Rodrigues da Silva. O grito de guerra Chega de deprê, vem pra EJA EPT! surgiu durante o 2º Encontro Nacional da EJA, realizado no início de dezembro, em Londrina. Isso porque, mesmo com todas as dificuldades do curso e da vida pessoal de cada um, a chamada é para que outros venham estudar no Instituto.

            Além de agradecem a oportunidade de participar do evento, os presentes deram depoimentos do que o IFG significa na vida de cada um. Aproveitaram também para entregar uma carta de reivindicações ao reitor, para os cursos EJA, e pedir apoio institucional para crescimento dessa modalidade, que para muitos ali representa, verdadeiramente, uma conquista, uma nova chance de aprender, ter uma profissão e ser um cidadão. Para quem não conhece, a EJA é destinada a estudantes que por algum motivo pararam de estudar ao longo da vida e, após os 18 anos, puderam retomar os estudos.

            Emocionada, a estudante do curso técnico em Cozinha – Câmpus Goiânia, Talita Lima Rodrigues, ressalta que o IFG é um espaço em que os alunos são ouvidos, que dá oportunidades. “Eu vi que eu poderia um espaço, ser ouvida aqui. Com muito orgulho que venho agradecer, muito obrigada por tudo. Que o EJA não se limite só a instituições. Quando eu falei que ia fazer IFG, nossa, foi uma festa”, conta. Talita afirma que já recebeu, inclusive, oferta de emprego, mas que recusou porque o estudo é prioridade para ela nesse momento. Até finalizar, ela afirma que não pretende ingressar no mercado de trabalho. Para quem não conseguiu ainda entrar no IFG, o recado da estudante é para que persista, que “é preciso continuar na luta”.    

            O reitor reafirmou o compromisso institucional em apoiar a modalidade EJA na Instituição, que como qualquer outra deve desenvolver suas políticas. “Os estudantes da EJA, assim como do técnico ou do superior, são estudantes do IFG da mesma forma, é preciso entendermos isso”, pontua.

A pró-reitora de Ensino, Oneida Barcelos Irigon, anunciou ainda que o IFG vai sediar, em 2020, possivelmente em junho, um evento regional da EJA. Os recursos, na ordem de mais de R$ 1 milhão, foram concedidos pelo Ministério da Educação (MEC), para realização do evento representativo do Centro-Oeste. “Esperamos contar com a ajuda de vocês, inclusive na organização, para que possamos continuar nas discussões da EJA e melhorar para vocês, alunos”, comenta.

             Coordenador da EJA, na Pró-reitoria de Ensino, Ghesley Jorge Xavier coaduna com o desejo do grupo, de que a EJA cresça na Instituição, que as etapas na seleção possam ser revistas e discutidas, para que melhor atenda os candidatos. Essa foi uma das reivindicações do grupo durante o encontro na manhã de hoje. Atualmente, a seleção é feita por meio de sorteio e palestra, não tendo mais a entrevista que existia em processos seletivos anteriores.

A queixa do grupo é que às vezes a entrevista poderia servir para efetivamente avaliar quem deseja fazer o curso inteiro, situar o candidato melhor em relação aos objetivos e às carreiras, para que não haja evasão. Na atual turma do curso de Técnico em Enfermagem - EJA, do Câmpus Goiânia Oeste, por exemplo, dos 30 estudantes que ingressaram, 24 vão receber a certificação. Os alunos atribuem esse resultado ao processo de seleção, mas também à qualidade dos professores, das aulas, ao suporte que a Instituição dá ao aluno. Segundo eles, foi um trabalho realizado durante anos, desde as primeiras turmas, que formavam oito ou 12 estudantes apenas.

Além dos estudantes, o professor do Câmpus Inhumas, Giovani Vilmar Comerlatto, esteve presente na reunião e foi ele quem teve a ideia do grito de guerra. “Descobri minha veia poética, quem sabe não vira hino da EJA”, finaliza.

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Diretoria de Comunicação Social/Reitoria.

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