IFG realiza live sobre a Campanha Novembro Negro
Enfrentamento do racismo e importância da promoção da igualdade são temas que estiveram presentes no bate-papo
O Instituto Federal de Goiás (IFG) realizou na tarde desta quinta-feira, 25, uma live sobre a Campanha Novembro Negro. No bate-papo, os participantes lembraram a importância de construir uma sociedade mais justa, a partir do enfrentamento do racismo em suas diversas formas e a partir do combate à desigualdade, além de falarem sobre a importância da Comissão Permanente de Políticas de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (CPPIR) no IFG e dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabis), entre outros assuntos. A atividade foi transmitida e pode ser conferida no canal oficial do IFG no YouTube por meio do link: https://www.youtube.com/watch?v=HS2-Yz8ucRE
O bate-papo foi realizado pela Diretoria de Comunicação Social (Dicom) do IFG, em parceria com a CPPIR da Instituição e contou com a participação da reitora e professora do IFG, Oneida Barcelos Irigon; da diretora da Dicom e jornalista, Adriana Souza Campos. Participaram também os membros da CPPIR: Neville Júlio de Vilasboas e Santos (professor do Câmpus Anápolis); Paula Almeida (professora do Câmpus Luziânia); e Evaldo Gonçalves (jornalista do Câmpus Jataí).
Novembro Negro no IFG
Como lembrou a jornalista e diretora Adriana Campos, “neste mês de novembro, o IFG intensifica suas reflexões e ações de combate ao racismo e outras que tratam de questões étnico-raciais. E a live é mais uma dessas ações que propõe esse diálogo com a comunidade do IFG e a comunidade externa”.
Na sua fala, a reitora e professora Oneida Irigon destacou a importância da Campanha Institucional Novembro Negro e mencionou o papel institucional do IFG nesse contexto: “O IFG tem um papel a cumprir na construção de uma sociedade mais justa, enfrentando o racismo em suas diversas formas e a desigualdade”.
O professor Neville, depois de um questionamento feito pela jornalista e diretora da Dicom, falou sobre a expressão “lugar de fala” e chamou atenção para a importância do combate ao racismo e às desigualdades sociais. Falando da Campanha Novembro Negro, o professor destacou: “a campanha é fundamental. Ela é estratégica, pois chama toda a comunidade para discutir aspectos do nosso comportamento”. Lembrando que “a linguagem não é neutra” e reforçando o quanto ela “é repleta de significados”, o docente pontuou: “é importante que a discussão sobre o racismo chegue a todos”.
Medo e racismo
Durante a live, vários temas foram abordados. Um deles foi sobre o medo, sobretudo o medo advindo dos casos de violência envolvendo a população negra e parda no país. Sobre isso, a docente Paula Almeida ressaltou: “ser uma pessoa negra no Brasil é ter medo – medo constantemente [...]. Esse tipo de situação a gente vive no cotidiano, não importa o seu grau de escolaridade”.
Evaldo Gonçalves, jornalista do Câmpus Jataí, falando sobre o racismo, lembrou uma música d’As Meninas, “Xibom bombom”, que segundo ele resume bem o racismo estrutural e institucional: “é a tentativa de manutenção desses 350 anos de escravidão das pessoas negras, que foram libertas por leis para ‘inglês ver’ lá no final do século XIX”. Como pontuou o jornalista, “as estruturas que permitiram que as pessoas fossem subalternizadas nos 350 anos de escravidão continuaram a ser mantidas. A escravidão formal foi abolida, mas a manutenção desse estado de permanente exclusão social continuou”.
Na live, os convidados falaram também a respeito de outros temas, como a importância da atuação da CPPIR e de suas comissões locais e dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabis) existentes no IFG e lembraram o evento Encontro de Culturas Negras que será realizado pela Pró-Reitoria de Extensão entre os dias 1º e 3 de dezembro (clique aqui para saber mais).
Confira tudo o que aconteceu na live: https://www.youtube.com/watch?v=HS2-Yz8ucRE
Diretoria de Comunicação Social / Reitoria.
Redes Sociais