As duas foram as convidadas da mesa-redonda realizada nesta quarta-feira, 4, que teve como tema “Diretrizes curriculares da Arte no ensino médio integrado do IFG”. O debate, mediado pela professora Luciana Bigolin Martini, do IFG, foi a atividade do dia do Festival de Artes de Goiás, que se estende até amanhã, quinta-feira.

A professora Mônica Mitchell fez questão de ressaltar a importância do Festival de Artes de Goiás, que neste ano chega à sua 15º edição. Segundo ela, ainda que realizado de forma virtual (em razão da pandemia do novo coronavírus), o festival é fruto de um trabalho coletivo dos professores de arte do IFG e revigora a comunidade acadêmica.

Mônica apresentou um trecho do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFG, no qual o Festival de Artes de Goiás está caracterizado como evento institucional. Também apresentou trecho do Projeto Político Pedagógico Institucional (PPPI) no qual a disciplina Arte está contemplada.

Segundo ela, essas foram conquistas muito importantes e, atualmente, o IFG está debatendo a reformulação das diretrizes curriculares de seus cursos. Os debates, comentou, iniciaram-se em 2018, avançaram em 2019, mas ainda não foram concluídos. Mas a proposta de reformulação aponta mais espaço para o ensino da arte, que está restrito ao primeiro ano dos cursos e passará a constar da grade curricular do segundo ano. “Um ganho fantástico”, disse.

Currículos de referência

A professora Andrezza Moretti contou os caminhos percorridos pelo IFSP para a sua reformulação das diretrizes curriculares, já em vigor, e para a elaboração dos currículos de referência dos cursos, em fase de consulta pública. Segundo ela, processos complexos, com muitos debates e embates na comunidade acadêmica.

No IFSP, as discussões sobre as diretrizes curriculares começaram em 2015, quando o governo federal lançou a proposta de reforma do ensino médio, fragilizando a arte, a filosofia, a sociologia e a educação física. O processo encerrou-se em 2017, quando as diretrizes curriculares foram aprovadas. Mas segundo ela, o fato de a arte ter sido contemplada dentro das linguagens não foi o suficiente.
Andrezza contou que, no IFSP, um mesmo curso pode ter matriz diferente dependendo de onde é ofertado (são 37 câmpus), porque as matrizes das cargas horárias devem levar em conta os objetivos dos cursos e há autonomia para os câmpus definirem esses objetivos.

O desafio, afirmou, é reforçar a importância da arte nos currículos de referência, elaborados com ampla participação dos professores e atualmente em consulta pública. Para a definição dos currículos foram observados o perfil do egresso, os objetivos dos cursos e os conhecimentos essenciais e conhecimentos potencialmente integradores.

A programação do 15º Festival de Artes de Goiás continua nesta quinta-feira, último dia do evento. Às 15h, será realizada uma nova mesa-redonda virtual. Conduzida pelo professor do IFG, Julio Vann, a mesa tratará o tema “Desafios e possibilidades no Ensino Remoto de Arte”. Fechando o Festival de Artes de Goiás, às 19h30, o palco virtual do evento dará espaço para o “Arrisque-se”, que trará apresentações artísticas e culturais da comunidade acadêmica do IFG.

A Comissão Organizadora Executiva do Festival de Artes 2020 prorrogou as inscrições para participação no evento. Elas podem ser feitas pelo link https://sugep.ifg.edu.br/eventos/#/publico/eventos/7fea4dda-8e98-4461-9ebe-227652a42016/inscricao.

Assista ao vídeo da mesa-redonda.

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