Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate - Tradução do site

ptenfrdeitesth

Opções de acessibilidade

Você está aqui: Página inicial > Comunicados do Câmpus Cidade de Goiás > IFG > Câmpus > Goiânia > Notícias do Câmpus Goiânia > Projeto promove o ensino da língua portuguesa para haitianos refugiados em Goiânia
Início do conteúdo da página
Extensão

Projeto promove o ensino da língua portuguesa para haitianos refugiados em Goiânia

Publicado: Sexta, 30 de Novembro de 2018, 13h53 | Última atualização em Segunda, 03 de Dezembro de 2018, 15h39

Solenidade de encerramento dessa primeira etapa do projeto será realizada neste sábado, 1º de dezembro, no Câmpus Goiânia

Projeto de extensão promove aulas de língua portuguesa para haitianos refugiados em Goiânia.
Projeto de extensão promove aulas de língua portuguesa para haitianos refugiados em Goiânia.

Projeto de extensão Acolher, ensinar e aprender: português para imigrantes em situação de vulnerabilidade do Instituto Federal de Goiás (IFG) – Câmpus Goiânia proporciona aulas de língua portuguesa para haitianos refugiados na capital, com objetivo de atender às necessidades linguísticas emergenciais de 60 participantes, para que eles saibam usar a língua portuguesa no dia a dia. Neste sábado, 1º de dezembro, será realizada solenidade às 17 horas, no Câmpus Goiânia, para marcar a conclusão de uma das etapas do projeto.

O projeto de extensão é vinculado ao curso de Letras – Língua Portuguesa do IFG – Câmpus Goiânia, sob a coordenação da professora Suelene Vaz e participação das docentes do IFG – Câmpus Goiânia: Cleide Araújo Machado, Micheline Madureira Lage, Rosângela Medeiros da Luz e Luciana Schuster. A atividade conta também com parceria da professora do Câmpus Ceres do Instituto Federal Goiano (IFGoiano), Mirelle Amaral de São Bernardo. Participam também do projeto 16 alunos do curso de Letras do IFG – Câmpus Goiânia, que estão envolvidos no planejamento e execução das aulas para os haitianos. Além de docentes e discentes do curso de Letras, outros professores do IFG também contribuem com o projeto.

A iniciativa surgiu no ano de 2017, com a proposta de ensinar a língua portuguesa como língua estrangeira ou não materna para imigrantes refugiados em Goiânia, embasada pela abordagem comunicativa e pela metodologia de ensino de línguas para fins específicos. Segundo a coordenação do projeto, já havia a demanda por proporcionar o estudo da língua portuguesa junto aos estudantes intercambistas vindos de diversos países para o Câmpus Goiânia. E, posteriormente, esse anseio de oferecer aulas de língua portuguesa para estrangeiros foi focado para atender a demanda de pessoas em estado de refugiados e portadoras de visto humanitário, como é o caso de haitianos e sírios, em Goiânia, o que resultou no projeto de extensão.

Atenção aos imigrantes

Antes mesmo das aulas do projeto, houve reuniões para mapear as principais necessidades comunicativas do grupo de haitianos e os procedimentos de classificação dos participantes por nível de conhecimento da língua portuguesa. Nesta primeira etapa do projeto, os encontros foram realizados semanalmente, com aulas aos sábados à tarde no Câmpus Goiânia.

Os haitianos que participam das aulas são majoritariamente do Jardim Guanabara. A escolha por esse grupo ocorreu devido eles pertencerem ao mesmo grupo religioso, sendo que foi possível mobilizá-los para participarem do projeto. Mas, além desses, também há a participação de imigrantes moradores da região central que procuraram o projeto e estão frequentando as aulas.

Segundo a professora Cleide Araújo Machado, uma das docentes envolvidas no projeto, o projeto não se limita a atender aos haitianos do grupo do Jardim Guanabara: “Está aberto para haitianos de um modo geral. E no futuro, quando estivermos melhor estruturados, acreditamos que atenderemos diferentes contextos”. A demanda pelo curso tem se ampliado e já há outros imigrantes de outros países, como italianos, mulçumanos de diferentes países e venezuelanos, que aguardam a oportunidade de participar do projeto.

Os participantes do projeto foram divididos em grupos e salas, conforme o nível de conhecimento da língua portuguesa e também de acordo com as necessidades específicas de cada um. Foram criadas oito turmas, sendo: 1 turma para crianças de até 7 anos, 1 turma para alunos de 8 até 14 anos, 3 turmas para alunos adultos iniciantes, 2 turmas para intermediário, 1 turma produção textual para processo seletivo (Vestibular/Enem).

Entre os participantes, há desde crianças até estudantes em nível de graduação. Por exemplo, para os haitianos adolescentes, as aulas têm um caráter de reforço escolar, visando garantir a permanência e êxito desses nas escolas onde estudam. Já aqueles que não têm conhecimento básico da língua portuguesa, as aulas concentram-se na perspectiva de prepará-los para ingressar na educação formal, por exemplo na Educação de Jovens e Adultos (EJA) ou na graduação por meio de vestibular. “Há ainda a formação técnica dos participantes, que serão certificados por módulos. Por exemplo, assim que tiverem um nível adequado em língua portuguesa para acompanhar o curso de ‘saladeiro’ ou ‘garçom’ ou ‘informática’ etc. Eles passarão pelos módulos e serão certificados. Não há uma duração máxima, o projeto apresentado inicialmente durou 2 anos, o projeto atual foi submetido com duração de 1 ano, mas será renovado quantas vezes for necessário”, explica a professora Cleide Araújo. Para o próximo ano, o projeto está previsto para manter as turmas já existentes.

Segundo a organização do projeto, a experiência tem sido de grande relevância não apenas para os haitianos participantes, mas também para os alunos do IFG – Câmpus Goiânia envolvidos na atividade. Atrelado à matriz curricular do curso de Licenciatura em Letras, o curso de língua portuguesa para os haitianos foi ofertado como parte do componente curricular de estágio. Para a professora Cleide Araújo, os estudantes de Letras, por meio do projeto, têm a oportunidade de ensinar o português em uma perspectiva não materna, com exigências metodológicas totalmente diferentes, os quais os professores em formação possam exercer a docência e se aperfeiçoar profissionalmente no ensino de português como língua não materna.

Na solenidade de encerramento dessa primeira etapa do projeto neste sábado,1° de dezembro, haverá comida típica brasileira e haitiana, contação de histórias para as crianças haitianas e brasileiras, música dos dois países, futebol, oficinas de artesanato e muito mais no Câmpus Goiânia.

 

Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia

Fim do conteúdo da página