Professora do Câmpus Goiânia leva projeto literário a alunos do Câmpus Senador Canedo
Oficina ministrada integra projeto de pesquisa cujo objetivo é testar um método diferente de ensino de literatura
Na tarde da última sexta-feira (19), os estudantes dos cursos técnicos em Automação Industrial e Mecânica do Câmpus Senador Canedo do Instituto Federal de Goiás (IFG) participaram da oficina “Literatura e resistência”, na sala T-106. A atividade acontece em parceria com o Câmpus Goiânia e constitui a parte aplicada do projeto de pesquisa “Pressupostos teóricos presentes na base nacional comum curricular: o quê, para quê e como ensinar literatura”.
A oficina é uma etapa do projeto de pesquisa, cujo objetivo é pôr à prova um método diferente de ensino de literatura, explicou a professora de Língua Portuguesa do Câmpus Goiânia, Micheline Lage. “A ideia é trabalhar a literatura partindo do conhecido, de um repertório mais próximo do jovem, e, em seguinte, em um movimento crescente, introduzir textos mais distantes no tempo e na linguagem”, destacou.
Então, disse ela, o método proposto não segue o padrão dos livros didáticos. “Geralmente, o livro didático do primeiro ano do ensino médio traz textos muito arcaicos para a realidade do jovem de hoje”, contou. Além disso, Micheline afirmou que o projeto é tanto um momento de estímulo à leitura literária quanto oportunidade de formação de professores, vez que também participam alunos do curso de Letras do Câmpus Goiânia.
E o método funciona, é o que disse o aluno do primeiro ano de Mecânica, Querley Junio. “A adaptação dos textos é muito boa. Estou conseguindo entender. Eu consegui entender, por exemplo, o livro “O navio negreiro”, de Castro Alves, e olha que ele tem uma linguagem muito complicada, porque usa muito de alegorias e usa muito o Português de Portugal”. Mais do que isso, as oficinas tê m estimulado Querley a ler mais: “está me incentivando muito a ler. Estou procurando ler mais livros, ler mais poemas, inclusive, eu comprei um livro de poema novo”.
Para a professora de Língua Portuguesa do Câmpus Senador Canedo, Aline Belo, as oficinas contribuem para o letramento em literatura e estimulam a leitura prazerosa de textos mais ricos. “Então, as oficinas acabam sendo um exercício socializado na escola de textos literários em uma perspectiva mais agradável”, o que acaba por “despertar no aluno o gosto por textos mais significativos em termos de linguagem”, destacou.
Além das professoras Micheline e Aline, também participaram as estudantes do curso de Letras do Câmpus Goiânia: Flávia Nobre, do terceiro período; e Miralva Santiago Damasceno, do quarto período.
Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Senador Canedo.
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