Importância da EJA é destacada em solenidade do Projeto AlmEJA

Cerimônia de certificação e encerramento do projeto desenvolvido pela Proen foi realizada nesta, 17, na Reitoria do IFG

O Instituto Federal de Goiás (IFG), por meio da Pró-Reitoria de Ensino (Proen), realizou na tarde desta terça-feira, 17 de dezembro, a cerimônia de certificação e encerramento do Projeto Formação Inicial e Continuada Integrada ao Ensino Fundamental na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos das Redes Municipais de Ensino de Goiás AlmEJA. A solenidade, que aconteceu na Reitoria do IFG, contou com a presença de gestores do IFG e do estado de Goiás, além de discentes dos cursos ofertados ao longo de 2024 e, também, de servidores que trabalharam no Projeto.

Participaram da cerimônia e compuseram a mesa diretiva do evento a reitora do IFG, Oneida Irigon; a pró-reitora de Ensino, Maria Valeska Lopes Viana; a coordenadora-geral do Projeto e pedagoga da Proen, Kênia Hidalgo; o gerente de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Estado da Educação de Goiás, professor Divino Bueno; e a diretora da Unidade Prisional Regional Feminina de Luziânia, a policial penal Luana Rayka de Sousa Costa Machado. Durante a solenidade, alunos de diversas cidades receberam a certificação simbólica referente aos cursos realizados. 

Importância da EJA

A importância da modalidade de Educação de Jovens e Adultos esteve presente nos discursos de todos os participantes que estiveram na solenidade de certificação que aconteceu no IFG. A coordenadora pedagógica, Rosselini Ribeiro, falou da importância dos cursos e destacou a relevância da proximidade pedagógica com o público que participa dos cursos e a qualidade do ensino dos cursos que são ofertados pelo Projeto.

A pedagoga Kênia Hidalgo, coordenadora-geral do Projeto, durante seu discurso, falou sobre o perfil dos cursistas, apresentou os dados sobre as formações ofertadas e destacou a importância dos cursos ofertados: “são cursos que primam pela qualidade, levando em conta a formação humana integral dos sujeitos da EJA, e que contribuem com a formação profissional dos estudantes”.

Kênia também falou um pouco do livro que será feito pelos cursistas, da mesma forma que aconteceu com as turmas que se formaram nos anos anteriores do Projeto, e fez um convite para que os concluintes dos cursos escrevam seus artigos. A obra, de acordo com a coordenadora, deve ficar pronta no primeiro semestre de 2025.

A diretora da Unidade Prisional Regional Feminina de Luziânia, Luana Rayka, representou as 29 internas da Unidade que fizeram o curso de Informática Essencial ofertado pelo Projeto. Como tinha ressaltado a coordenadora-geral do Projeto AlmEJA, “foi a primeira vez que o Projeto ofertou curso para o público do sistema prisional”.

^{Mesa diretiva durante a solenidade promovida pelo Projeto AlmEJA}

Luana Rayka falou da importância de o Projeto AlmEJA ser desenvolvido no sistema prisional e destacou: “muitas internas têm dificuldades, mas prezamos o investimento na ressocialização, na educação para que elas possam ter um futuro melhor quando saírem de lá, e o IFG é um parceiro nesse campo”.

Como destacou a pró-reitora Maria Valeska, “esse projeto é muito querido para todos nós, pois ele faz parte de um conjunto de ações que o IFG desenvolve em nome da EJA”. Falando da importância da Educação de Jovens e Adultos, a gestora enfatizou: “a oferta da EJA é um objetivo dos Institutos Federais, e o IFG toma para si esse objetivo de ofertar uma educação de qualidade e vai além, ao ofertar mais do que a lei solicita”. Relembrando que as portas da Instituição estão abertas para o público da EJA, a gestora ressaltou: “a escola é para vocês, jovens e adultos que tiveram que largar seus estudos. O IFG é para vocês! A educação é um direito inalienável”.

O gerente de Educação de Jovens e Adultos da Seduc, Divino Bueno, destacou a importância da parceria com o IFG na oferta dos cursos do Projeto: “são vários momentos de parceria, e esse especificamente é muito especial”. Falando do curso de formação continuada de 180 horas para servidores da Educação, Divino pontuou que “a qualidade do curso, do conteúdo, dos professores é muito boa. Ele vem contribuir com o universo da EJA, tanto para os servidores quanto para os alunos que serão atendidos por esses servidores”.

^{Reitora do IFG participa da solenidade promovida pelo Projeto AlmEJA}

A professora e reitora do IFG, Oneida Irigon, durante sua fala, relembrou um pouco o início do Projeto e, mencionando o que Maria Valeska tinha pontuado, ressaltou: “o IFG é único Instituto que ultrapassa o percentual legal da oferta de cursos da EJA no Brasil. [...] No IFG, entendemos que a oferta da EJA vai além da formação técnica. Ela apresenta uma oportunidade para corrigir desigualdades históricas e promover a emancipação de sujeitos que, por diversas razões, tiveram seu acesso à educação interrompido”.

Agradecendo a Kênia pelo empenho na coordenação-geral do Projeto, Oneida lembrou que o Projeto já está em sua terceira certificação e que muito ainda será feito nessa área: “A educação é mais que um direito; é uma ferramenta de transformação e pode promover a emancipação dos sujeitos. E o Projeto Almeja permite que os estudantes desenvolvam o pensamento crítico, uma formação integral, omnilateral que desperta a criticidade e a compreensão de mundo. Saímos dessa certificação mais fortalecidos. A gente ensina, mas aprende com vocês. É uma soma de conhecimento que fortalece a sociedade”, afirmou.

Projeto AlmEJA

O Projeto Almeja ofertou em 2024 curso de formação continuada sobre a EJA para servidores da educação e curso de Informática Essencial para alunos dos cursos EJA. Os cursos foram ofertados em diversas cidades do estado de Goiás, além da Unidade Prisional Regional Feminina de Luziânia. A iniciativa buscou aprimorar a aprendizagem e garantir o desenvolvimento integral dos sujeitos da Educação de Jovens e Adultos, contribuindo com a formação e a qualificação profissional dos estudantes da EJA.

Voltado ao desenvolvimento de ações para a implementação da Política de Educação de Jovens e Adultos (EJA), o Projeto foi selecionado pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação (MEC), a partir de uma proposta encaminhada pela Pró-Reitoria de Ensino do IFG no final do ano de 2019. 

Com recursos de Termos de Execução Descentralizada do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o AlmEJA oferta cursos de Formação Continuada para servidores do IFG e para professores das Redes Municipais e Estadual de Goiás e, também, a oferta de cursos FIC integrados ao Ensino Fundamental (anos finais) e Ensino Médio para os estudantes da EJA. Ao todo, em 2024, foram ofertadas pelo Projeto 225 vagas para profissionais da Educação e 360 vagas para os estudantes da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Participam do Projeto os câmpus Anápolis, Aparecida de Goiânia, Cidade de Goiás, Goiânia Oeste, Inhumas, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Uruaçu e Senador Canedo, além das secretarias de Educação dessas respectivas localidades e, ainda, dos municípios de Goiatuba, Caldas Novas e Trindade.

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Diretoria de Comunicação Social / Reitoria.