Câmpus Inhumas inicia Projeto de Gestão Ambiental por meio de vermicompostagem
Paralelamente, serão definidos pontos de coleta de resíduos recicláveis limpos produzidos nas áreas administrativas do câmpus
![Caixas para coleta de resíduos secos serão espalhadas pelo câmpus](/images/ifg/campus/inhumas/caixa_residuoseco.jpg)
Desde ontem, 19 de abril, uma estrutura diferente, formada por três baldes de plástico e um suporte metálico, localizada perto da Biblioteca Atena tem chamado a atenção de alunos e servidores do Câmpus Inhumas do IFG. A composteira começou a ser utilizada, numa primeira fase, recebendo resíduos orgânicos (cascas e restos de frutas, verduras, legumes, sachês de chá sem etiqueta e borra de café) produzidos pelos servidores técnico-administrativos do câmpus. É a fase inicial do Projeto de Gestão Ambiental do câmpus.
Ainda no final do ano passado, a servidora Milena Bruno Henrique Guimarães, que ocupa o cargo de auxiliar de biblioteca, apresentou propostas de ações sustentáveis para a direção-geral do câmpus e recebeu o apoio necessário para colocá-las em prática. "Em 2016 e 2017, participei dos projetos Residência Resíduo Zero e Escola Resíduo Zero, ambos em Goiânia. Foram ações de um projeto maior chamado Sociedade Resíduo Zero. Assim, recebi um kit de compostagem e informações sobre educação ambiental, consumo consciente e gestão de resíduos. Então, desde 2016, utilizamos a vermicompostagem (compostagem com minhoca) na minha casa, com resultados muito interessantes, já que o húmus e o líquido biofertilizante produzidos são utilizados numa pequena horta e nas plantas que temos no jardim. A partir daí, comecei a pensar como isso poderia ser implantado aqui no câmpus", explica a servidora.
Entrevistas
Entre dezembro de 2017 e fevereiro deste ano, Milena fez entrevistas com 52 pessoas que trabalham no Câmpus Inhumas (45 técnicos-administrativos, 4 docentes, 2 terceirizados e 1 estagiária). As perguntas foram o instrumento de sondagem para identificar os tipos de materiais que são descartados e os hábitos dos servidores em relação à produção de resíduos sólidos. A partir desse levantamento e com o apoio da direção-geral, foi elaborado um projeto que busca estimular a prática dos 5R's: repensar (hábitos e atitudes); reduzir (a geração e o descarte); reutilizar (aumentando a vida útil do produto); reciclar (transformando num novo produto) e recusar (produtos que agridam a saúde e o meio ambiente).
Os itens necessários para a primeira composteira do câmpus foram resultado de um trabalho em equipe. "Para montarmos a vermicompostagem, meu primo fez a doação dos baldes, meu pai montou o suporte metálico, eu consegui doação da serragem e o gerente de Administração, Tomil Pereira Kikumori, doou o húmus com as minhocas", comenta Milena.
De acordo com a servidora, os dois primeiros baldes são forrados com húmus para receber as minhocas. Em seguida, é depositada a matéria orgânica (resíduos coletados em potes localizados na copa e em diferentes setores do câmpus) e depois vem a cobertura com serragem. O terceiro balde da estrutura armazena a parte líquida, ou seja, o biofertilizante resultante do processo. A ideia é que o material produzido seja utilizado nas plantas e área verde do próprio câmpus.
Essa fase inicial do Projeto de Gestão Ambiental do Câmpus Inhumas será avaliada nos primeiros dias de junho, durante a Semana Nacional do Meio Ambiente. Nas próximas semanas, o volume de resíduos produzidos pelos servidores técnico-administrativos também será calculado. Paralelamente ao projeto da vermicompostagem, serão identificados locais para o descarte dos resíduos recicláveis limpos produzidos nas áreas administrativas do Câmpus Inhumas. "Aos poucos, o projeto pretende abranger os resíduos sólidos produzidos por toda a comunidade do câmpus", destaca Milena.
Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Inhumas.
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