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PATRIMÔNIO

Campanha Eu Curto e Cuido possibilita troca de informações e recordações sobre a memória do Câmpus Goiânia

Publicado: Terça, 10 de Agosto de 2021, 09h49 | Última atualização em Terça, 24 de Agosto de 2021, 14h47

Devido à pandemia, a campanha de preservação do patrimônio e memória do câmpus foi retomada pelas redes sociais institucionais

Desde o dia 16 de julho, o Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG) retomou a campanha Eu Curto e Cuido, que visa divulgar e preservar a memória histórica e acervo arquitetônico Art Déco da unidade, a mais antiga do Instituto. Realizada pela Coordenação de Comunicação Social, a campanha foi retomada exclusivamente pelas redes sociais, tendo em vista as atividades remotas para garantir a segurança da comunidade acadêmica devido à pandemia de Covid-19. Os posts são compartilhados semanalmente, sempre com uma curiosidade sobre as obras de arte, locais e personalidades que já passaram pelo Câmpus Goiânia, em seus 79 anos de existência.

A retomada da campanha pelas redes sociais, além de estar alinhada ao objetivo número 12 do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), também busca matar a saudade que estudantes e servidores externam via mensagens diretas nos perfis do InstagramFacebookLinkedin e Twitter do câmpus. Com a suspensão das atividades presenciais desde março de 2020, pela crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, ter acesso às imagens do Câmpus parece aquecer o coração de quem está com saudade da Instituição. “Muito bom e interessante saber um pouco da história dessa linda e amada instituição. Amo estudar nela. Espero em breve poder encontrar revê-la, esse lugar amplo agradável, que há muito tempo faz parte da história da nossa cidade”, comenta a aluna de Licenciatura em Letras, Andreia Ferreira em um dos posts da campanha, que conta um pouco sobre as transformações da unidade, desde Escola de Aprendizes Artífices, passando por Escola Técnica de Goiânia, em 1942, até chegar a se tornar Câmpus Goiânia do IFG em 2008.

A nostalgia atinge até mesmo aqueles que já passaram pelo câmpus há bastante tempo, ainda nas épocas de Escola Técnica Federal e de Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás. “ETFG e Cefet foram minha segunda casa por um tempo. Fui bem acolhido. Saudades”, comenta o egresso Raphael Leah ainda no post sobre as transições da marca institucional, até chegar a IFG.

A campanha ainda criou um espaço de livre acesso a estudantes, servidores e egressos, que espontaneamente compartilham suas histórias. “ Entrei ETFG, saí Cefet e retornei IFG”, diz Alessandra Pereira, que voltou à instituição para cursar Engenharia de Controle e Automação.

Com as interações, promovidas pelas redes sociais, a campanha Eu Curto e Cuido alcança um número significativo de pessoas que possuem ou já possuíram algum vínculo com o câmpus e ajudam a preencher lacunas sobre a memória relatada nas imagens publicadas nos perfis virtuais do câmpus. Esse é um dos objetivos da Coordenação de Comunicação Social: que a comunidade interaja e agregue informações sobre o patrimônio e memória do Câmpus Goiânia.

 

Publicações

Até o momento, já foram publicados posts contendo curiosidades sobre o monumento feito com placas de aço pelo professor e artista Gustav Ritter; a história das marcas da Instituição, de 1909 quando era Escola de Aprendizes Artífices até chegar à denominação como Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás; sobre as obras de arte disponíveis no Câmpus, resultado do trabalho de pesquisa de Iniciação Científica “IFjando: ampliando as informações acadêmicas e geoturísticas do IFG Câmpus Goiânia”, realizado pelos alunos do curso técnico integrado em Mineração, Júlia Machado e Lucas Alves, com orientação da professora Lídia Milhomem.

A mais recente publicação trouxe curiosidades sobre o busto de Jorge Félix de Souza, que foi professor na Instituição e batiza a Biblioteca do câmpus. Nele, há informações sobre quem foi Jorge Félix de Souza, um engenheiro-arquiteto responsável por diversas obras na Capital e que lecionou na então Escola Técnica de Goiânia desde 1945, sendo diretor da unidade entre 1967 e 1968. O busto atualmente está inserido no painel de madeira construído pela artista plástica Neusa Morais, sobrinha de Jorge Félix. O painel, anteriormente, ficava dentro da Biblioteca do câmpus, mas passou a integrar uma das paredes no rol das escadas do bloco administrativo da unidade, após reforma. “A escultura era sobrinha do professor Jorge Félix de Souza e ela usou o acervo partir de madeira para fazer cada detalhe desse painel. Neusa Moraes foi a mesma escultora do monumento às três raças. Esse painel do IFG tem um significado ímpar no trabalho da autora. Seria legal vocês mostrarem o quanto esse painel é complexo e não apenas decorativo”, comenta Paulo Sales, um dos seguidores do perfil @ifggoiania no Instagram. Interações assim ajudam a campanha Eu Curto e Cuido atingir seu objetivo e servem de pauta para que a Coordenação de Comunicação Social produza mais conteúdos para alimentá-la.

Para a professora do Câmpus Goiânia, Sônia Lobo, pesquisadora responsável pelo eixo de Cultura, Memória e Patrimônio do Centro de Referência Pesquisa e Inovação do IFG (CiteLab), a campanha Eu Curto e Cuido é importante para ajudar a preservar a história da Instituição. “O Câmpus Goiânia do IFG foi inaugurado em 1942 e sediou as atividades do Batismo Cultural de Goiânia. Na época, o conjunto arquitetônico em estilo Art Déco era composto pelo que hoje denominamos de Bloco 100 e 200, além do Teatro, da casa do diretor (atual anexo do teatro) e do Pórtico da Rua 66. Desde então foram incorporados ao edifício original outros prédios e inúmeras obras de arte. Tombado pelo IPHAN, o edifício guarda não só a memória arquitetônica da cidade, mas é elemento lúdico da memória afetiva de todos (as) que participaram da história da Instituição, como servidores e alunos, e das pessoas da comunidade que o frequentam. Para além das memórias individuais guarda parte da memória da educação pública do Brasil e da cidade de Goiânia. Permite que nos reconectemos ao passado buscando compreendê-lo e nessa tentativa valorizemos sua história e os embates em torno das políticas educacionais de que foi e é palco. De forma que o cuidado e a preservação do edifício e de suas obras de arte se reveste de grande importância para a nossa memória política em um contexto de ataques à educação pública e do esfacelamento do direito à educação para todos (as) cidadãos (as) brasileiros (as). Câmpus Goiânia: Eu curto, eu cuido!”.

 

Para saber mais sobre a campanha, acesse a página: https://www.ifg.edu.br/goiania/comunicacao?showall=&start=13 

Confira os destaques da campanha no Instagram do Câmpus Goiânia: https://www.instagram.com/stories/highlights/17893078340216292/ 

 

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Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia do IFG.

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