Divulgado o Diagnóstico Socioeconômico dos Estudantes do IFG
Documento é importante para a estruturação e avaliação das ações institucionais voltadas ao acesso e à permanência dos alunos
O Instituto Federal de Goiás, por meio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), publicou o Diagnóstico Socioeconômico dos Estudantes do IFG. Coletados em maio de 2020, os dados do documento divulgado reforçam a importância da área de Assistência Estudantil e da estruturação e avaliação das ações institucionais voltadas ao acesso, à permanência e ao êxito dos estudantes. O Diagnóstico pode ser conferido aqui.
Segundo Denise Cândido Gonçalves, servidora da Proex, a construção do Diagnóstico Socioeconômico dos Estudantes faz parte de uma ação institucional realizada pela Coordenação-Geral de Assistência Estudantil da Proex em parceria com as coordenações de Assistência Estudantil dos câmpus do IFG.
No documento, agora disponível para a comunidade acadêmica, são apresentados dados obtidos por meio do Sistema Unificado de Administração Pública (Suap), coletados no mês de maio de 2020, após o preenchimento dos estudantes da Instituição. Os dados socioeconômicos dos discentes foram apresentados considerando o número total de alunos e também a modalidade de ensino (cursos técnicos integrados ao ensino médio em tempo integral, cursos técnicos integrados ao ensino médio em tempo parcial, técnico integrado EJA, técnico subsequente, superior, especialização e mestrado).
Autodeclaração, PPI e renda familiar
Segundo o Diagnóstico, dos 12.929 estudantes matriculados no IFG no ano de 2020, 10.516 estudantes (81,34%) preencheram o questionário no Suap. Um dado importante diz respeito à autodeclaração. 51,26% dos discentes do IFG, pela pesquisa, se autodeclaram predominantemente pardos; 32,63%, brancos; e 14,28%, pretos. Assim, do total de estudantes autodeclarados no IFG, 66,93% se dizem pretos, pardos e indígenas (PPI).
Sobre essa questão, é apontado no diagnóstico que “o considerável número de estudantes PPI no IFG está relacionado com a política institucional de ação afirmativa, a qual estabelece que, dentro da reserva de vagas para estudantes matriculados em escolas públicas, 50% serão destinadas à reserva de vagas para estudantes PPI por meio das cotas étnico-raciais”.
Com relação à renda familiar, o diagnóstico mostra que 59,97% dos estudantes do IFG possuem renda familiar bruta de até dois mil reais, e 90,06% possuem renda familiar per capita de até um salário-mínimo e meio. Falando sobre esses dados, Denise destaca a importância desses resultados: “os dados dessa pesquisa mostram que 90% dos estudantes do IFG possuem renda familiar per capita de até 1 e ½ salário-mínimo, sendo classificados, conforme a Assistência Estudantil, como estudantes em vulnerabilidade socioeconômica. Desse contingente, 65% são autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI)”.
Como é ressaltado no Diagnóstico, “a renda familiar per capita é um dado importante para o planejamento da assistência estudantil no IFG, uma vez que o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) dispõe que os estudantes com renda familiar per capta de até 1 e ½ salário-mínimo são o público prioritário para a cobertura dos programas de assistência financeira ao estudante.”
Importância do Diagnóstico
segundo Denise, a realização do Diagnóstico tem a finalidade de traçar o perfil socioeconômico dos estudantes matriculados no IFG: “esses dados são importantes para a Instituição, pois auxiliarão na estruturação e avaliação das ações e políticas institucionais voltadas ao acesso, permanência e êxito acadêmicos”, pontuou a servidora.
Denise aponta ainda que “conhecer o público-alvo das ações e políticas institucionais é fundamental para o direcionamento do planejamento da instituição, pois propicia a identificação de necessidades para que as prioridades de atendimento sejam estruturadas e organizadas dentro do seu organograma funcional e orçamentário.”
Acesse o Diagnóstico: http://www.ifg.edu.br/attachments/article/151/Diagn%C3%B3stico%20socieocon%C3%B4mico%20dos%20estudantes%20do%20IFG.pdf.
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