Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate - Tradução do site

ptenfrdeitesth

Opções de acessibilidade

Você está aqui: Página inicial > Comunicados do Câmpus Cidade de Goiás > IFG > Câmpus > Uruaçu > NOTÍCIAS URUAÇU > Trabalho de Conclusão de Curso recebe doação de garrafas das prefeituras de Hidrolina e Pilar de Goiás
Início do conteúdo da página
Meio Ambiente

Trabalho de Conclusão de Curso recebe doação de garrafas das prefeituras de Hidrolina e Pilar de Goiás

Publicado: Sexta, 16 de Julho de 2021, 13h27 | Última atualização em Terça, 04 de Janeiro de 2022, 13h50

TCC realizará experimento de substituição de matéria-prima na produção de concreto de pavimentação

imagem sem descrição.

 

No dia 12 de julho, cerca de 7 mil garrafas long neck foram entregues no pátio do Câmpus Uruaçu do Instituto Federeral de Goiás, material  doado pelas prefeituras de Hidrolina e Pilar de Goiás. As garrafas serão empregadas em um experimento de substituição da matéria-prima utilizada na produção de concreto para pavimentação. A ação faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de duas alunas do curso de  Engenharia Civil, Andressa Gomes Nogueira e Jessyca de Paula.

No TCC intitulado Análise do uso de vidro moído proveniente do beneficiamento de garrafas long neck como agregado miúdo na fabricação de blocos de concreto para pavimentação, as estudantes pretendem substituir a areia usada na produção do concreto por vidro moído. "[As garrafas] serão trituradas a fim de se obter um resíduo com a granulometria próxima à da areia, para que esse resíduo possa atuar como substituto parcial ao agregado miúdo utilizado na fabricação de blocos de concreto para pavimentação, os conhecidos pavers", explica Gomes. 

Há um interesse crescente nas pesquisas de engenharia sobre a substituição de matérias-primas, em especial da areia pelo vidro, na produção de argamassas, concreto convencional e pavers. Para a coautora do TCC, Jessyca de Paula, um dos principais benefícios desse processo é a retirada de detritos de vidro, que não são biodegradáveis, do meio ambiente. 

"O vidro não é biodegradável e ocupa espaço nos lixões que poderia ser ocupado por outro tipo de lixo que consegue ser absorvido pela natureza. Nesse contexto, utilizar um objeto que iria para o lixo na confecção de materiais úteis para a construção civil é um ganho ambiental imensurável." 

 

Parcerias

O trabalho de divulgação da ação foi feito pela internet, nas redes sociais, com a ajuda de colegas de classe e amigos. O valor da proposta repercutiu e a notícia logo chegou aos olhos de gestores de municípios do norte do Estado.

"Em abril de 2021 iniciamos a divulgação da nossa campanha de arrecadação das garrafas, eu e a Jessyca divulgamos em nossas redes sociais e pedimos para que nossos amigos divulgassem nas suas também", conta Andressa Gomes. "Uma colega da nossa turma da cidade de Hidrolina divulgou em suas redes sobre a campanha e a secretária de meio ambiente de Hidrolina [Lauana Diniz] viu o post e se interessou pela causa."

"Fiquei encantada com a ação", conta a bióloga e secretária de meio ambiente de Hidrolina, que deu início à campanha de coleta de garrafas no município. A ação gerou impacto, atraindo novos colaboradores, como a prefeitura de Pilar de Goiás.

"Mobilizamos os alunos da rede municipal de educação e a comunidade como um todo, com ampla divulgação do projeto, tanto que alcançou a secretaria do município de Pilar de Goiás que prontamente também quis participar da arrecadação e fechou parceria com os bares da cidade."

Segundo a secretária, as 7 mil garrafas coletadas somam mais de uma tonelada de resíduos sólidos, não retornáveis e não biodegradáveis, que foram retirados do meio ambiente. 

"Sou muito grata não só pelos números que alcançamos, mas por toda a consciência ambiental que conseguimos trabalhar através deste projeto", declara Diniz. "Espero que a nova geração de profissionais siga nessa vertente de crescimento sustentável. "

 

TCC 

O TCC parte de um preocupação que surgiu durante as aulas da disciplina de Tecnologia das Construções II, ministrada pela orientadora do trabalho, professora Jessica Coelho. "As alunas uniram os conhecimentos adquiridos durante o curso, quanto a forma de produção de concretos convencionais e com a adição de outros componentes, ao incômodo que sentiram ao perceber o aumento do volume de garrafas não retornáveis, do tipo long neck, durante a pandemia".

A professora também destaca que o trabalho começou "na tentativa de suprir o contato dos alunos com as práticas executivas da engenharia e fazer com que eles analisassem o setor da construção civil nesse contexto da pandemia da COVID-19".

O trabalho das estudantes ainda está em sua primeira etapa. Elas participarão da banca de qualificação da pesquisa no dia 3 de agosto, onde deverão apresentar o embasamento científico que a sustenta. 

No segundo semestre, conta a orientadora do TCC, as estudantes deverão validar as ideias propostas, por meio de ensaios técnico-científicos realizados em laboratório. A partir disso, a equipe poderá planejar a aplicação dos resultados obtidos na pesquisa, de acordo com a orientadora do projeto. 

"Temos boas expectativas com relação ao resultado da pesquisa", defende Coelho. "Ao conseguirmos determinar a melhor relação para a incorporação desse vidro no concreto pretendemos começar a produzir uma maior quantidade de pavers, de forma a poder assentá-los em uma área disponibilizada por um dos nossos parceiros."

 

Comunicação Social/Câmpus Uruaçu.

Fim do conteúdo da página