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Projeto de pesquisa visa transformar resíduos orgânicos em adubo e contribuir na redução do lixo caseiro

Publicado: Quarta, 06 de Novembro de 2019, 11h06 | Última atualização em Quinta, 12 de Dezembro de 2019, 14h42

Estudantes de Meio Ambiente utilizarão o adubo para futuros experimentos na horta do campus, na jardinagem e na recuperação de áreas sob processo de degradação

imagem sem descrição.

Desde o início do semestre, estudantes do primeiro e segundo ano do curso técnico em Meio Ambiente do Instituto Federal de Goiás (IFG) Câmpus Águas Lindas estão separando resíduos orgânicos do lixo comum, tais como restos de alimentos, cascas de frutas e verduras, entre outros. Estes elementos juntamente com resíduos de palha de milho, bagaço de cana, grama e esterco bovino, coletados pelos professores Renato Veloso e Herick Santana compõem os materiais necessários para montar um leira de compostagem, que irá gerar o adubo para ser utilizado nos futuros experimentos do projeto da horta do campus, na jardinagem e também na recuperação de áreas sob processo de degradação.

Os resíduos orgânicos constituem aproximadamente 51,4 % dos resíduos sólidos coletados no Brasil (IBGE, 2010). A matéria orgânica constituinte do lixo doméstico possui um alto valor agregado, tanto ambiental quanto econômico. Nesse sentido, projetos de compostagem de resíduos orgânicos têm ganhado força, pois visam “transformar” esses resíduos em adubos. O artigo 3º, inciso VII da Lei 12.305/2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos, considera a compostagem como uma forma de destinação final ambientalmente adequada de resíduos. 

"Se conseguirmos levar a cultura de reutilizar os resíduos orgânicos e reduzir o lixo caseiro já será uma grande vantagem", afirma o professor Renato Veloso

O professor Renato Veloso conta que estão sendo avaliados quais resíduos de baixa biodegradabilidade influenciam no processo de compostagem, que consiste da degradação natural da matéria orgânica resultando na “devolução” de nutrientes para serem reutilizados. O composto orgânico gerado apresenta propriedades físico-químicas que melhoram a qualidade do solo, além de criar a cultura de reaproveitamento de resíduos orgânicos, que pode também auxiliar no desenvolvimento de outras disciplinas, sob a premissa do desenvolvimento sustentável.

O professor afirma ainda que a maioria do que é chamado de “lixo” orgânico pode ser usado na produção da compostagem. "Muitos estudantes possuem hortas e jardins em suas próprias casas, então o projeto procura ampliar o seu alcance para outros cursos."

Para o estudante Pedro Lucas, do segundo ano do curso técnico em Meio Ambiente, a composteira é uma oportunidade de produzir adubo para as plantações que estão sendo cultivadas no campus. "Depois de iniciar o projeto pude observar que o pequeno ato de separar o lixo e ensinar as pessoas é uma forma de contribuir com o meio ambiente, que está pedindo socorro."

 

Veja mais fotos do projeto.

 

Comunicação Social / Câmpus Águas Lindas

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