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Pesquisa

Palavras, cheiros, memórias e emoções são interligados em estudo poético

Publicado: Quarta, 15 de Dezembro de 2021, 17h07 | Última atualização em Sexta, 07 de Janeiro de 2022, 18h57

Pesquisa de estudantes de Ciências Biológicas e Ciências Sociais utiliza como referência a poesia goiana de Cora Coralina, Augusto Niemar e José Godoy Garcia

Estudante pesquisadora de Ciências Biológicas, Karla Patrícia Soares, apresenta pesquisa no 14º SICT
Estudante pesquisadora de Ciências Biológicas, Karla Patrícia Soares, apresenta pesquisa no 14º SICT

“Um encontro entre literatura e olfato”: é dessa forma que a aluna bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), Karla Patrícia Soares, define o seu projeto de pesquisa “O aroma das palavras: memórias olfativas na geopoesia goiana”, realizado junto com o estudante voluntário do curso de Licenciatura em Ciências Sociais, Mateus Guedes Borges. Ambos apresentaram os resultados do estudo no 14º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT) do Instituto Federal de Goiás (IFG), na última semana.

A pesquisa iniciou-se ano passado, a partir de três oficinas sobre poéticas olfativas realizadas no Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás (IFG), entre 2019 e 2020. Ela estabelece uma relação entre palavras, cheiros e emoções. É possível que palavras estejam relacionadas a cheiros e que estes tragam lembranças de sentimentos e experiências? Os pesquisadores afirmam que sim. Os signos linguísticos – palavras, pinturas, filmes, entre outros –, ao serem evocados, levam as pessoas a sentirem cheiros específicos que resgatam memórias e, com elas, emoções.

Para a pesquisa são estudados a fundo três autores goianos e suas obras: José Godoy Garcia (“Poesias”), Augusto Niemar (“Poemas da rua do fogo”) e Cora Coralina (“Meu livro de cordel”). Por meio de seus textos, cada autor provoca uma compreensão mais profunda no leitor, já que as palavras evocam cheiros e lembranças.

“A gente lê [a poética olfativa] para além das palavras; a gente busca o cheiro, encontra a memória olfativa, sempre utilizando bastante dos meios sensoriais para compreender e sentir essa poesia”, reflete Mateus. “A memória se constitui das heranças de experiências que a gente tem na vida. O que aciona essa memória podem ser os sentidos sensoriais”, como o olfato, explica ele.

“A gente sente o que aquele poema está falando através do cheiro”, diz Mateus. O pesquisador cita o exemplo de Cora Coralina, que, ao falar sobre o “cheiro da terra” em seus escritos, trata da geopoesia, referindo-se ao cheiro da terra goiana, às vivências no Estado de Goiás.

A pesquisa foi desenvolvida pelos estudantes com a orientação do professor doutor Lemuel da Cruz Gandara e com a co-orientação da mestra Ana Paula Melo Saraiva Vieira. O orientador destaca o ineditismo do trabalho. “O projeto reforça a autonomia intelectual que busco trazer para minhas pesquisas e estimular nos jovens pesquisadores. As perspectivas teóricas são inéditas, sobretudo as poéticas olfativas, que se tratam de uma abordagem nova no país e que foi enunciada pela primeira vez por nós, nas oficinas que a área de Línguas ofereceu em 2019 e 2020”, declarou.

A pesquisa “O aroma das palavras: memórias olfativas na geopoesia goiana”, concluída nesse ano, foi selecionada em primeiro lugar pelo Edital nº 9/2020/PROPPG, concorrendo com projetos de outros câmpus do IFG. Sendo aprovada pelo Pibic - Ações Afirmativas, recebeu bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), de acordo com convênio firmado entre CNPq e IFG.

 

Setor de Comunicação Social/Câmpus Formosa

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