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Estudantes atribuem bons resultados em seleções ao ensino ofertado pelo IFG

Publicado: Terça, 20 de Fevereiro de 2024, 14h01 | Última atualização em Terça, 12 de Março de 2024, 17h47

Possibilidade de vivenciar iniciação científica, eventos e atividades extracurriculares são citadas pelos discentes do Câmpus Goiânia que realizaram o Enem 2023

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Imagine terminar o ensino médio e ter uma qualificação técnica para, se quiser, já se inserir no mercado de trabalho? Ou então, fazer um curso técnico que pode auxiliar na sua escolha em relação à área profissional que deseja seguir. E, no meio disso tudo, ter acesso a eventos científicos, ser instigado a realizar pesquisas e ações que integram o estudante à sociedade. Essas são algumas das possibilidades dos alunos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio ofertados pelo Instituto Federal de Goiás (IFG). Conversamos com alguns discentes que concluíram em 2023 seus respectivos cursos integrados e afirmam que o modelo de ensino da Instituição é responsável pelo sucesso em seleções como Enem e SiSU.

Os cursos técnicos integrados do IFG permitem que o discente possa realizar todas as disciplinas comuns vistas no ensino médio e, além disso, também ofertam aulas das áreas técnicas. No Câmpus Goiânia, por exemplo, são sete cursos técnicos integrados com seleção para ingresso anual. São eles: técnico integrado em Controle Ambiental, Edificações, Eletrônica, Eletrotécnica, Instrumento Musical, Mineração e em Telecomunicações. Mais informações sobre grade curricular, área de atuação e pré-requisitos para a seleção podem ser acessados no Guia de Cursos do IFG

André Luiz de Sousa aproveitou o gosto pela natureza para escolher o técnico em Controle Ambiental. Depois dos quatro anos no curso, tendo contato com atividades de ensino, pesquisa e extensão ao lado de professores que atuam na área do meio ambiente, ele teve a certeza do que queria seguir na graduação. Fez o Enem no final de 2023 e foi aprovado na seleção do próprio IFG para Engenharia Ambiental e Sanitária, também do Câmpus Goiânia. Ele conta que a qualidade do ensino, a estrutura, a qualificação dos professores e as possibilidades vistas no câmpus foram essenciais para optar pelo IFG. “O corpo docente do IFG é muito exemplar, chegando a ser melhor que muitas outras instituições de ensino particulares de ensino médio. Fora o apoio aos alunos, possibilidades de experiências que nenhum outro ensino médio tem, por exemplo, possibilidade de iniciação científica no ensino médio, projetos de extensão, olimpíadas no ramo nacional e a parte esportiva bem forte e presente entre os acadêmicos”, completa.

 

 

Além disso, André Luiz aproveitou a verticalização do ensino, que é uma marca do IFG. Por ofertar cursos desde o ensino médio, passando pelas graduações e pós-graduações, o aluno que ingressa na Instituição nos cursos técnicos integrados têm a possibilidade continuar sua vida acadêmica no mesmo local, desde que seja aprovado nas seleções para os respectivos cursos. Foi o caso do estudante. “Acho legal pois já conheço a maioria dos docentes da área, as profissionais da cantina, da biblioteca, dos departamentos, até digamos os gatos de lá conheço, então torna-se um ambiente familiar. Conheço as salas e laboratório, além do sistema Suap e Q-acadêmico que permanecerão na faculdade. Vejamos, é bom também mudar de espaço, não duvido disso, por exemplo, poderia ir para UFG que apresenta o mesmo curso [...], porém considero o IFG muito mais próximo a sua comunidade e da realidade dos alunos, (isso pelo fato de que o curso não é integral). Além de que o IFG é muito mais integrador com o mercado de trabalho, possibilitando muito mais estágios e menos competição, tudo isso sendo também uma faculdade federal”, avalia.

 

Ensino com autonomia

Para André Luiz, a independência que o câmpus promove aos estudantes é um diferencial que, junto aos fatores já citados pelo aluno, foram essenciais para sua boa colocação no Enem e a consequente aprovação no curso superior do IFG. “Um fato interessante que impactou e impressionou foi a autonomia e responsabilidade/liberdade atribuída aos alunos. Professores profissionais, em sua maioria doutores ou mestres, e com isso novas dinâmicas de ensino. E, sim, impactou a mim. Precisei me dedicar o dobro do que me dedicava, porque por ser uma instituição séria de ensino, o padrão é mais elevado mesmo. O que não significa que os que não conseguem chegar a esse padrão são deixados para trás, pelo contrário, o IFG pega na mão desses alunos com atendimentos extras com professores, apoio psicológico e monitoria extra, ajudando o aluno a chegar no padrão da instituição. De fato, acostumar-se com o novo ensino é um desafio, porém é um grande diferencial para os alunos. Posso afirmar que saem muito mais maduros, conscientes e autodidatas, digamos prontos para o ensino superior”.

O egresso Matheus Henrique Santos Silva concluiu o curso técnico integrado em Edificações em 2018. Na época, conseguiu aprovação no concurso público para o cargo técnico que acabara de se qualificar na seleção para o Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e também para a graduação de Economia, na Universidade de São Paulo (USP). “Acho que o principal ponto é como o IF requer que o aluno seja independente, que busque conhecimento fora da sala de aula de forma autônoma, o que foi ótimo! A formação no IF não segue a tradicional, e não é especializada em treinar os alunos pros vestibulares. O aluno precisa se dedicar e desenvolve, já na adolescência, maturidade e disciplina típicos de alunos de cursos superiores. É um desafio, mas também a gente consegue seguir diferentes caminhos”, afirma.

 

 

Para Matheus, a formação com autonomia proporcionada pela Instituição e a possibilidade de experimentar uma área profissional ainda no ensino médio despertam um olhar diferenciado. “Esse é um dos grandes diferenciais do IF quando comparado com outros colégios. Mas não só isso, hoje brinco com meus amigos que o IF é uma escola pra vida, não te ensina só o que um colégio comum oferta, mas te ensina sobretudo a ser independente. Os alunos têm os acessos: professores de universidade, estrutura de ponta, oportunidades de projetos de pesquisa e outras coisas, mas precisa ter muita disciplina pra aproveitar tudo de forma consciente. O desafio do IF é aprender a se virar e correr atrás do conhecimento, uma visão que prepara o aluno pra diferentes situações: seja seguir na carreira acadêmica, trabalhar pra alguém ou até empreender”.

Pierry Paniago, do técnico integrado em Edificações, também acredita que passar por um curso integrado ao ensino médio foi decisivo para sua aprovação em Biomedicina, na Universidade Estadual de Goiás (UEG), e em Design de Produtos, da Universidade Federal de Goiás (UFG). “Me trouxe uma ampla visão e maior discernimento durante a execução do Enem, pois havia questões que, por decorrência do curso, eu sabia responder por se tratar da área de atuação do mesmo. Quem sai do IF está totalmente capacitado para realizar uma prova de vestibular que demanda muito, tal qual Enem”, afirma o estudante.

Diante das duas aprovações, Pierry disse que vai optar pelo curso de Design de Produtos da UFG, por estar mais alinhado ao que realmente gosta e que aprendeu durante o curso técnico em Edificações. “O curso técnico foi capaz de dar um norte na minha vida. Há 4 anos, quando fui escolher o curso pra realizar a minha prova do IF fiquei com o questionamento ‘será que é isso que eu quero pra minha vida?’, mas fui com a cara e coragem e obtive minha aprovação. Durante o curso fui me apaixonando pela construção civil, não pelo lado do canteiro de obra, mas sim pelo lado mais artístico, paixão essa descoberta durante as aulas de desenho arquitetônico. Desde então já tinha em mente que queria cursar algo voltado à Arquitetura ou Design de Ambientes (atual curso de Design de Produto, pela UFG)”.

 

 

Outro fator que o estudante afirma ter contribuído com seu desempenho foi participar de projetos de iniciação científica, que são comuns nos cursos técnicos integrados do IFG. Durante os anos aqui no Câmpus, Pierry teve a oportunidade de desenvolver a pesquisa intitulada Segregação socioespacial e percepções de violência: um olhar sob os conjuntos de habitação popular na região oeste de Goiânia. Orientado pela professora de Sociologia, Najla Franco Frattari, o estudante analisou os bairros marginalizados da capital e sua relação com a expansão urbana. “Para isso, tivemos todo um embasamento teórico antes de ir a campo, onde adotamos a metodologia de grupo focal (metodologia de uma roda de conversa com pessoas da região, sem fazer perguntas diretamente, deixando elas mais à vontade). De acordo com que os habitantes falavam percebíamos que tudo aquilo que estava em nosso embasamento teórico estava personificado ali na nossa frente. É super gratificante ver seu esforço, dedicação e trabalho ser apresentado e aplaudido por outros pesquisadores, foi uma ótima experiência e um grande choque de realidade”, comenta.

Ayumi Hayashida, também do técnico integrado em Edificações, foi aprovada em Arquitetura e Urbanismo, pela UFG. Ela afirma que o ensino médio do Câmpus Goiânia deu uma boa base para a seleção do Enem. “Se tivesse uma coisa que eu recomendaria para um jovem que está começando em um ensino médio, seria fazer o técnico (integrado), porque além de ser uma experiência muito diferente dos outros ensinos médios, é uma experiência que te faz amadurecer de certa forma. O ensino é muito bom, você consegue aprender muitas coisas diferentes e que podem te inserir no mercado de trabalho mais cedo e te ajudar a escolher também se você quer seguir aquele ramo para a sua vida – que nem eu fiz Edificações e me interessei por Arquitetura. Ou falar, não quero fazer isso mesmo! Mas pelo menos você experimentou aquilo e agora tem uma escolha mais fácil a ser feita e tudo mais. Acho que a experiência de estudar no IF foi uma das coisas que me moldou como pessoa”, conta.

 

 


Eventos e competições

Por ter como foco não apenas o ensino, mas também a pesquisa e a extensão, o ensino médio do Câmpus Goiânia possibilita aos estudantes participarem de atividades como visitas técnicas e competições, como olimpíadas estaduais e nacionais de várias áreas do conhecimento. Lara Saywry, do curso técnico em Eletrônica, atribui a isso sua nota 980 em redação no Enem 2023. Ela fez parte da equipe chamada “Pamonha Revoltada”, que levou medalha de bronze na 15ª edição da Olimpíada Nacional de História do Brasil. “A Olimpíada de História foi de grande ajuda no meu desempenho, tanto na prova de humanas quanto na redação, no quesito repertório e escrita. Apesar da olimpíada geralmente ter um tema focado por ano, os alunos acabam aprendendo além devido às pesquisas e debates com os professores e colegas. Além disso, as fases da semifinal e a final sempre são voltadas para a escrita de textos e desenvolvimento de uma argumentação”.

Lara, que também foi medalhista da Olimpíada Brasileira de Astronomia, acredita que a nota alcançada é fruto da dedicação dos professores e à interdisciplinaridade presente nos cursos técnicos integrados do IFG. “As professoras de português, principalmente durante o terceiro e quarto anos, dedicaram uma atenção especial para ajudar no desenvolvimento das redações. A Prof. Camila, que me deu aula durante o terceiro ano explicou cada parágrafo e competências da redação, o que me ajudou muito, tendo tirado 920 em 2022, e 980 em 2023. Além do ensino de outras matérias como sociologia e história que ajudaram em repertório, além de trabalhos escritos que ajudaram a desenvolver a escrita e argumentação”. A estudante foi aprovada em Design Gráfico (UFG) e em Ciências da Computação na Universidade Estadual Paulista (Unesp).

 

 

A gerente de Administração Acadêmica e Apoio ao Ensino do Câmpus Goiânia, professora Érika Regina Leal de Freitas, acredita que o bom resultado alcançado pelos estudantes em seleções, como é o caso do Enem, deve-se ao tripé institucional ensino-pesquisa-extensão. De acordo com a docente, o fato da Instituição também oferecer um atendimento acolhedor, por meio da Assistência Estudantil e Coordenações de Assistência Pedagógicas, permite que o discente se dedique e trabalhe todo seu potencial.

Assim como ocorreu com Pierry, que triou o caminho que queria seguir após experimentar as disciplinas do curso técnico em Edificações, a professora Érika acredita que essa vivência é importante para o desenvolvimento dos estudantes. “Além disso, a participação em iniciação científica permite ele também vivenciar, na prática, o desenvolvimento de algum projeto da área que ele está estudando. Então, acho que isso é realmente muito bom para o aluno. O aluno já vai para a universidade com uma bagagem de currículo, de estágio, de pesquisa, de iniciação científica que muitos alunos de ensino médio de escola privada não têm. E isso pode contar muito, até mesmo para uma universidade fora do país, porque conta como pontos extras.”


Conheça mais sobre os cursos técnicos integrados do Câmpus Goiânia.

 


Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia

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