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Direitos da Vítima de Violência Doméstica foi o tema discutido na última reunião do ano do grupo de mulheres

Publicado: Quinta, 14 de Novembro de 2019, 18h05 | Última atualização em Terça, 03 de Dezembro de 2019, 11h13

Além de conhecerem os direitos que possuem, as mulheres compartilharam experiências e celebraram o último encontro com um lanche e sorteio de brindes

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Aconteceu ontem, dia 14, a última oficina do Grupo de Mulheres do IFG Câmpus Goiânia Oeste. Com a temática Nenhum Direito a Menos – Direitos da Vítima de Violência Doméstica, a oficina promovida pela Coordenação de Assistência Estudantil (CAE) do câmpus contou novamente com a participação dos advogados Luciana Assis e Jhimmy Wilker Terêncio. Os advogados mostraram as estáticas da violência contra a mulher no país e o caminho legal que a mulher agredida precisa percorrer para garantir os direitos de proteção assegurados pelo estado. Os advogados aproveitaram a ocasião para esclarecer também sobre a Lei do Minuto Seguinte, a lei que assegura atendimento emergencial, integral e gratuito em hospitais, amparo médico, psicológico e social, além de medidas de prevenção da gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis para mulheres vítimas de violência sexual

“Vimos uma participação mais efetiva das mulheres no decorrer das apresentações e o interesse crescente delas de adquirir essa base jurídica, de saber um pouco mais dos direitos que elas têm e que estão sendo tolidos justamente por falta de informação. Quero parabenizar a assistente social Clarice e a psicóloga Aline pela importância desse projeto e agradecer o convite, porque percebemos que em poucos minutos podemos transmitir conhecimentos básicos e realmente transformar a vida dessas mulheres, com uma pequena contribuição, com uma palavra, com uma lei que elas desconheciam”, afirmou Luciana Assis, advogada que participou de três encontros do Grupo de Mulheres no ano de 2019.

De acordo com a assistente social, Clarice Gomes das Neves, o Grupo de Mulheres teve como finalidade, no ano de 2019, mostrar para as mulheres o amparo legal que elas possuem: “O objetivo do grupo esse ano foi focar no direito das mulheres em várias áreas, como trabalho, previdência, direito da família, direito das mulheres vítimas de violência. Pegamos áreas diversas para dar a elas orientações e encaminhamentos, porque muitas delas não possuem o acesso à informação e nem as condições para buscar essas informações. A ideia de trazer os advogados foi para elas terem acesso a essas informações, tirar dúvidas e pegar orientações em relação a situações que muitas vezes são vivenciadas por elas mesmo. Inclusive, algumas alunas receberam consultoria gratuita nessas reuniões. As reuniões foram muito boas, elas não imaginavam que tinham esses direitos, conheceram informações importantes que elas não sabiam. Em uma das reuniões, uma das mulheres disse que nunca havia conversado com um advogado, que achava que não era possível ter esse contato, esse acesso a esses profissionais. Para elas, ter acesso a um advogado era algo muito distante da realidade delas. E o nosso objetivo foi oferecer isso a elas, o direito a acessar a esse tipo de serviço e orientação”.

“Como estamos há muitos anos no meio, estranhamos quando elas relataram nos primeiros encontros a dificuldade que possuem de ter acesso a um profissional do direito, o que pra gente é algo normal e cotidiano. Mas ao percebermos essa carência do acesso à justiça, porque não ter acesso a um profissional de direito é não ter acesso à justiça, porque o profissional de direito é aquele que é a balança da aplicação do direito. E ao ver essa dificuldade delas e poder trazer isso aqui em uma palestra, em uma roda de conversa, mostrar os meios que elas podem utilizar pra ter esse acesso, seja através de um profissional autônomo, seja através do ministério público federal ou estadual, seja através da defensoria pública, é uma grande oportunidade para tentarmos amenizar um pouco essa deficiência do estado e poder garantir a essas mulheres o acesso à justiça que é tão importante”, destacou a advogada Luciana Assis.

Delvânia Patrícia Rodrigues de Souza Moura, aluna do terceiro período do curso Técnico em Enfermagem modalidade EJA, é frequentadora assídua do grupo: “Eu gostei muito das reuniões do grupo esse ano, participei de praticamente todas, só perdi uma. A gente aprendeu muito, porque a gente é tão leigo nesses assuntos e o advogado explicou tão bem como agir em cada situação”.

Já Natalya Alves de Faria, discente do sexto período do curso superior de Licenciatura em Pedagogia, participou pela primeira vez do grupo na oficina ministrada ontem: “Essa foi a primeira reunião que participei, infelizmente eu não consegui participar das outras porque normalmente tenho aula nesse horário, mas hoje a professora cedeu a aula para que pudéssemos participar. A roda de conversa foi maravilhosa, a gente está passando no seio familiar uma situação de violência doméstica e não sabíamos como lidar, como proceder, eles tiraram muitas dúvidas. O advogado conversou comigo depois da reunião, explicou o que fazer, qual é o primeiro passo, como proceder, como ajudar a pessoa que está sendo afetada por essas agressões, como direcionar essa pessoa, foi muito esclarecedor. É importantíssimo esses temas terem sido debatido em grupos como esse, nós somos o meio de multiplicar essas informações, principalmente como professoras, como mulheres, é importante termos essas informações para que ela possa ser passada para outras pessoas”.

A última reunião do  Grupo de Mulheres do IFG Câmpus Goiânia Oeste contou ainda com um coffee-break e sorteio de brindes para as participantes.

 

Coordenação de Comunicação Social/IFG Câmpus Goiânia Oeste

 

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