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Agroecologia/Extensão

Primeiro encontro com grupos de comercialização de alimentos do município de Goiás é realizado por programa de extensão em Agroecologia

Publicado: Terça, 26 de Outubro de 2021, 15h04 | Última atualização em Terça, 26 de Outubro de 2021, 15h07

Reunião apresentou o projeto e pautou a importância da comunicação para a comercialização

Professora Patrícia Tavares
Professora Patrícia Tavares

Na última sexta-feira, 22 de outubro, no Instituto Federal de Goiás (IFG) câmpus Cidade de Goiás, aconteceu o primeiro encontro previsto no eixo de comercialização do Programa de Extensão “Agroecologia em tempos de pandemia: produção e comercialização de alimentos junto às famílias agricultoras na região de Goiás-GO”. Estiveram presentes servidores e bolsistas do IFG, agricultores e agricultoras, produtoras de alimentos agroecológicos frescos e processados, de plantas ornamentais, medicinais, de cosméticos naturais e de artesanato do Grupo de Mulheres Renascer e Cesta Camponesa, grupos de comercialização direta de alimentos do município de Goiás.

O programa estruturado a partir de 4 eixos: produção de alimentos agroecológicos, comercialização direta de alimentos, fortalecimento do movimento agroecológico da região e formação dos estudantes, foi apresentado aos participantes pela professora Dra. Patrícia Dias Tavares, com detalhamento do segundo eixo, que inclui o entendimento e aprimoramento da comunicação como processo dentro da comercialização.

Para Iracélia Ferreira, agricultora da Cesta Camponesa, quando se trabalha em grupo é preciso, desde o início, estar consciente da coletividade e da história construída pelos sujeitos que compõem a equipe e afirma que: “enquanto Cesta Camponesa, entender de onde viemos, quem somos, o porquê de estarmos aqui hoje e para onde queremos ir é o que nos dá força”.

A capacidade de comunicação consistente e elucidativa também foi assunto levantado pelos integrantes da reunião. Agnes Santos, criadora de alimentos da Cesta Camponesa, diz que cada vez mais a agroecologia é posta como transformadora e o coletivo precisa ser capaz de levar isso adiante, comunicando sobre quem são e como trabalham para atuais e futuros consumidores.

Conseguir vender o que é produzido dentro dos princípios da agroecologia diferenciando-os dos produtos convencionais é de suma importância para Altamiro Lourenço, que trabalha há oito anos nessa linha e pontua dificuldade na difusão de informação para os consumidores. “A gente tem que contar essa história, temos que falar que comercializamos produtos agroecológicos, que é importante trabalhar com agroecologia não só para o consumidor, mas também para o produtor, para a saúde do produtor” destaca o agricultor e membro da Cesta Camponesa.

Na visão de Rosana Matias, do Grupo de Mulheres Renascer, o programa de extensão também auxilia na afirmação e representatividade das mulheres do campo nas atividades campesinas e comercialização de seus produtos, considerando que ainda existem relações de poder entre homens e mulheres que precisam ser desconstruídas. “A gente tem potencial de mostrar não só para o nosso grupo, mas para outras mulheres de outros assentamentos, acampamentos, camponesas e até mesmo da cidade, que é possível gerar renda fazendo o que se ama, com carinho, com dedicação”.

O encerramento do evento contou com uma mesa da partilha contendo alimentos comercializados pelos dois grupos, na feira realizada a partir do programa social municipal Vale Feira e na Cesta Camponesa.

As próximas atividades do programa também foram discutidas durante o encontro, oficinas de reconstrução da trajetória de cada grupo e estabelecimento de acordos coletivos estão previstos na agenda que foi e continua sendo elaborada de forma colaborativa. “Nós do IFG também carregamos muita vontade de trabalhar e nos colocamos no lugar de facilitadores desse processo, entendemos a comunicação como um direito e temos que usufruir desse direito para que as trajetórias de cada um desses grupos e de outros que são carregados de história de luta sejam apresentadas para a sociedade”, comenta a professora Dra. Patrícia Dias Tavares.

 

 Texto Produzido por Laura Célia de Carvalho, estudante do Bacharelado em Cinema

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