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CONSCIÊNCIA NEGRA

Educação antirracista é tema de palestra virtual realizada em homenagem ao Dia da Consciência Negra

Publicado: Segunda, 23 de Novembro de 2020, 15h12 | Última atualização em Segunda, 21 de Dezembro de 2020, 18h36

Evento que ocorreu no último sábado (21/11) abordou a questão do racismo no Brasil e suas formas de enfrentamento por meio da educação

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Em homenagem ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, foi realizada na manhã do último sábado (21/11) a palestra virtual: Narrativas Decoloniais para uma Educação Antirracista, com a professora Adriana Pereira, especialista em Gestão de Políticas Públicas para Gênero e Raça, integrante do grupo de teatro negro Elementos Pretos e educadora da Escola Associativa Vivendo e Aprendendo.

A atividade foi organizada de maneira integrada entre as áreas de Sociologia (professora Maraísa Lessa) e de Artes (professores Abílio Carrascal e Maryella Sobrinho), via Meet, para os estudantes do primeiro ano do curso técnico em Análises Clínicas e segundo ano dos cursos técnicos em Meio Ambiente, Análises Clínicas e Vigilância em Saúde. O evento também contou com o apoio da Comissão Permanente de Políticas de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (CPPIR) do Câmpus Águas Lindas.

Iniciando a palestra com o poema “Brasil com P”, do poeta Genival Oliveira Gonçalves (GOG), a especialista discorreu sobre o Brasil dos “pretos, pobres e periféricos” como forma de abrir diálogo para uma narrativa que “saísse da perspectiva do colonizador”. “O discurso perpetuado nos livros didáticos são dos brancos sobre os negros e indígenas, então é preciso ouvir o outro lado da história”, pontuou Adriana, que também abordou como a música rap vem discutindo narrativas decoloniais.

Um dos momentos da palestra apresentou a África pré-colonial enquanto um continente autônomo com grande arcabouço cultural e centenas de idiomas, e que foi dividido em territórios de acordo com os interesses europeus. “Realizar essa formação é criar um espaço de multiplicação, para que a gente tenha educadores que falem sobre a contribuição dos povos negros e indígenas na construção desse país, de maneira que saia dos estereótipos e permita que as crianças se vejam em personagens inspiradores”, finaliza a especialista.

Para o aluno Cauê de Sousa, do segundo ano de Análises Clínicas, é possível ver uma evolução demorada porém contínua no debate sobre o racismo no Brasil: “citar rappers como Djonga e Emicida, abordar esse estilo musical que também era um tabu aqui no Brasil, ver que a música também é uma forma de protesto contra o racismo, é sensacional... A palestra trouxe muito conhecimento de todos os jeitos possíveis e quem assistiu não vai esquecer”, declara.

 

Comunicação Social / Câmpus Águas Lindas

 

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