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Pedagogia Bilíngue

Palestra online da Licenciatura em Pedagogia Bilíngue proporciona aprendizados no isolamento

Publicado: Quarta, 03 de Junho de 2020, 23h46 | Última atualização em Quinta, 04 de Junho de 2020, 16h39

Organizada pela coordenação do curso e pela professora Letícia da Cunha Silva, a atividade abordou a aquisição de língua materna pela perspectiva gerativista e contou com bastante interação dos participantes

A professora Letícia da Cunha Silva fez uma didática apresentação do tema da palestra, com dados históricos e exemplos
A professora Letícia da Cunha Silva fez uma didática apresentação do tema da palestra, com dados históricos e exemplos

 Tendo um público formado principalmente de estudantes do curso de Licenciatura em Pedagogia Bilíngue do IFG, mas também com a presença professores, alguns servidores administrativos e, ainda, estudantes e docentes de outras instituições de ensino, a palestra “Como as crianças aprendem a falar? Aquisição de L1 na perspectiva gerativista”, proporcionou discussões enriquecedoras e que estimularam o interesse de um aprofundamento no assunto. Proferida pela professora Letícia da Cunha Silva, Doutora em Linguística e professora de Língua Portuguesa no Câmpus Aparecida de Goiânia do IFG, a apresentação foi realizada online na segunda-feira, dia 1º de junho, e teve como mediadores os professores Keith Daiani da Silva Braga e Thiago Cardoso Aguiar, do curso de Pedagogia Bilíngue.

A coordenadora do curso de Licenciatura em Pedagogia Bilíngue, professora Aleir Ferraz Tenório, destacou a satisfação de ver a participação dos estudantes na discussão, que ela considerou muito positiva: “Em momentos tão difíceis como este, é muito importante a gente aproveitar para se qualificar e é isto que a gente está fazendo nesta noite e de forma tão bem feita”, afirmou Aleir. O público participou com perguntas e relatos de experiência, que foram respondidos e dialogados pela professora Letícia. As especificidades da aquisição da Libras por crianças surdas foram comentadas pelo professor Thiago. Para a professora Keith, a atividade representou um fortalecimento de vínculos de todos durante o isolamento provocado pela pandemia da Covid-19.

 

A perspectiva gerativista

O Gerativismo, teoria desenvolvida pelo linguísta norte-americano Noam Chomsky a partir da década de 1950, defende que a linguagem é uma capacidade inata do ser humano. A professora Letícia da Cunha fez uma didática apresentação do assunto, com dados históricos e exemplos, e esclareceu pontos básicos como a de que a língua materna é adquirida naturalmente, mas uma língua ensinada em escola não se diz adquirida, mas aprendida. Ela explicou que uma língua estrangeira requer, quase sempre, aprendizagem formal, por exemplo, e que a aquisição da L1 é marcada pela aquisição de sintaxe, ou seja, da habilidade de compreender e estruturar sentenças, e não se confunde com a aquisição de léxico, isto é, de vocabulário.

A professora Letícia destacou que a criança, seja ouvinte ou surda, demonstra enorme capacidade para distinguir os estímulos relativos à linguagem, ou seja, sabe diferenciar facilmente o som da comunicação de um som qualquer e a imagem da comunicação de uma imagem qualquer. “Em pouco tempo, a criança consegue adquirir perfeitamente a língua”, afirmou. Letícia completou que ao entrar em idade escolar, aos quatro ou cinco anos, a criança domina seu idioma e consegue produzir frases que ainda não ouviu de outra pessoa.

Pela teoria gerativa, que é uma das hipóteses sobre aquisição de linguagem, qualquer criança que não tenha privação social ou patologia genética é capaz de adquirir linguagem. Ao discorrer sobre o tema, a palestrante falou também do chamado período crítico, que é o tempo considerado ideal para aquisição da linguagem: a tenra infância. Ela comentou que as pessoas são capazes de aprender uma língua em qualquer idade, mas que a habilidade para isso vai se reduzindo com o avançar dos anos. “Além dos estágios da aquisição, há os limites para maturação”, afirmou.

A exposição da professora Letícia da Cunha Silva e sua interação com o público foram muito elogiados pelos participantes no chat do evento. Segundo a professora, a aquisição da linguagem é um campo de estudo em expansão e há ainda muitas perguntas sem resposta, o que deve motivar pesquisadores da área. A apresentação contou com a tradução em Libras, por intérpretes do IFG – Câmpus Aparecida de Goiânia.

 

Coordenação de Comunicação Social / Câmpus Aparecida de Goiânia

 

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