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Pesquisa

Estudo desenvolvido por pesquisadores do Câmpus Goiânia estima sedimentos no Rio Araguaia por imagens de satélite

A pesquisa de iniciação científica foi publicada recentemente em uma revista internacional

  • Publicado: Quinta, 21 de Novembro de 2019, 15h23
  • Última atualização em Segunda, 23 de Dezembro de 2019, 10h51
Pesquisa foi realizada pelo professor Épido Henrique Cremon e pela aluna Ana Maria Santos da Silva, por meio do PIBICTI
Pesquisa foi realizada pelo professor Épido Henrique Cremon e pela aluna Ana Maria Santos da Silva, por meio do PIBICTI

Pesquisa de iniciação científica, desenvolvida por professor e aluna do curso de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura do Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG), investiga os sedimentos suspensos no Rio Araguaia, a partir da análise das imagens do satélite norte-americano Landsat-5. No estudo, os sedimentos finos denominados de Silte e Argila são analisados por meio de imagens de satélite que esteve em operação por 30 anos, gerando um banco de dados pretéritos sobre a quantidade de sedimentos transportados pelo Rio Araguaia.

A pesquisa foi desenvolvida pelo professor do Câmpus Goiânia do IFG, Édipo Henrique Cremon, e pela estudante de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura, Ana Maria Santos da Silva, no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, Tecnológica e Inovação (PIBICTI) do IFG. O estudo, concluído em 2018, resultou em artigo, em inglês, publicado recentemente na revista científica internacional Remote Sensing Letters, de título em português: “Estimativa de concentração de sedimentos suspensos a partir de imagens TM/Landsat-5 para o Rio Araguaia, Brasil”. O artigo também contou com a colaboração do professor da Universidade Estadual de Maringá, Otávio Cristiano Montanher (Leia aqui o artigo).

O professor e orientador da pesquisa Édipo Henrique Cremon comenta que o Rio Araguaia é bastante conhecido por ser um dos principais destinos turísticos dos goianos por suas praias, caracterizadas por extensos depósitos de areia, atraindo muitos turistas para a região. Mas indo além do aspecto turístico para a observação da questão ambiental, o Rio Araguaia carrega também partículas menores transportadas em suspensão na água, que são sedimentos nomeados como Silte e Argila. Segundo o professor, a medição da concentração desse tipo de sedimento é um parâmetro usado em vários estudos ambientais, dentre esses, a compreensão do funcionamento dos ecossistemas aquáticos e avaliação da qualidade da água da bacia do Rio Araguaia.


Imagens do satélite Landsat-5 permitiram o estudo e análise de dados da pesquisa


“Para a quantificação desses sedimentos mais finos, a Agência Nacional das Águas (ANA) e diversas instituições de pesquisa realizaram coletas ao longo do rio (Araguaia), que posteriormente foram analisadas em laboratório. Entretanto, os resultados das análises ainda são escassos no tempo e no espaço para estudos mais detalhados com relação ao transporte desses sedimentos e se, de alguma forma, mudanças na cobertura de uso e ocupação do solo, como o desmatamento, a expansão da agricultura ou mesmo a urbanização, têm alterado a quantidade desses sedimentos carregados pelo bom e velho Araguaia”, explica o professor Édipo Cremon.

Devido a essa falta de dados, os pesquisadores do Câmpus Goiânia do IFG tiveram a ideia de analisar se imagens de satélite seriam úteis para estimar a concentração desses sedimentos mais finos no Rio Araguaia, com objetivo de aumentar a quantidade de dados desse parâmetro muito usado em estudos ambientais. Na investigação científica, os pesquisadores utilizaram as imagens fornecidas gratuitamente pelo satélite norte-americano Landsat-5, que esteve em operação entre 1984 e 2013, sendo um dos satélites mais duradouros da história do sensoriamento remoto e que imageava a mesma área da superfície terrestre a cada 16 dias.

Pesquisadores utilizaram as imagens do satélite Landsat-5 para o estudo.
Exemplo de uma das imagens do satélite Landsat-5, utilizada para o estudo.

 

Segundo o professor Édipo Henrique Cremon, como não é possível voltar no tempo para fazer a coleta em campo no Rio Araguaia, o uso de imagens de um satélite, que operou por quase 30 anos, pode permitir o aumento considerável de informações em condições até então irreversíveis de se solucionar, estimando a concentração de sedimentos em suspensão que o rio transportava em momentos passados.

Para o estudo, os pesquisadores usaram 68 imagens do satélite Landsat-5 ao longo do Rio Araguaia com coletas de concentração de sedimentos suspensos quase concomitantes com as datas de imageamento. Foi elaborado um modelo estatístico que permite estimar sedimentos finos abaixo de 250 miligramas por litro para o Rio Araguaia, com um erro médio quadrático normalizado de 10%.

Com a pesquisa, será possível ampliar o volume de dados sobre a concentração de sedimentos suspensos no Rio Araguaia em torno de 600% em relação aos dados que haviam disponíveis até então, segundo os pesquisadores. “A gente tem uma base muito pobre de dados sobre o Rio Araguaia. Então, a gente está ampliando uma série de dados sobre o rio, em quase 30 anos de dados inexistentes. O aumento dessa base de dados sobre o transporte de sedimentos nos permite conhecer melhor a dinâmica e a evolução do Rio Araguaia, bem como de sua bacia hidrográfica”, destaca o professor Édipo Cremon.

Para o professor, essa pesquisa confirma a importância da promoção da iniciação científica no IFG, pois, segundo ele, com boas ideias, sejam simples ou mais robustas, podem ser desenvolvidas pesquisas de impacto e que gerem publicações científicas relevantes, contribuindo para a formação dos alunos e qualificando o trabalho dos professores orientadores.


Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia do IFG

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