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INCLUSÃO

Jogo Sapiens utiliza dinâmica atrativa e lúdica para o desenvolvimento pedagógico de estudantes neurodiversos

Ação é um projeto de ensino, contemplado pelo Edital PROEN 27/2024, e tem foco em discentes com transtorno do espectro autista

  • Publicado: Quarta, 09 de Outubro de 2024, 13h10
  • Última atualização em Quinta, 10 de Outubro de 2024, 15h18
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Permanência, êxito e inclusão! Essas são as premissas do projeto de ensino lançado na manhã desta quarta-feira, 9 de outubro, no Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG). Trata-se de uma adaptação do Jogo Sapiens, desenvolvido pelo biomédico Natrício Vale Almeida, do Piauí, que tem o objetivo de promover o desenvolvimento cognitivo de crianças, idosos e pessoas neurodiversas. No IFG, o projeto foi contemplado no Edital PROEN nº27/2024, coordenado pelo docente da área de Engenharia Mecânica, Vinícius Carvalhaes, com o auxílio dos estudantes bolsistas Luiz Henrique Lima dos Santos, do técnico integrado em Telecomunicações, e Nicole de Oliveira Aquino, da Engenharia de Controle e Automação.

O jogo, que funciona como uma ferramenta pedagógica, é considerado um Patrimônio Cultural de Teresina, Piauí, pela Lei nº 5.820/2022. No Câmpus Goiânia o projeto foi implementado em 2023 no Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne). O professor Vinícius Carvalhaes conta que conhecia o jogo e tinha o desejo de implementá-lo no Câmpus como foco no atendimento dos discentes com transtorno do espectro autista (TEA). Naquele momento, ao conversar com os então coordenadores do Núcleo, professor Marshal Gaioso e Cleide Machado, foi possível desenvolver a dinâmica do Sapiens na sala do Napne.

 

 
Kauã Santos, do técnico integrado em Instrumento Musical, foi um dos estudantes que experimentou algumas jogadas no Sapiens

 

O jogo é composto por peças, que se assemelham a dados, e um tabuleiro. No Câmpus Goiânia, como o foco são pessoas com TEA, o tabuleiro é formado por peças de quebra-cabeça, que remetem ao símbolo do autismo. A dinâmica é parecida com a de um jogo de xadrez, contudo, o diferencial fica na peça que se está utilizando na jogada, que vai aumentando o seu valor à medida que o jogador captura as peças do adversário. Nicole de Oliveira explica a diferença do Sapiens para o jogo de xadrez, uma vez que neste, “até o final do jogo, uma peça tem a sua única função. No jogo Sapiens, não. A gente aprende que você vai progredindo com o tempo, de pouco em pouco, e não necessariamente você tem que só mover a sua peça pra frente, você pode regredir, você pode voltar um pouco atrás, você pode ir pros lados”. A estudante conta que a dinâmica tem não apenas um valor competitivo, mas auxilia no diálogo, interação e integração das pessoas neurodiversas.

 


Nicole de Oliveira, da Engenharia de Controle Automação, é bolsista do projeto e acredita que o jogo vai além da competição, pois promove também integração

 

Para Vinícius Carvalhaes, a ideia é popularizar a ferramenta no âmbito do Câmpus Goiânia, com adesão dos alunos TEA e abrir a possibilidade para outros com necessidades específicas diversas, como pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Segundo o docente, a dinâmica do jogo auxilia o desenvolvimento de áreas como raciocínio lógico e espacial, além de ajudar na concentração e integração, uma vez que é um jogo analógico e promove o envolvimento com outras pessoas. A ideia, segundo o docente, é envolver também a comunidade do câmpus e, futuramente, incluir o Sapiens como uma modalidade nos Jogos Internos do IFG (JIF).

Além do desenvolvimento do público-alvo, o Jogo Sapiens promove aprendizado também aos discentes que atuam no projeto enquanto bolsistas. Nicole de Oliveira, por exemplo, reforça a importância, enquanto futura engenheira de Controle e Automação, que suas produções sejam para atender as necessidades das pessoas com deficiência e neurodiversas. “É uma experiência muito diferente, porque além de você conhecer, entender outras pessoas, que nem todo mundo é igual a você. Eu acho que é muito importante para a relação. A gente tem uma relação além de só jogo, só competitividade. A competitividade, na verdade, ficava em último lugar. A interação é muito boa, você conhecer outras pessoas, conhece o gosto das outras pessoas. E aprender também sobre”, comenta.

O lançamento do Jogo Sapiens foi realizado na Sala de Integração e contou com a presença de estudantes, servidores técnico-administrativos e docentes.

 


Equipe do projeto Jogo Sapiens durante lançamento da ação no Câmpus Goiânia. Além do coordenador e dos estudantes bolsistas, colaboram com a ação a servidora técnico-administrativa, Alinne Monteiro da Cruz Atanasio, o docente Júlio César Caixeta e a egressa do IFG, Múria Carrijo Viana Alves da Silva 

 

Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia.

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