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8 de março

Câmpus realiza atividade especial em celebração ao dia internacional da mulher

Publicado: Sexta, 06 de Março de 2020, 16h26 | Última atualização em Sexta, 06 de Março de 2020, 16h50

Convidados trataram em suas palestras sobre relações de gênero, violência contra a mulher e a atuação do Poder Judiciário

“No mundo do trabalho, as mulheres, segundo o IBGE, recebem um salário 25% menor do que os homens para desenvolver as mesmas funções", observa Ana Rita Marcelo.

O Câmpus Senador Canedo do Instituto Federal de Goiás (IFG) promoveu na manhã desta sexta-feira, 6, atividade especial por ocasião do dia internacional da mulher, 8 de março. Foram realizadas duas palestras e, entre elas, houve um café da manhã. A primeira tratou sobre as relações de gênero e a violência contra a mulher; e a segunda, a atuação do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher. O evento aconteceu no auditório e contou com as presenças de estudantes, servidores e convidados.

A primeira palestra foi ministrada pela professora Ana Rita Marcelo de Castro, presidente do Conselho Estadual da Mulher (Conem). Ela ressaltou que ainda há uma “intensa” desigualdade entre homens e mulheres, perceptível em diversas áreas. “No mundo do trabalho, as mulheres, segundo o IBGE, recebem um salário 25% menor do que os homens para desenvolver as mesmas funções. Embora as mulheres tenham três anos, em média, de escolaridade do que os homens, apenas 35% dos postos de chefia são ocupados por mulheres”, disse.

No entanto, adverte, a face mais perversa é a da violência contra a mulher. “Cinco mulheres são espancadas a cada dois minutos no nosso país. Nós temos números altos de feminicídio”, sublinhou. Segundo ela, esse é um problema cuja resolução é de toda a sociedade. “Nós não podemos mais permitir esta cultura de violência contra a mulher, essa naturalização, esse processo que realmente silencia, exclui e mata mulheres”, contou Ana Rita.

Palestrante apresenta os números que evidenciam a intensa desigualdade que ainda há entre homens e mulheres

 

A segunda foi proferida pelo juiz de Direito, Vitor Umbelino Soares Júnior, que é também vice-coordenador da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Goiás. Ele destacou que a data tem um viés comemorativo, sobretudo em função das conquistas alcançadas “diga-se, à custa de muito sacrifício”, mas é também ocasião para discutir os altos índices de violência contra a mulher.

Ele informou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há algum tempo, em parceria com os tribunais de justiça de todo o país e o sistema de justiça, realizam três vezes por ano a Semana Nacional de Justiça pela Paz em Casa. E a primeira edição anual acontece justamente na semana do dia 8 de março. Nesta ocasião, “todos se juntam para a agilização de processos relacionados à Lei Maria da Penha e feminicídio. Em Goiás, durante essa semana, que começa dia 9 e termina de 13 de março, nós teremos mais de mil audiências”, afirmou.

Juiz de Direito relata as ações que o Poder Judiciário tem tomado frente aos altos índices de violência contra a mulher

 

E, mais, conforme disse, as atividades da Semana englobam também palestras nas escolas, faculdade e universidade, para que “a sociedade e os seus setores organizados possam conversar mais sobre esse tema, a falar sobre a violência contra a mulher, assunto que era um tabu até pouco tempo”, destacou o juiz Vitor Umbelino Soares Júnior.

Para a Diretora-Geral do Câmpus, a professora Maria Betânia Gondim da Costa, a data traz em si mesma a luta das mulheres em prol do reconhecimento e valorização. Assim, o Câmpus, enquanto instituição de ensino, preza pela reflexão, “para que os estudantes não comemorem apenas por comemorar, mas o façam sabendo o motivo, o histórico, o que levou a isso, assim como os problemas que ainda persistem”, comentou.

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Senador Canedo.

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