Concâmpus aprova por unanimidade o Plano de Retorno Gradual do Câmpus Formosa

Todos os membros presentes na Reunião Extraordinária do Conselho de Câmpus (Concâmpus), realizada virtualmente na manhã dessa sexta-feira, 17, aprovaram o Plano de Ação Local de Retorno Seguro e Gradual das Atividades Acadêmicas e Administrativas Presenciais, que vem sendo construído pela Comissão Local desde setembro. Após a aprovação de hoje, o Plano passará por formatação e será disponibilizado até a próxima semana para a comunidade.

O documento tem como objetivos planejar a retomada gradual das atividades presenciais, embasar a reformulação da Resolução IFG nº 60/2021 e possibilitar a implementação do Programa de Recuperação de Aprendizagens. Ele foi elaborado de acordo com os indicadores de biossegurança e as diretrizes do Plano Geral de Retorno Gradual do IFG. “Formosa vivencia uma situação ímpar. Fomos o último a sair da situação crítica. Por isso, tivemos muito cuidado na elaboração do Plano e na tomada de decisões”, declarou o membro da Comissão Local, professor Oberdan Quintino de Ataídes.

Além dos objetivos, o Plano de Ação Local apresenta princípios e pressupostos, diagnóstico a partir dos questionários aplicados, indicadores de biossegurança e quadro de referência de atividades de ação do Câmpus. Inicialmente, a Comissão Local do Plano de Retorno Gradual apresentou, de forma geral, as informações do documento, destacando aspectos importantes a serem observados e explicou os instrumentos utilizados para a captação de dados, necessários para a elaboração das diretrizes.

Foram aplicados três questionários: o primeiro, a respeito da percepção sobre a pandemia; o segundo, sobre as condições sanitárias da comunidade, e o terceiro, direcionado aos docentes e servidores técnico-administrativos ligados ao Departamento de Área Acadêmica (DAA), para a indicação de atividades que poderiam ser desenvolvidas em cada fase.

Fase Amarela

De acordo com a análise da Comissão, é possível que o Câmpus Formosa retorne do recesso e férias acadêmicas na Fase Amarela. Isso significa que o quarto bimestre do ano letivo de 2021, a partir de janeiro, tem previsão para ser realizado com algumas atividades presenciais, como aulas práticas, estágio, atendimento a alunos com dificuldades de aprendizagem, orientações e bancas de TCC, atendimento de estudantes no Programa de Monitoria, aplicação de avaliações de aprendizagem para pequenos grupos e reuniões para planejamento pedagógico e para acompanhamento do Plano de Ação Local. Atividades administrativas seriam alternadas entre trabalho presencial e home office.

O diretor-geral, professor Thiago Gonçalves Dias, lembrou a situação em que o Câmpus se encontrava no início dos trabalhos. Quando o Plano começou a ser elaborado, “éramos o único Câmpus que não estava nem na Fase Amarela”, recordou Thiago. “Logo no começo houve a mudança para a Fase Amarela, não regrediu, apesar de ter aumentado o índice de vacinação no município”, completou.

A análise das respostas da comunidade aos questionários apontou para um possível retorno total das atividades (Fase Verde) apenas no primeiro semestre do ano letivo de 2022, se o panorama daquele momento permitir. Segundo o Plano Geral do IFG, há quatro fases a se observar: que vão da mais crítica – Fase Vermelha – à mais maleável – Fase Verde. “Indicamos em cada fase quais são as nossas possibilidades, deixando flexível, em cada uma delas, sempre a possibilidade de termos atividades presenciais”, explicou o professor.

Importância da vacinação

O membro da Comissão enfatizou que a adoção da Fase Verde dependerá principalmente do nível de vacinação dos membros da comunidade, o que ainda causa um certo receio. “Formosa está, em relação ao Estado, com baixa adesão à 2ª dose”, relatou Oberdan. Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pela Prefeitura Municipal de Formosa em 7 de dezembro, 66.321 pessoas (cerca de 55% da população) está imunizada com a 2ª dose ou dose única. Em relação a isso, “o ideal seria um retorno às atividades quando pelo menos 70% da comunidade estivessem imunizados com a 2ª dose ou dose única”, declarou.

Além desse, existem outros parâmetros de biossegurança que estão sendo considerados. “Precisamos atender alguns elementos apontados no plano, que são os indicadores de biossegurança. Estamos lutando para consolidar esses indicadores – máscaras, ofertas de álcool em gel, esclarecimento sobre o uso dos espaços e do distanciamento social e medidas de segurança. Devemos manter uma estratégia de conscientização contínua para todos da comunidade”, justificou Oberdan.

O diretor-geral afirmou que já foram e ainda estão sendo adquiridos equipamentos de biosssegurança para o Câmpus, como dispenser para álcool em gel, tapetes de desinfecção, sanitarizantes e divisórias de acrílico nos setores, os quais serão instalados no início de janeiro.

O Comitê de Acompanhamento da Covid-19 fará um acompanhamento contínuo e ininterrupto das condições epidemiológicas. Boletins serão liberados pelo grupo quinzenalmente, levando em conta os cinco indicadores de biossegurança: situação do indicador do risco para Covid-19 na região de saúde; capacidade de atendimento da rede hospitalar; índice de vacinação da 2ª dose ou dose única da comunidade acadêmica, vacinação dos profissionais da educação e atendimento aos critérios mínimos de biossegurança na unidade. O Comitê terá até 15 dias para a publicação do boletim e as atividades referentes àquela fase deverão sem implementadas em até 10 dias após a publicação.

O diretor-geral esclareceu que será necessária a apresentação do comprovante de vacinação quando as atividades presenciais se iniciarem. A comunidade externa também deverá apresentá-lo para acessar o Câmpus. Segundo ele, a Procuradoria Federal no IFG já está sendo consultada e deve emitir parecer em breve sobre isso.

Acesse aqui o Plano de Ação Local de Retorno Seguro e Gradual das Atividades Acadêmicas e Administrativas.

Acesse aqui os Anexos do Plano.

Setor de Comunicação Social/Câmpus Formosa