Agro Centro-Oeste Familiar reúne ideias, produtos, mostras, boas práticas e muita troca de experiências
Evento será realizado até o dia 1º, no Centro de Cultura e Eventos da UFG
Aqui tem feira, aqui tem diálogo, aqui tem artesanato, aqui tem café, aqui tem doces, aqui tem estudante, aqui tem professores e servidores, enfim, aqui tem ensino, pesquisa e extensão. São ações que se integram em um misto de propósitos, diversão, trabalho e muita, mas muita vontade de aprender e distribuir conhecimento. Isso (tudo) representa um pouquinho da participação do Instituto Federal de Goiás (IFG) na Agro Centro-Oeste familiar 2019, que começou na manhã de hoje, 29, no Campus Samambaia da Universidade Federal (UFG), em Goiânia.
Em um misto de conversas, troca de experiências, música e dança, o dia de atividades do IFG no evento teve início com a roda de conversa Empoderamento das agricultoras familiares: desafios, possibilidades, troca de saberes e experiências. Promovida pelo Subsistema Integrado de Atenção à Saúde (Siass), em parceria com servidores da Instituição e os movimentos Mulheres Guerreiras de Canutos (MST) e o Movimento de Cultura Popular (MCP), a ação realizou inicialmente uma dinâmica com dança e música, para gerar descontração, seguida da divisão em duplas para que as integrantes se conhecessem melhor.
Uma das participantes, Angélica Francisca Mendes Mamede, é estudante da UFG. Ela veio do Acre e está cursando doutorado em Biologia. Neta do ambientalista Chico Mendes, ela conta que se interessou pela roda de conversa porque sua mãe é agricultora familiar e que pretende levar o assunto para sua cidade. Integrante do Comitê Chico Mendes, quer levantar informações sobre a perspectiva da mulher na agricultura familiar. “A gente quer começar a fazer uma horta na escola, fazemos trabalhos com educação ambiental, não tenho muito conhecimento em ecofeminismo, mas quero aprender”, ressalta a estudante.
A nutricionista do IFG Ariandeny Furtado, que conduziu as ações da roda de conversa, destaca que a partir das dinâmicas realizadas foi possível trabalhar com o cuidado, a escuta, lembranças e trocas, enfatizando a necessidade de fortalecer o grupo. Já a agricultora Marqueze Belo lembra que o termo ecofeminismo surgiu em 1974 e que representa a presença da mulher na agricultura, mostrando a ligação dela com a natureza e com a terra. “Tem tudo a ver, a mulher tem ligação direta com a terra”, ressalta.
Participação
E não tem apenas servidor na Agro Centro-Oeste não, tem caravana vinda dos câmpus para participar das oficinas, do Dia de Campo e para receber conhecimento. As estudantes do segundo ano do técnico em Agroindústria, do Câmpus Inhumas, Noemi Palhares e Allyne Pereira de Siqueira estão na expectativa de aprender. “É a primeira vez que a gente participa, viemos pra oficina de Gastronomia e vamos aproveitar pra fazer um tour pela agronomia”, comentam. A turma veio acompanha das professoras Darlene Ana de Paula (Biologia) e Maria Angélica Peixoto (Sociologia do Campo). Elas realizam um trabalho integrado com as turmas, uma mostrando partes da produção agrícola e a outra, o processo de modernização nas atividades da agricultura familiar. Darlene afirma que o evento é uma oportunidade única que os estudantes têm, pois “ele traz possibilidades de contato com a pesquisa. Os alunos ficam empolgados, inclusive porque muitos nunca tinham nem saído da cidade”, comenta.
Servidor do Câmpus Cidade de Goiás, Carlos de Melo Silva Neto é tecnólogo em Agroecologia e também produtor de café. Ele levou para expor na feira doces, frutas, verduras, pães, tudo produzido pelos estudantes do técnico em Agroecologia.
Espaço da Instituição
A tenda do IFG montada na Agro Centro-Oeste Familiar ficou movimentada durante todo o dia. A equipe da Pró-reitoria de Extensão, servidores da Instituição e estudantes do Câmpus Cidade de Goiás estão durante todo o dia desenvolvendo ações, como exposição de artesanato e produtos diversos, oficinas e roda de conversa.
Estudante do terceiro período do curso técnico em Artesanato, Eva Aparecida Ferreira Leite pontua que o evento representa uma diversidade e uma oportunidade pra ela ter contato com pessoas de várias cidades e estados. Fora isso, que o curso representa a parte acadêmica que faltava a ela. “É um aprendizado pra gente, que era sempre na prática e agora também aprendemos na teoria”, pontua.
Sobre a participação do IFG na feira, a nutricionista da Pró-reitoria de Extensão do IFG, Renata David de Moraes, uma das responsáveis pela Agro Centro-Oeste no âmbito do IFG/Proex, destaca que esse é o ano em que houve maior mobilização com atividades institucionais no evento. Além da presença dos câmpus (Goiânia, Cidade de Goiás, Inhumas, Uruaçu, Formosa, Aparecida e Valparaíso), o IFG também está apoiando com o fornecimento de alimentação para cerca de 150 agricultores familiares diariamente, com a equipe do curso técnico em Cozinha, do Câmpus Goiânia.
Duas atividades culturais também serão realizadas durante o evento: Cantigas do Estradar (Câmpus Goiânia), sob coordenação do professor Felipe Ferreira Valoz Júnior, com estudantes dos cursos de Música do Câmpus Goiânia, e apresentação do grupo de Dança Despertar (Câmpus Uruaçu), coordenado pelo professor Weber Mendes de Paula, composta por alunos do terceiro ano do curso técnico integrado em Química.
A Agro Centro-Oeste Familiar conta ainda com a participação do Instituto Federal Goiano, a UFG e de diversos parceiros. A abertura oficial será realizada às 16 horas de hoje, contará com a presença do reitor do IFG, professor Jerônimo Rodrigues da Silva. As atividades serão realizadas até o dia 1º de junho, no Centro de Eventos da UFG.
Veja a programação das atividades do IFG na Agro Centro-Oeste.
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Eva Aparecida, da Cidade de Goiás
Noemi Palhares e Allyne Pereira de Siqueira
Diretoria de Comunicação Social/Reitoria.
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