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Residência

Troca de experiências entre alunos residentes é tratada no II Seminário de Residência Pedagógica

Publicado: Quarta, 23 de Outubro de 2019, 18h39 | Última atualização em Segunda, 04 de Novembro de 2019, 12h42

Professores das escolas estaduais e municipais de Formosa também participaram do evento

Alunos residentes apresentam os resultados de suas pesquisas ao público
Alunos residentes apresentam os resultados de suas pesquisas ao público

 

O dia a dia da sala de aula das escolas públicas enfrentado por professores e alunos residentes foi exposto na noite de ontem, 22, no Teatro Guaiá, no II Seminário de Residência Pedagógica, promovido pelos professores Marcos Augusto Schliewe e Luciana Campos de Oliveira Dias para os cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas e em Ciências Sociais do Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás (IFG). Na solenidade também estavam presentes outros professores do IFG/Câmpus Formosa, Daniel Sejour, Oberdan Quintino de Ataídes e Mariana Toledo Ferreira.

O Seminário foi uma das metas a serem atingidas pelo Programa de Residência Pedagógica do IFG, com base em edital da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em que, indispensavelmente, alunos bolsistas do programa da CAPES relatam suas experiências em uma ampla discussão. Participaram estudantes dos cursos superiores de licenciatura do IFG que já concluíram mais de 50% do curso, 25 deles bolsistas remunerados pelo Governo Federal.

Também estiveram presentes professores das escolas municipais Auta Vidal, Izaíra Machado e Domingos de Jesus Monteiro Guimarães , preceptores dos estudantes bolsistas do IFG e também bolsistas pelo Programa de Residência Pedagógica da Capes.

O objetivo do Seminário foi, além de articular teoria e prática nos cursos de licenciatura, fortalecendo a aprendizagem dos alunos e a relação entre o IFG e demais instituições públicas de ensino básico local, compartilhar com a comunidade a troca de saberes apreendidos. Os estudantes também apresentaram o resultado de pesquisas e experiências nas escolas regidas.

“A importância do professor e da escola às vezes é negligenciada e a gente precisa recuperar esta estima, esta nossa vontade e o papel real da escola”, disse Marcos Schliewe.

Para o professor Marcos, são muitos os desafios enfrentados pelo professor, por isso o IFG decidiu participar do programa. “O primeiro desafio nosso como instituição foi aceitar o programa. Os alunos se depararam com várias realidades complicadas dentro de sala de aula, a própria estrutura das escolas”, relatou. “A participação foi importante para mostrar quais os reais desafios, aqueles que devem ser prioridades e a questão de valorizar a escola”, explicou o professor.

Marcos também declarou que outro objetivo é preparar os alunos estagiários para lidar com frequência escolar, programas assistenciais, avaliações da educação e outros temas do cotidiano escolar. “Todos os índices são formas de o governo apresentar números melhores”, disse ele. “O professor precisa aprender a lidar com isso, com esta nova realidade”, afirmou.

Os estudantes apresentaram relatos de pesquisas realizadas com os alunos das unidades escolares, sobre possíveis causas da indisciplina, autoconhecimento e perspectivas do jovem, dificuldades enfrentadas e influências externas, como jogos eletrônicos.

Questões de gênero também foram analisadas no estudo da Sociologia através dos jogos eletrônicos. Segundo a estagiária de Licenciatura em Ciências Sociais, Nauane, em seus estudos, “sempre que há uma mulher como personagem nos jogos há a questão da objetificação do corpo da mulher”. Outro ponto observado é que a mulher aparece em segundo plano em relação ao homem nos eletrônicos. “Isso reflete muito a sociedade atual. A maioria dos jogos são desenvolvidos e praticados por homens. Os jogos apresentam muito o estereótipo da mulher na sociedade”, analisou.

Uma das estagiárias relatou alguns resultados da pesquisa sobre aspectos da juventude. De acordo com ela, 48% dos alunos entrevistados em uma escola de ensino médio de Formosa desejam continuar seus estudos, “uma pequena parcela não sabe e outros não consideram a escola importante”. Entretanto, em sua análise, ela afirma que, devido à grande maioria das respostas, “caiu por terra a máxima de que o jovem não tem futuro”. “O jovem sabe que ali é o seu futuro e ele quer algo mais para sua vida”, concluiu.

 

Setor de Comunicação Social/Câmpus Formosa.

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