Feminismo, identidade cultural e discriminação racial nos eventos do Dia da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, está sendo comemorado desde quarta-feira, com programação para a comunidade interna e externa do Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás (IFG).  

No dia 20, o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Trabalho, Educação, Cultura e Ciências (Nepp-Tec) promoveu o Cine-debate no Teatro Guaiá, com a exibição de dois filmes importantes para discussões do tema. Às 14 horas, o documentário Vista Minha Pele, dirigido pelo cineasta Joel Zito Araújo, deu enfoque ao sofrimento de uma garota pobre e branca, em meio a uma sociedade formada e dominada por negros. Por ser branca, a garota sofre discriminação racial na escola e recebe a ajuda de sua colega negra para conseguir alcançar seu objetivo, vencer um concurso de beleza em que o padrão é ser negro.

À noite, o filme A Negação do Brasil, dirigido pelo mesmo cineasta de Vista Minha Pele, fez uma análise das telenovelas brasileiras, que há tempos apresentam a visão negativa e estereotipada do negro. Ele promoveu uma reflexão sobre a influência das novelas na formação da identidade do povo brasileiro.

Na continuação das comemorações, o Centro Acadêmico de Ciências Sociais Ubá realizou o II Sarau Negrito, no Bloco Acadêmico. O evento contou com apresentações de músicas, poesias e um debate com a aluna do curso de História da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Vitória Dias, mediado pelas estudantes de Ciências Sociais do Câmpus, Fernanda Sousa e Karlen Daniela. O debate centrou-se em torno do feminismo, especialmente o feminismo negro.

Cientistas Formosas

O Programa Cientistas Formosas também contribuiu com a celebração. Nesta tarde, as coordenadoras do programa promoveram a exibição, no Teatro Guaiá, do filme Pantera Negra, sucesso dos cinemas em 2018, que aborda conflitos de poder, participação feminina, cultura negra, entre outros temas.

Setor de Comunicação Social/Câmpus Formosa