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Cientistas Formosas

Diretoras do Laboratório Germinax palestram sobre a força das mulheres no agronegócio

Publicado: Segunda, 24 de Outubro de 2022, 19h01 | Última atualização em Quinta, 10 de Novembro de 2022, 18h09

Palestra Mulheres no Agro: desafios e oportunidades foi realizada durante abertura do projeto Cientistas Formosas

Palestrantes do laboratório Germinax, coordenadoras e monitoras inauguram o projeto Cientistas Formosas
Palestrantes do laboratório Germinax, coordenadoras e monitoras inauguram o projeto Cientistas Formosas

Cerca de noventa alunas e alunos de escolas públicas formosenses da Rede Estadual de Educação - Centro de Ensino em Período Integral (CEPI) Izabel Christina de Sousa Ortiz, CEPI Helena Nasser e Escola Estadual Leônidas Ribeiro Magalhães - participaram, na última sexta-feira, 21 de outubro, do início oficial do projeto Cientistas Formosas, coordenado pelas professoras Adriana Martini Martins e Patrícia de Castilhos, do Câmpus Formosa. A abertura foi realizada no Teatro Guaiá com a participação das diretoras do Laboratório Germinax, Natália de Carvalho Tabet Gomes e Bárbara Naves Carvalho, que trataram da participação das mulheres nas atividades da área agrícola.

Bárbara e Natália, do laboratório Germinax

As palestrantes levaram um pouco da história pessoal e a experiência para os mais de cem ouvintes, relatando sua trajetória familiar e profissional, a fim de comprovar que há mulheres capazes e de excelência na área científica. Segundo Natália, o incentivo para atuar na agronomia veio do pai, que declarava o seu gosto por ter uma filha no agro; e da mãe, que teve que aprender a lidar com as tarefas da área para seguir com os negócios da família. "A nossa garra, independente de a gente ter conhecimento ou não, nossa força de vontade, consegue nos levar longe", ressaltou Bárbara.

"Realmente, o agro é muito tradicionalista, mas cabe a nós trazer novas visões e mudar, e desafiar, fazer realmente 'quebrar a roda'. Tudo é possível. Tudo é acessível para todos", disse uma das diretoras do Laboratório Germinax, Natalia Gomes.

A área do agronegócio não costumava ser hospitaleira com as mulheres. Segundo as palestrantes, isso tem mudado com os anos e o cenário hoje já é outro, diferente do encontrado anos atrás. Bárbara se formou em agronomia na Universidade Federal de Goiás (UFG) e relatou que no ano em que se formou, 2017, 50% dos formandos eram mulheres e 50% eram homens, num curso que antigamente era 90% formado por homens. "A gente vê cada vez mais que as empresas estão com metas para mudar a diretoria, para que sejam empresas formadas pelo menos por 50% mulheres e 50% homens. A gente sabe que isso está vindo a ser uma realidade", daclarou a agrônoma.

Segundo as irmãs, é comum lidar com mulheres no meio do agronegócio. Assim, é necessário alguns atributos, de acordo com elas, para conseguir respeito no meio. Perseverança, postura, garra, determinação, maturidade e profissionalismo são qualidades indispensáveis para a mulher conquistar seu espaço neste ambiente. "Independente da idade, se a gente se coloca num meio e faz as coisas com a devida vontade, a gente consegue ser respeitada", opinou Bárbara.

"Não devemos aceitar as mesmas condiçõesde sempre por conta de convenções sociais. A gente tem que lutar e aproveitar as oportunidades, principalmente do ensino", declarou  Natalia Gomes .

O laboratório está presente em Formosa desde 2004 e tem parceira com o IFG, ofertando estágio aos estudantes do Câmpus. As atividades desenvolvidas são análises de sementes.

 

Evento
Antes da palestra, no início da tarde, os estudantes e docentes externos foram recepcionados no Teatro, com as coordenadoras apresentando as motivações para a realização de um projeto voltado para as mulheres. Segundo a professora Adriana, a ideia surgiu a partir de uma observação a respeito da participação feminina em carreiras relacionadas às ciências, na ocasião do seu mestrado.

Adriana contou que devido a um edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) publicado em 2018 foi possível a proposição e aplicação do projeto Cientistas Formosas no Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás (IFG). Dentre os objetivos estão estimular o interesse das meninas pelas carreiras científicas, por isso a oferta de atividades com esse teor, e divulgar o IFG para os estudantes externos.

Palestras com mulheres cientistas, visita técnica na Universidade de Brasília (UnB) para conhecer laboratórios e museus, apresentação de filmes e discussões sobre a temática feminina, atividades nos laboratórios do IFG e da escola, oficina de construção de lunetas, de casinhas, com mostra dos materiais produzidos na escola; oficinas de escrita e clube de leitura são algumas das atividades previstas para esta edição do projeto.

Toda a equipe é formada por 18 servidores e 10 monitoras, estudantes do IFG de modalidades diferentes. Alguns deles estivereram presentes no evento: as professoras Ariane Frare, Thaís Amaral e Sousa, Marina Moreira, Haissa Gunther, Karen Crisitna Costa do Nascimento; a técnica administrativa Bruna Antuntes Furtado Pereira; e as monitoras Anna Clara Saraiva, Verônica Chaves, Ketlen Fernandes, Maria Eduarda Magalhães, Gabrielly Candido e Thalía de Jesus.

Banda Jaguaras, do Câmpus Formosa

A Banda Jaguaras, formada por meninas e meninos do ensino médio do Câmpus Formosa e coordenada pela professora de Música, Rosa Barros Tossini, deu o tom animado da tarde, com os sucessos "Exagerado", de Cazuza; "Carinhoso", de Pixinguinha; "Fly me to the moon", de Frank Sinatra; "Tempo Perdido", da Legião Urbana; e "Idiota", de Jão.

 

 

Você pode assistir a vídeos de transmissões ao vivo do projeto no canal Cientistas Formosas, no Youtube.

Siga @cientistasformosas , no Instagram.

Em breve, fotos do evento no Facebook do Instituto Federal de Goiás/Câmpus Formosa .

 

Matéria relacionada:

Atividades do Projeto Cientistas Formosas terão início nesta sexta-feira, 21

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa

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