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EVENTO

Semana da Saúde e do Servidor traz programação para interação entre servidores e estudantes

Publicado: Terça, 29 de Outubro de 2024, 12h41 | Última atualização em Terça, 29 de Outubro de 2024, 12h42

Esse ano, evento tem como tema o conhecimento e informação para promoção do bem-estar

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A Semana da Saúde e do Servidor iniciou com atividades para promover a interação entre técnicos administrativos, docentes e discentes no Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG). Com o tema Saúde e informação: promovendo o bem-estar através do conhecimento, o evento começou nessa segunda-feira, 28 de outubro, com café durante o qual foram discutidas orientações sobre a saúde da mulher. Servidoras puderam compartilhar suas experiências seja de autocuidado, seja no enfrentamento de doenças e suas histórias de superação. A programação vai até o dia 1º de novembro e conta com minicursos, palestras e rodas de conversa de temas variados.

Hoje, 29 de outubro, o evento contou com café da manhã especial em homenagem aos servidores. Em seguida, a roda de conversa Conectados em excesso: os perigos do uso excessivo das telas para a saúde física e mental alertou o público, que contou com a participação de estudantes dos cursos técnicos integrados, sobre o adoecimento provocado quando se é deixado guiar, sem responsabilidade, pelo celular e outros dispositivos tecnológicos. A pedagoga Daniela Azevedo, que ministrou a atividade junto à psiquiatra Heloísa Caixeta, do CAPS Infanto Juvenil Cativar, falou sobre os riscos quando o uso da tecnologia não é feito de forma consciente. A atividade foi uma proposta das coordenações de apoio pedagógico ao discente do Câmpus Goiânia e foi integrada ao evento pela comissão organizadora.

Segundo a docente, o celular é um aparelho elaborado para suprir as necessidades humanas. Seja na sua função como despertador, lembre, gps, redes sociais. Contudo, sem perceber, aos poucos os usuários vão perdendo a própria autonomia, delegando suas demandas aos aplicativos e gadgets, o que vai diminuindo a capacidade de refletir sobre suas decisões e situações cotidianas. “Nós não temos mais grau de imprevisibilidade. Isso gera um imediatismo, criando modos sociais que tiram do sujeito sua capacidade de discurso. Quando um relacionamento acaba pelo whatsapp [por exemplo], perde o conflito, não há elaboração do discurso”.

Além disso, Daniela evidenciou que, quando se torna escravo desse tipo de tecnologia, a pessoa perde sua essência ao se deixar influenciar e almejar padrões que estão nas redes sociais, interferindo inclusive no senso de pertencimento. De acordo com ela, antes, para se sentir aceito, era preciso estar inserido em determinado grupo da escola ou do bairro. Agora, essa referência passou a ser os grupos de whatsapp e outras redes sociais. Com toda a vida passando pelas telas e aplicativos, a professora explica que se perde a noção de tempo, espaço e das relações.

Para buscar um equilíbrio saudável, uma vez que a tecnologia tem seu lado importante no desenvolvimento social, a pedagoga sugere estabelecer um limite de tempo de tela; participar de clubes de leitura e outros grupos cujo contato e dinâmicas sejam pessoais; realizar atividades ao ar livre; estabelecer conexões com a própria história e memórias de infância – seja sentir o cheiro de mato, a sensação de pisar na areia, entre outras situações reais.

Saúde e assédio

Com foco no combate ao assédio e segurança acadêmica, a Semana da Saúde e do Servidor traz também o minicurso Prevenção e combate ao assédio moral e sexual nas instituições de ensino, com a coordenadora do procedimento de mediação e mediadora da Coordenação de Processos Administrativos da Universidade Federal de Goiás, Rogéria Francisca Silva.

Com uma abordagem interdisciplinar, Rogéria trouxe para o debate o fato do assédio ser um perpetuador da violência, que está atrelada à história do trabalho. Segundo a pesquisadora, a cultura de várias sociedades aborda o trabalho como algo penoso, sofrido, um meio de exploração. Para ela, essas raízes, atreladas a demais fatores psicossociais, fazem com que comportamentos assediadores sejam praticados no ambiente de trabalho. “Não adianta falar de assédio e tratar apenas de punição. Antes de tudo, o assédio é uma ferramenta política de manutenção de situação de violência”, afirma.

 


Rogéria Francisca Silva falou sobre os contextos sociais e antropológicos que culminam nos comportamentos assediadores



Rogéria explica também que uma das formas de combate ao assédio é perceber o modus operandi das situações nas quais ele ocorre. De acordo com ela, ao fazer essa percepção, tanto a vítima quanto assediador pode romper esse ciclo.

Antes do minicurso, houve uma apresentação sobre a Comissão Interna de Saúde do Servidor Público (CISSP). A presidente da comissão, professora Iarle Ferreira, apresentou o trabalho realizado pelo grupo de servidores que visa contribuir com uma gestão compartilhada, com o objetivo de promover a saúde, humanizar o trabalho, prevenir acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, melhorar as relações de trabalho, entre outras ações que possam colaborar com a saúde dos servidores. A professora salientou a importância de todos realizarem o curso Formação da Comissão Interna de Saúde do Servidor Público, hospedado na plataforma MOOC do IF Goiano. Segundo Iarle, a capacitação auxiliará o trabalho colaborativo da CISSP, uma vez que os servidores tomem conhecimento sobre como proceder ao se deparar com casos e situações no âmbito do trabalho que possam causar adoecimento. Acesse o curso aqui.  

 
Professora Iarle Ferreira, presidente da CISSP do Câmpus Goiânia, durante explanação sobre os trabalhos da comissão

Programação

A Semana da Saúde e do Servidor faz parte da campanha institucional IFG: Respeitar, Cuidar e Acolher, que tem o objetivo de promover iniciativas que promovam a reflexão, incitando uma postura mais empática e solidária na comunidade acadêmica e, consequentemente, melhorar o relacionamento interpessoal entre servidores, estudantes e visitantes do câmpus.

Ao longo da semana, a programação traz também roda de conversa sobre menopausa e letramento LGBTQIA+; oficinas de inclusão e diversidade; leitura de rótulos alimentares; palestra sobre educação financeira, além de cursos de primeiros socorros e prevenção e combate a incêndios; campanha de doação de sangue, vacinação e muito mais. Todas as atividades podem ser conferidas aqui.

 

Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia

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