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Especial 75 anos

Câmpus Goiânia registra mais de 21 mil certificações emitidas e egressos relatam suas experiências

Levantamento de diplomas e certificados apresenta a dimensão de estudantes que concluíram seus cursos na Instituição. Alguns egressos da ETG, ETFG, Cefet-GO e IFG contam suas trajetórias

  • Publicado: Quarta, 05 de Julho de 2017, 07h53
  • Última atualização em Segunda, 10 de Julho de 2017, 09h19
Estagiárias da Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia e estudantes, July Elle Figueiredo e Gabriela Rodrigues, durante pesquisa nos arquivos da Corae, juntamente com a servidora Sônia Marques.

Ao longo de 75 anos, muita gente construiu parte de suas histórias nas dependências do que hoje é o Câmpus Goiânia do IFG. Mais de 21 mil estudantes concluíram seus estudos e receberam seus diplomas e certificados na unidade, conforme levantamento baseado em 140 livros que constam na Coordenação de Registros Acadêmicos e Escolares (Corae) do câmpus, apenas do início de 1960 até hoje. Dentre essa relevante quantidade de egressos, alguns contam como a Instituição foi importante em suas vidas.


O levantamento foi realizado pelo coordenador de Comunicação Social do IFG - Câmpus Goiânia, Charles dos Reis Alves, e as estagiárias e estudantes de Turismo, July Elle Figueiredo e Gabriela Rodrigues, especialmente para as comemorações dos 75 anos. A pesquisa revela que, de 1963 até 2016, a Instituição expediu certificações para 21.366 estudantes dos cursos superiores e técnicos. Os dados foram compilados contabilizando documentos emitidos na época da então Escola Técnica de Goiânia (ETG), perpassando pela Escola Técnica Federal de Goiás (ETFG), Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás (Cefet-GO) até chegar a Instituto Federal de Goiás (IFG) – Câmpus Goiânia.


A tradição da Instituição na oferta do ensino técnico é corroborada também através dos números, com 15.404 certificações emitidas apenas para os concluintes dos cursos técnicos. Já para os cursos superiores, que passaram a ser ofertados na Instituição somente com o advento do Cefet-GO no final dos anos de 1990, a quantidade de diplomas soma 3.814. E a tendência é que esse número cresça, com a conclusão das turmas de novos cursos superiores abertos nos últimos anos.


A pesquisa entre as certificações expedidas pela Instituição evidencia não apenas números, mas também a mudança nos nomes dos cursos ao longo das transformações da Instituição (acesse a relação de cursos) e a oferta de capacitações resultante de convênios com empresas parceiras, por exemplo, entre a ETFG e a então empresa operadora de telefonia TeleGoiás, em 1985, com 42 certificados emitidos. É possível ainda conferir nos registros algumas alterações na oferta de cursos, como o período em que foram emitidos, no Cefet-GO, apenas certificações de ensino médio, sem ser concomitante ao ensino técnico, diferentemente do que ocorre hoje no IFG. Nesse período, foram expedidos 2.106 certificados de ensino médio.


Pioneiro na ETG

Professor Hélio Naves foi aluno das primeiras turmas da Escola Técnica de Goiânia (ETG), em 1943.


Entre registros de diplomas e certificados antigos e recentes, vidas, nomes e carreiras de egressos chamam a atenção. Da Escola Técnica de Goiânia (ETG) até hoje, muitas pessoas se destacaram profissionalmente. Um desses é o professor Hélio Naves, aluno da primeira turma da Escola Técnica de Goiânia, em 1943, que, aos 90 anos, ainda trabalha ativamente na diretoria da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG). Com extenso currículo, é atualmente diretor do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas  e de Material Elétrico de Goiás (Simelgo) e conselheiro no IFG.

 

Confira vídeo da entrevista com professor Hélio Naves

Natural de Monte Carmelo, no interior de Minas Gerais, e reconhecidamente um cidadão goiano e goianiense,o professor Hélio Naves iniciou sua relação com a Escola Técnica de Goiânia ainda em 1942, antes mesmo da unidade iniciar suas atividades letivas. Ele recorda que, naquele ano, fez uma viagem de São Paulo a Goiânia, em que era caminhoneiro e estava incumbido de trazer uma geladeira comercial para o refeitório da recém-construída Escola Técnica de Goiânia. Foi quando viu a Instituição pela primeira vez, durante as vésperas das festividades do Batismo Cultural da nova capital de Goiás, em 5 de julho de 1942.  


Entrega da geladeira feita, ele retornou à sua cidade natal e, logo depois, deixou de ser caminhoneiro para atuar como protético. Nesse período, um parente avisou ao seu pai que surgia em Goiânia uma escola, “em que você começa no ginásio e vai até a engenharia. Eu ouvi aquilo e conhecia essa escola, tinha ido entregar a geladeira lá. Então, eu vim com meu parente pra cá (Goiânia)”, recorda Hélio Naves. Prestou o exame de admissão e foi aprovado no 28º lugar para o ginásio industrial, tendo direito ao internato. Assistência reivindicada  junto ao então Diretor da Escola Técnica de Goiânia, Antônio Manoel de Oliveira Lisbôa, tendo que até apelar para o Secretário de Educação da época, Vascos dos Reis. Isso porque, explica Hélio Naves, as vagas do internato estavam destinadas somente a estudantes de Goiás, mas ele insistiu em obter a garantia, porque vinha de outro estado, sem residência em Goiânia e de família humilde.


A partir de seu ingresso na ETG (1943), Hélio Naves conta que se despontou nos estudos. Foi presidente do Grêmio Lítero Teatral da Escola Técnica de Goiânia e, em 1946, foi diplomado como Artífice de Mecânica de Máquinas. Em 1947, prestou outro exame admissional na Escola para ingressar no curso científico (antigo 2º grau, atual ensino médio), tendo conquistado vaga no curso técnico de Construção de Máquinas e Motores, formando-se em 1949. Neste mesmo ano, tendo concluído o curso técnico e encorajado pelos conselhos de professores, Hélio Naves prestou concurso e conseguiu o registro de professor em Mecânica de Máquinas, sendo nomeado como docente na ETG em 1950.


Daí em diante, sua carreira foi exponencial, com uma história que já até virou livro “Hélio Naves: um homem, uma história, uma missão”, de José Joaquim de Almeida e Silva. Empresário, graduou-se em Ciências Econômicas pela Universidade Católica de Goiás ( atual PUC – Goiás), foi  Secretário Estadual de Educação de Goiás, diretor da Escola Técnica Federal de Goiás por dois mandatos, quando se aposentou em 1985, mas até hoje contribui com IFG enquanto membro no Conselho Superior. Para ele, toda essa dedicação é uma forma de devolver o que a sociedade lhe deu. “Meu coração tá lá dentro, minha cabeça tá lá dentro, nunca arredei o pé. Ainda no Cefet, eu era conselheiro, terminou o Cefet e virou IF e eu continuo conselheiro até hoje lá”.


Hélio Naves se emociona ao falar da importância da Escola Técnica de Goiânia em sua vida: “Eu amo a Escola Técnica, porque ela faz cidadãos conscientes e profissionais. Nós temos ministro [Sebastião Castro Filho], o Iris Rezende (1950) foi da Escola Técnica, nós temos desembargadores, temos engenheiros, temos gente pra todo lado nas mais altas profissões que passaram pela Escola Técnica”. Para os 75 anos do Câmpus Goiânia, o professor Hélio Naves deseja que venham mais outros setenta e cinco anos, para que a Instituição possa continuar distribuindo conhecimento para a sociedade.


ETFG: Laços de afeto
Outra egressa, mas da época da então Escola Técnica Federal de Goiás, a procuradora federal da Advocacia-Geral da União (AGU) Marcyene Fagundes Furtado diz que mantém até hoje as amizades que conquistou durante o período em que estudou na Instituição. Egressa do curso técnico integrado em Edificações (1991-1994), Marcyene conta que seus melhores amigos até hoje são os seus colegas contemporâneos da ETFG. Segundo ela, o grupo de amigos se reúne, pelo menos, uma vez por ano, além de manter cotidianamente o bate-papo no WhatsApp.


Em suas recordações, a procuradora ressalta o ensino rigoroso e de qualidade que recebeu na ETFG: “Eu me lembro que na primeira semana de aula, os professores diziam que não era uma escola de graça, que todos contribuíam para nós estarmos ali. Que a obrigação deles não eram formar apenas técnicos, mas sim cidadãos. Nós tínhamos aulas de teatro, música e dança. Ficávamos o dia todo na escola, era uma imersão. Isso criou um convívio muito grande entre nós”.


Além das amizades, a relação de Marcyene com a ETFG perpassa também laços familiares. O irmão de Marcyene, João Antônio Fagundes, também estudou na ETFG no curso de Estradas na mesma época. Ele gostou tanto que cursou Engenharia de Agrimensura e há 41 anos trabalha como engenheiro em Furnas, conta Marcyene. Ela também tem um primo que trabalha atualmente na Instituição, o servidor Emerson Fagundes, lotado no Câmpus Goiânia.

Na parte superior da montagem: Foto 1 -Colação de Grau do curso técnico em Edificações, em que a procuradora Marcyene Fagundes (em pé, a 2º pessoa no lado esquerdo da foto) posa com colegas e professores José Sergio Sarmento e Divino Sabba. Foto 2- Turma de Edificações posou no telhado da então ETFG para o convite de formatura. Foto 3 - Confraternização de egressos realizada este ano. Na imagem, a procuradora Marcyene Fagundes (  5ª pessoa da esquerda pra direita em pé) posa junto com amigos que conquistou na ETFG.  Foto 4 - Baile de formatura da turma, em 1994.


 Cefet-GO e IFG - Câmpus Goiânia: Dupla diplomação
“Entrei no Cefet-GO para estudar Gestão Hoteleira, gostei tanto que voltei alguns anos depois, agora como IFG, para cursar Planejamento Turístico”, confessa a egressa, Daniella Barbosa. Atualmente, trabalhando como jornalista, outra graduação que também possui, Daniella une os conhecimentos obtidos no IFG na área de turismo com os de jornalismo. Ela é autora do perfil @daniviajante no Instagram, trabalhando com o que mais gosta: comunicação e turismo. “Comecei a fazer esse casamento das duas áreas e trazer isso para o universo da redes sociais já no meu trabalho de conclusão do curso de Planejamento Turístico, quando fiz um estudo sobre a influência das redes sociais na experiência do social do viajante”.


Daniella avalia como positiva sua experiência durante o período de transição de Cefet-GO para IFG. Segundo ela, a mudança proporcionou melhorias visíveis na estrutura do Câmpus Goiânia e mais investimentos em pesquisa e extensão. Sobre o ensino recebido, ela se diz grata pelas experiências oportunizadas na Instituição, que foram além de sala de aula. Por meio de projetos de pesquisa, visitas técnicas e os intercâmbios culturais, Daniella acredita que essas atividades ampliaram a sua visão de mundo e contribuíram para que ela tornasse uma profissional com bastante facilidade em trabalhar com equipes multiculturais.

Egressa do Cefet-GO e do IFG - Câmpus Goiânia, Daniella Barbosa trabalha na área de Turismo e considera que o ensino recebido na Instituição contribuiu para sua carreira. Na foto, ela aparece em Buenos Aires, na Argentina.


Acompanhamento de egressos
Quem estudou no Câmpus Goiânia em algum período da Instituição - Escola Técnica de Goiânia, Escola Técnica Federal de Goiás, Centro Federal de Educação Tecnológica ou IFG - e que não respondeu à consulta pública destinada a egressos ainda pode colaborar com a pesquisa.  Para participar da consulta, ex-alunos podem fazer a requisição pelo seguinte e-mail: cet.reitoria@ifg.edu.br, informando seu nome completo, CPF e a formação obtida. Isso se faz necessário para garantir a validade das informações.


Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia.

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