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centelha II

Centelha II fomenta o empreendedorismo inovador em Goiás

Publicado: Terça, 28 de Setembro de 2021, 11h22 | Última atualização em Sexta, 01 de Outubro de 2021, 16h45

O edital foi lançado no dia 15 de setembro e o prazo para submissão de propostas já está aberto. Serão selecionadas 50 propostas no valor unitário de até R$ 60 mil.

Serão investidos R$ 4,65 milhões na modalidade subvenção econômica para apoiar a geração de empreendimentos inovadores que vão movimentar o ecossistema de inovação do Estado promovendo avanço econômico e social. Serão selecionadas 50 propostas no valor unitário de até R$ 60 mil.

Goiás largou no primeiro time e foi o terceiro estado da federação a lançar a segunda edição do programa Centelha – Programa Nacional de Apoio à Geração de Empreendimentos Inovadores. O evento aconteceu na quarta-feira, dia 15, em solenidade realizada no Palácio das Esmeraldas. Durante a solenidade, também foi lançada a chamada pública 04/2021 para conservação da natureza no Nordeste Goiano, em parceria com a Fundação Grupo Boticário, e o edital 06/2021, com a Embrapii. O Centelha II foi lançado no Rio Grande do Sul, dia 13/09 e em São Paulo, dia 14/09.

O Programa é uma iniciativa que busca apoiar ideias inovadoras em fase inicial, quer seja em estágio de ideação ou prototipação, e transformá-las em empreendimentos de sucesso, oferecendo benefícios como subvenção econômica, bolsas de apoio e capacitações. O prazo para submissão das ideias já está aberto no endereço eletrônico https://go2.programacentelha.com.br/ e prossegue até o dia 26 de outubro. O edital foi publicado na quarta-feira, dia 14, no site da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

Em Goiás, a segunda edição do programa Centelha vai oferecer um total de R$ 4,65 milhões, sendo R$ 2 milhões provenientes do MCTI/Finep e R$ 1 milhão da Fapeg, concedidos na forma de subvenção econômica, ou seja, o beneficiário não precisa devolver o recurso público, além de R$300 mil para ações transversais. Além do fomento para as ideias se transformarem em novos CNPJs – mote principal do Programa Centelha – serão destinados outros R$1,35 milhão para bolsas, oriundos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Serão selecionados até 50 projetos de inovação que poderão receber até R$ 60 mil, cada. O dinheiro é oferecido para compartilhar custos e riscos a serem assumidos pelos empreendedores para o desenvolvimento do projeto. Não se trata de um financiamento, são recursos destinados integralmente para o desenvolvimento de um projeto. É uma forma de incentivar o empreendedor e o empreendedorismo. O retorno para o governo vem na forma de desenvolvimento econômico, criação de postos de trabalho, geração de impostos, competitividade, fortalecimento do ecossistema, e principalmente nas soluções inovadoras para o mercado.

A iniciativa é do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), operada pela Fundação Certi e, em Goiás, é executada pela Fapeg.

Inovação e emprego

Nesta época de grandes obstáculos e desafios provocados pela pandemia de Covid-19, com fortes reflexos na economia, o Centelha poderá, também, servir como uma luz para muitos jovens e pessoas empreendedoras que perderam seus empregos, mas que têm ideias e projetos capazes de inserir novos bens de consumo ou serviços inovadores que incorporem novas tecnologias aos setores econômicos estratégicos do estado de Goiás, movimentando a economia.

O edital pode somar aos números positivos que Goiás vem conquistando em reação às barreiras impostas pela crise econômica gerada pela pandemia. O Estado assumiu a liderança no ranking dos Estados do Centro-Oeste com maior saldo de empregos formais. Em sete meses, registrou 89.862 novos empregos com frente de 47% em relação ao segundo colocado, Mato Grosso, que acumula 61.135 empregos. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados no dia 26 de agosto.

Outro número positivo em Goiás, desta vez levantado pela Junta Comercial (Juceg), aponta que de janeiro a agosto de 2021 foram registradas 23.270 novas empresas, o que corresponde a 6.721 CNPJs a mais na comparação ao mesmo período de 2020, que somou 16.549 novas empresas.

O Programa Centelha contribuirá, também, para promover uma mudança na economia, com base no conhecimento e nos resultados de trabalhos desenvolvidos nas universidades ao estabelecer uma ponte entre academia e indústria no estado de Goiás, já que muitas ideias vêm de pessoas ainda na universidade, tanto de cursos de graduação como de pós-graduação. Além disso, o Centelha abre espaço para participação de todos os cidadãos do estado, tanto para inscrever suas ideias como para interagir com os empreendedores, consolidando uma forte rede de apoio ao empreendedorismo inovador.

Etapas de seleção

A seleção acontecerá em três fases: Submissão das ideias inovadoras – quando os interessados apresentam a ideia, o problema que ela soluciona e a explicação da oportunidade; as características básicas da solução proposta; diferencial inovador frente ao que já existe no mercado; e quando há a identificação e perfil da equipe envolvida. É quando os proponentes farão a inserção de informações básicas sobre a principal ideia da proposta; Submissão dos projetos de empreendimento – quando os selecionados detalham o plano de negócio executivo com o objetivo de demonstrar as chances da ideia virar um bom negócio, considerando equipe, produto, tecnologia, mercado, capital e gestão. É quando os proponentes farão os detalhamentos das propostas submetidas na fase anterior, agora com foco na viabilidade e no desenvolvimento do empreendimento; e por fim, a Submissão dos projetos de fomento – que consiste no desenvolvimento de um Projeto de Fomento, com apresentação detalhada do cronograma físico financeiro da proposta e aplicação dos recursos de subvenção a serem recebidos.

Durante as três fases de seleção, os proponentes receberão capacitações gratuitas on-line ou presenciais a serem oferecidas pelas Entidades Promotoras, Executoras e Rede de Parceiros do Programa, com o intuito de alinhar conceitos importantes, para que possam aprimorar suas ideias e projetos.

Interiorização

O presidente da Fapeg, Robson Vieira, comenta a importância das capacitações e do fomento como estratégias de impulsionar o ecossistema de inovação goiano: “Percebemos que não basta ter a ideia, é necessário se dedicar ao projeto e estudar o mercado, e o fomento público vem como forma de capacitar e financiar essas ideias inovadoras, estimulando assim a economia. O aporte público fortalece o ecossistema, estimula a comunidade a empreender, abre portas para diferentes públicos e gera emprego e renda”, destaca.

Para Vieira, o Programa Centelha converge com a estratégia da Fapeg de interiorizar a inovação no Estado. No Centelha I, foram submetidas 917 ideias de empreendedores de 64 municípios goianos. “Queremos, agora, superar o sucesso da primeira edição e triplicar esse número. Esse edital é para a comunidade, para as instituições de ensino, para os empreendedores, para as incubadoras. No primeiro Centelha fomentamos 28 CNPJs, e agora vamos fomentar 50, e com mais recursos. É um programa que está consolidado, e com certeza vai ajudar a alavancar o nosso ecossistema”, destacou.

Parceria

A Fapeg contará com cerca de 30 instituições parceiras que vão auxiliar na divulgação da oportunidade em suas redes sociais; na mobilização de sua região ou instituição; incentivo à submissão de propostas; orientação aos interessados no programa; disponibilização de conteúdos sobre empreendedorismo e startups; oferecimento de serviços, ferramentas e apoio às empresas. São universidades, incubadoras, aceleradoras, coworkings, comunidades de startups, associações comerciais, entre outras.

Temáticas e setores prioritários

Serão apoiados projetos inovadores nas seguintes temáticas: Automação, Big Data, Biotecnologia e Genética, Blockchain, Design, Eletroeletrônica, Geoengenharia, Inteligência Artificial e Machine Learning, Internet das Coisas (IoT), Manufatura Avançada e Robótica, Mecânica e Mecatrônica, Nanotecnologia, Química e Novos Materiais, Realidade Aumentada, Realidade Virtual; Segurança, Privacidade e Dados; TecnologiaSocial, Tecnologia da Informação (TI) e Telecom.

Na temática Tecnologia Social envolvem propostas de Empreendedorismo de Impacto Socioambiental Positivo, como estratégias de enfrentamento a problemas estruturantes da sociedade goiana, em especial nos segmentos ligados à saúde, educação, energia, turismo, empregabilidade, tecnologias sociais e assistivas, mobilidade urbana, sistema prisional, desigualdade étnico-raciais, geracional, de gênero; orientação sexual; e qualidade de vida em aglomerados subnormais (comunidades carentes).

Serão apoiados projetos inovadores que tenham suas soluções aplicadas aos seguintes setores: Administração Pública; Aeroespacial; Agronegócio; Automotivo; Bens de Capital; Borracha e Plástico; Cerâmica; Comércio e Varejo; Construção Civil; Construção Naval; Economia Criativa; Economia do Turismo, Gastronomia, Eventos e Lazer; Educação; Elétrico e Eletrônico; Energia; Fabricação de Alimentos e Bebidas; Farmoquímico e Farmacêutico; Financeiro; Jurídico; Madeira e Móveis; Marketing e Mídias; Meio Ambiente e Bioeconomia; Mercado Imobiliário; Metal-Mecânico e Metalurgia; Mineração; Papel e Celulose; Pesca e Aquicultura; Petróleo e Gás; Químico; Saúde e Bem Estar; Segurança e Defesa; Social; Tecnologia da Informação e Telecomunicações; Têxtil, Confecção e Calçados; e Transporte, Logística, Mobilidade.

Quem pode se candidatar

As propostas podem ser submetidas por pessoas físicas, vinculadas ou não a empresas com até 12 meses de existência anteriores à data de publicação do edital, e faturamento bruto anual de até R$ 4,8 milhões, sediadas no Estado de Goiás por ocasião da divulgação da Chamada Pública.

Sucesso do Centelha I

Na primeira edição do Programa Centelha, lançada em 2019, foram contabilizadas 917 ideias inscritas inicialmente e 2.185 empreendedores cadastrados, sendo 202 ideias aprovadas na primeira etapa, 102 na segunda e 28 na fase final, ou seja, 28 novos CNPJs foram constituídos em nosso Estado a partir do apoio do Programa Centelha.

O Centelha I revelou, em números, a demanda reprimida no campo do empreendedorismo tecnológico em Goiás e agora, com o lançamento da segunda edição nesta época de pandemia, ele pode se tornar ainda mais relevante.

Desde a criação do Programa Centelha, alguns impactos já podem ser observados e a partir dele começa o futuro de muitas startups e empresas. Empreendedores se transformando, empresas sendo constituídas e seguindo adiante e o ecossistema se movimentando. Este é o propósito do Programa Centelha, estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora em Goiás.

O programa busca, também, incentivar a mobilização e a articulação institucional dos atores nos ecossistemas; contribuir para ampliação da quantidade e melhoria da qualidade das propostas de empreendimentos de base tecnológica submetidas aos ambientes promotores de inovação existentes no País (incubadoras e aceleradoras de empresas, espaços de coworking, laboratórios abertos de prototipagem, parques e polos tecnológicos etc.).

Durante o evento de lançamento de editais no Palácio das Esmeraldas, o superintendente de Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Marcelo Camargo, destacou que o Centelha II surge como uma construção coletiva e representa a possibilidade de rever o que deu certo e o que deu errado e melhorar. “O Centelha II traz incremento de bolsas desde o início, mais recursos, teve um crescimento no número de empresas a serem selecionadas, agora serão 50, e já estamos discutindo a questão da edição 3 do Programa”, revelou.

O Centelha é uma porta de entrada, mas faz com que a gente consiga desenvolver uma cultura de inovação. Nós queremos que as empresas já nasçam com foco na inovação e tecnologia”, ressaltou. “Na primeira versão do programa, foram quase 16 mil ideias submetidas. É essa força interna que move as pessoas que vão mover o País e fazer com que a gente tenha uma pátria menos desigual. Que a inovação seja um vetor de combate aos grandes problemas no nosso país.”

 

Helenice Ferreira, da Assessoria de Comunicação da Fapeg

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