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Pesquisa

Núcleo de Agroecologia inicia coleta de amostras em nascentes de comunidade rural

Publicado: Terça, 04 de Abril de 2017, 13h39 | Última atualização em Terça, 04 de Abril de 2017, 22h35

O Naspo conta com a participação de professores de diferentes áreas e alunos bolsistas do projeto

No último sábado, 01, pesquisadores do Núcleo de Agroecologia e Sistemas Produtivos Orgânicos (Naspo) do Câmpus Valparaíso do Instituto Federal de Goiás visitaram à comunidade rural Indaiá, em Luziânia (GO), dando início a diversos trabalhos no local. Entre as atividades desenvolvidas, estava a coleta de amostras de água em nascentes localizadas em propriedades rurais da região. 

 

Entre os diferentes objetivos da coleta de amostras nos locais de olhos d’água (nascentes), está o de identificar a composição físico-química da água, verificando, por exemplo, se o material colhido está livre de substâncias impróprias, como inseticidas. Esta análise (físico-química da água) faz parte da linha de pesquisa do professor de química do Câmpus Marcos Calil.  Sobre o trabalho realizado (juntamente a outras linhas de pesquisa do Naspo), Marcos explica que está entre as metas do projeto ajudar as comunidades rurais Sarandi e Indaiá (ambas em Luziânia) a conseguir o certificado de produtos orgânicos (Selo Verde) para suas produções, que entre as várias qualidades está a de não utilizar agrotóxicos.

 

Então, a atuação do Câmpus nesta linha de pesquisa será a de facilitar a obtenção do Selo Verde pelas comunidades rurais,  provando o uso ou não dos inseticidas nas plantações locais ou de regiões vizinhas. Em todos os casos, os agricultores serão orientados como proceder para obter o Selo Verde e, se for o caso, serão instruídos para como adequar a produção.

 

Sobre o assunto, o professor Marcos explica: “A comunidade em si é bem desenvolvida, a gente vai auxiliar mais na parte científica”, e aponta: “A gente conseguiu coletar as amostras e já vamos começar a fazer análise a partir de segunda-feira (03)”.

 

Três nascentes selecionadas
A professora de Geografia Danielle Pereira explica que existem 11 nascentes na região (na comunidade Sarandi e Indaiá), e que as três fontes nas quais foram colhidas amostras de água foram escolhidas por serem representativas: “Pelas características diferenciadas delas quanto a preservação da cobertura vegetal (que se encontra perto do olho d’água)”, conta a professora, que esclarece ainda a diferença entre as três: uma a área vegetal no entorno da nascente está mais degradada, outra é a mais preservada da região e a outra é a que possui um processo de recuperação mais significativo se comparado dados de 2001 e 2016.
Para escolher as três nascentes nas quais foram realizadas as coletas de amostras, a professora Danielle fez o uso do Google Earth Pro, e comparou as imagens da área dos anos de 2001 e de 2016.

 

As linhas de pesquisa do Naspo estão interrelacionadas

As linhas de pesquisa do Naspo estão interrelacionadas, do trabalho da professora Danielle, houve continuação com ações do professor Marcos e outros pesquisadores, que foram em campo colher as amostras nas nascentes indicadas pelo estudo da pesquisadora Danielle , que por sua vez, está com a seguinte linha de pesquisa: “Geotecnologia e Popularização do Conhecimento Científico”. Os professores do Naspo estão atuando juntamente aos alunos bolsistas do projeto.

 

Visita foi iniciada com reunião
Danielle apresentou no sábado,01, durante reunião com os trabalhadores rurais, a análise realizada da área por meio do Google Earth Pro, apresentando diferenças e evoluções da cobertura vegetal e uso do solo no entorno das nascentes das Comunidades Rurais Indaiá e Sarandi, comparando imagens de 2001 e de 2016. No final do trabalho, a pesquisa orientada por Danielle irá produzir um jogo, que irá usar informações reais da região, tendo por objetivo ensinar por meio lúdico: “A gente vai utilizar os dados daqui para produzir os jogos didáticos”, conta a professora.


O Naspo é um projeto multidisciplinar, que conta com a participação de professores das áreas de química, biologia, geografia, história e engenharia e dez alunos do Câmpus como bolsistas do projeto. Além das diversas linhas de pesquisa que estão sendo desenvolvidas, o Núcleo irá levar cursos de capacitação profissional para os agricultores da região.


Quer conhecer mais sobre o Naspo? Quer conhecer outras linhas de pesquisa deste Núcleo? Acesse o blog oficial aqui ou entre na página do Naspo no site do Câmpus Valparaíso.

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Valparaíso

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