Alunos de Pedagogia Bilíngue compartilham conteúdos em estudo no projeto Ciência Inclusiva
Conceitos e reflexões sobre programa da disciplina Fundamentos e Metodologias do Ensino de Ciências estão sendo compartilhados na rede social Instagram
O conteúdo que está sendo estudado pelos alunos do 4º período do curso de Licenciatura em Pedagogia Bilíngue na disciplina Fundamentos e Metodologias do Ensino de Ciências está indo muito além da própria turma. A partir de projeto orientado pela professora que ministra a disciplina, Joana Cristina Neves de Menezes Faria, foi criado o perfil @ciencia_inclusiva, na rede social Instagram, onde os estudantes postam os principais conceitos e informações relativos ao conteúdo programático da matéria e que sejam de interesse ou importância social.
O perfil foi criado no início de janeiro e leva aos seus seguidores informações que atendem a múltiplos objetivos, como a popularização da ciência, os fundamentos e metodologias do ensino de ciências, a Língua Brasileira de Sinais – Libras, a Pedagogia e a Pedagogia Bilíngue, além de ações do próprio curso de Licenciatura em Pedagogia Bilíngue. Já foram feitas postagens envolvendo temas como a distinção entre educação de surdos e para surdos e educação especial, inclusiva e bilíngue, além de informações sobre a história da educação de surdos no Brasil e stories com vídeos de alunos falando em Libras, jogos como quiz para estimular a curiosidade e a pesquisa e para testar conhecimentos.
Estudo e compromisso
O compartilhamento de conhecimentos pelo Instagram tem proporcionado muito boa interação entre os futuros pedagogos bilingues e a manifestação de suas reflexões sobre os temas em estudo. “Não se faz educação inclusiva sem metodologias e materiais didáticos que atendam as especificidades do aluno surdo”, comentou a estudante Dilma Silva Gomes na postagem que tratou desse assunto. Para a estudante Marivânia de Jesus Farias, licenciada em Geografia e aluna de Pedagogia Bilíngue, o projeto Ciência Inclusiva proporciona avanços significativos para a difusão de informações e conhecimentos no âmbito da educação de surdos.
A estudante Sheyleni Rodrigues Silva Torres é surda oralizada e já trabalha há 8 anos na rede municipal de educação de Aparecida de Goiânia como instrutora de Libras. Ela avalia que o projeto Ciência Inclusiva tem mostrado importância tanto na adaptação de conteúdos para surdos como na possibilidade do desenvolvimento do ensino nos formatos presencial ou a distância. O grupo de Sheyleni é composto, em sua maioria, por estudantes surdos, o que levará a diversidade também nas postagens que começam nesta quinta-feira, dia 28 de janeiro, quando o canal exibirá os trabalhos do grupo.
A professora Joana Faria destaca que a produção de contéudo digital é uma forma de aprendizado que requer estudo, análise e até mesmo revisão refinada dos materiais a serem socializados na rede social, o que leva a um resultado muito positivo do projeto para os estudantes. Ela aponta também a importância da interação dos grupos com trabalho coletivo e colaborativo. “Estou muito satisfeita com o compromisso da turma e feliz em se disporem a efetivar o projeto idealizado no contexto de Ensino Remoto Emergencial. Está sendo uma experiência ímpar e espero que seja apenas o início!”, ressalta a professora. Ela convida a comunidade acadêmica do Câmpus Aparecida de Goiânia e demais professores e alunos do IFG a prestigiarem o trabalho dos estudantes. “Pra nós é uma satisfação entender que estamos contribuindo com a educação pública, gratuita e de qualidade”, enfatiza.
Apoios
Todos os alunos da turma participam da produção de conteúdos e duas alunas são responsáveis ainda pelo trabalho de produção visual e postagem na rede social. São elas: Ingredy Batista Rodrigues e Kassiomaria Dias Miranda. Elas contam também com a colaboração da estudante Alessandra Astrol no trabalho de revisão da Língua Portuguesa. Alessandra cursa o 8º período de Licenciatura em Pedagogia Bilíngue e é professora na rede municipal de Goiânia. A revisão de conteúdo é feita pela professora Joana e a elaboração das questões que vão para as postagens digitais têm também um grande apoio, que vem da professora Valquíria Vicente, Mestre e estudiosa em tecnologias educacionais. Quem faz a revisão dos vídeos em Libras é a intérprete Marly Rodrigues, do Câmpus Aparecida de Goiânia do IFG.
Estão previstos para serem abordados pelos estudantes até dia 17 de fevereiro temas relacionados à educação bilíngue, didática e metodologias numa perspectiva bilíngue para o ensino de Ciências, estratégias pedagógicas para aulas remotas de discentes ouvintes e surdos e materiais didáticos alternativos e tecnologias para educação de discentes ouvintes e surdos. Após a postagem dos conteúdos relacionados ao programa curricular, os estudantes vão ainda fazer a divulgação das defesas de TCC de seus colegas do 8º período e de eventos do curso.
Coordenação de Comunicação Social e Eventos / Câmpus Aparecida de Goiânia
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