Projeto de iniciação científica investiga as perspectivas de egressos do curso técnico em Mineração
A pesquisa, em andamento, resultou na publicação de artigo no Congresso Internacional de Educação a Distância
O cenário da pandemia de Covid-19 impactou, além da saúde pública, a economia e o cotidiano, especialmente a educação com a suspensão das atividades de ensino, pesquisa e extensão de modo presencial. No atual contexto de exigência de distanciamento social, o desenvolvimento de pesquisas passa a priorizar a investigação científica e a apresentação de trabalhos a distância, bem como a necessidade de se refletir sobre o ensino e a formação ofertados. Nesse sentido, projeto de iniciação científica, desenvolvido por professora e aluno do Câmpus Goiânia, investiga as perspectivas de egressos sobre a área do curso de Mineração conforme esse panorama.
O projeto de pesquisa é desenvolvido pela orientadora e professora do Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG), Lídia Milhomem, e pelo estudante do curso técnico integrado em Mineração, Guilherme Matheus Ferreira Balbino. A pesquisa integra o Programa de Bolsas de Iniciação Científica no Ensino Médio (Pibic-Em) do IFG e tem como título: Mineração Em Dados: Perspectivas dos Estudantes Egressos com a Realidade Mineratória.
O estudo, em desenvolvimento desde agosto de 2019, tem por objetivo realizar um levantamento junto aos estudantes egressos do curso técnico integrado em Mineração sobre as realizações ou não desses profissionais na área. A pesquisa contextualiza que o Câmpus Goiânia do IFG é a única instituição no país que oferta o curso técnico em Mineração nas modalidades integrado e subsequente, junto a mais quatro câmpus da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica: IFPB - Câmpus Campina Grande; IFPI – Câmpus Paulistana e IFRN - Câmpus Natal e Câmpus Parelhas.
Criado desde 1974, o curso técnico integrado em Mineração do Câmpus Goiânia do IFG oferta trinta vagas anuais para ingresso por meio de processo seletivo. O curso, segundo as Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96 e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Profissional de nível técnico, pela Resolução CNE / CEB n° 04/99, Parecer 39/2004 e Decreto 5154/2007, visa formar profissionais técnicos de nível médio para o exercício de atividades voltadas à pesquisa mineral, à lavra de mina e ao beneficiamento de minérios; contribuir para a capacitação técnica da mão de obra na mineração do Centro-Oeste brasileiro, criando melhores condições de empregabilidade ao cidadão, cujos requisitos se devem apenas ao esforço e compromisso após a aprovação no vestibular.
Na pesquisa, é pontuado que há muitas incertezas dos estudantes ingressantes e até mesmo dos egressos em relação à formação técnica integrada em Mineração a respeito dos conteúdos ensinados no curso e do mercado de trabalho. Em atenção a essas questões, os pesquisadores lançaram mão de um questionário eletrônico para investigar junto aos egressos do curso, que concluíram entre os anos de 2015 e 2018, suas impressões sobre a área e como desenvolveram a carreira posteriormente à formação técnica de nível médio em Mineração.
Apresentação
A pesquisa aponta que a Educação a Distância (EaD) é uma realidade no IFG, porém ainda incipiente. O artigo de título Produção do Conhecimento: A epistemologia e perspectivas dos estudantes egressos com a realidade mineratória no ensino médio do IFG, Goiânia-GO, fruto de projeto de iniciação científica, objetiva identificar, avaliar e entrevistar, a distância, os estudantes do curso técnico integrado em Mineração, nas turmas dos segundos, terceiros e quartos anos sobre suas visões atuais e futuristas acerca da área, utilizando-se de meios digitais para tal proposta.
“A pandemia nos evidenciou e enfatizou a necessidade de apresentar, demonstrar, aprender e apreender o conhecimento na modalidade híbrida. Barreiras geográficas, perdas e ganhos são desafios reais”, ressalta a professora e orientadora da pesquisa, Lídia Milhomem.
Os resultados parciais da pesquisa serão apresentados, no próximo dia 25 de agosto, no evento virtual do Congresso Internacional de Educação e Tecnologias e Encontro de Pesquisadores em Educação a Distância (CIET:EnPED). A professora e o estudante apresentarão virtualmente o artigo científico, seguindo as orientações do que comumente está sendo chamado de “novo normal” da realidade educacional brasileira.
“Este evento de cunho internacional será a realização de um grande passo na vida acadêmica do nosso estudante, que pertence ao grupo na hierarquia estudantil do ensino médio. O incentivo, o engajamento, a dedicação no projeto de iniciação científica teve, como frutificação, a aprovação em um evento deste porte”, destaca a professora Lídia.
Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia do IFG.
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