Aula inaugural do PPGECM debate meninas e mulheres na Ciência

Na última sexta-feira, 23 de fevereiro, foi aberto ano letivo 2024 do Programa de Pós-Graduação em Educação para Ciências e Matemática. A aula magna tematizou  "Mulheres nas Ciências: da invisibilidade ao reconhecimento necessário", o evento fez referência ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, que é celebrado em 11 de fevereiro, bem como ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. As professoras Rita Rodrigues de Souza (IFG), Marta João Souza (IFG) e  a doutoranda Karine Assis (IFG) debateram o tema com a mediação da professora Flomar Oliveira Chagas.

Organizado por estudantes do programa, o evento foi aberto com apresentação musical de piano. Em seguida, as autoridades abriram a discussão. Estiveram presentes na mesa o diretor-geral do Câmpus Jataí, professor Ruberley Rodrigues de Souza; a diretora da Editora do IFG, Vanderleida Rosa de Freitas Queiroz, que representou a reitora professora Oneida Irigon; o coordenador do doutorado, professor Paulo Henrique de Souza; o coordenadora do mestrado, professor Carlos Cézar da Silva e a Diretora de Ações Profissionais e Tecnológicas, professora Marluce Silva Souza. 

 A professora Marta João apresentou um histórico da participação feminina nas ciências. Ela destacou a invisibilidade do gênero feminino na produção científica, bem como as dificuldades provocadas especialmente pela dupla jornada de trabalho das mulheres. O número de vencedoras do prêmio Nobel foi um dos elementos que Marta apontou, bem como o baixo número de docentes mulheres nas áreas de ciências exatas, especialmente Física.

Já a professor Rita Rodrigues fez um recorte na discussão sobre a participação de mulheres negras na ciência. Rita ressaltou que se a participação de mulheres brancas já é invisibilizada no campo científico, a participação de mulheres negras alcança um patamar ainda maior de submissão e invisibilidade. 

Por fim, a doutoranda Karine Assis apontou possibilidades de participação feminina na ciência a partir de experiências outras que não sejam as da Ciência eurocentrada. Karine destacou que paradigmas dos povos do sul também podem orientar a produção de conhecimento científico, assim como as práticas de mulheres docentes da área das ciências, objeto da sua pesquisa de doutora, é relevante para se entender os processos que constituem o sexismo e o racismo científico.