Goiânia, 05 de outubro de 2018
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Estudante cria equipamento para retirar sal da água e atender comunidade carente do Amapá
Videoprova em libras do exame está disponível no portal do Inep
Particulares lançam disciplina para formação de aluno interessado em educação infantil
MEC recebe propostas de novos cursos técnicos até 13 de outubro
Inep divulga em seu portal os dados referentes ao censo de 2017
UOL EDUCAÇÃO
Instituição pública do Reino Unido tem bolsa de estudo para graduação em qualquer lugar do mundo
Como a psicologia ajuda estudantes no período pré-vestibular e Enem
A pedido do MEC, governo adia início do horário de verão por causa do Enem 2018
Como transferir a bolsa do ProUni
CORREIO BRAZILIENSE
Cebraspe realizará seu 4º Seminário de Pesquisas
Fundação Estudar lança desafio para jovens universitários
Programa de estágio para alunos de cursos técnicos abre inscrições
GLOBO.COM
Salários altos, prestígio, apoio ao estudo: as lições dos países que melhor tratam seus professores
Distribuição de 11 milhões de provas começa a ser feita pelos Correios
Governo federal anuncia investimento de R$ 600 milhões no ensino médio
FOLHA.COM
Fundamentais para pesquisa, museus disputam atenção e verba com ensino
Escolas na liderança do RUF concentram os bolsistas de mestrado e doutorado
N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O
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TRILHAS DA EDUCAÇÃO
Estudante cria equipamento para retirar sal da água e atender comunidade carente do Amapá
O estudante Caio Vinicius Lima de Souza, 16 anos, criou um dessalinizador de baixo custo que retira o sal da água usando a energia solar. Aluno da Escola Estadual Professor Gabriel de Almeida Café, da cidade de Macapá, ele é o personagem desta semana do programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC, que vai ao ar nesta sexta-feira, 5.
“A pesquisa se fundamentou em ajudar as pessoas mais carentes do meu estado”, explica o estudante. A ideia do projeto surgiu há dois anos, quando Caio cursava o ensino fundamental. Em uma atividade de sala de aula, um professor pediu aos alunos que pesquisassem e fizessem um levantamento sobre as comunidades ribeirinhas do estado do Amapá. O estudante resolveu visitar a comunidade ribeirinha Sucuriju. “Eles utilizam a água da chuva para consumo. Quem tem água potável lá é considerado muito próspero”, conta Caio.
Próximo da realidade daquelas pessoas, Caio passou a pensar sobre o assunto. A intenção era desenvolver algo sem muitos custos e possível de ser colocado em prática também pelos moradores. Para fazer um dessalinizador, Caio montou um protótipo que é uma pequena casa de vidro fechada. A água primeiro evapora, depois o sal é retirado, e depois a água é condensada sem o sal. Para fazer a casa, ele utilizou espelhos quebrados, boxes de banheiro, madeira e o vidro. Tudo reciclável. A única compra foi um painel solar que custou cerca de R$ 250.
Com o projeto, Caio conquistou o primeiro lugar na categoria ciências ambientais da Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), na cidade de Novo Hamburgo (RS). Com a premiação, ele ganhou uma bolsa de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e teve seu trabalho selecionado para representar o Brasil na maior feira pré-universitária de ciências do mundo, realizada em maio deste ano, na Pensilvania, nos Estados Unidos. Lá, na disputa com alunos de 70 países, conquistou o primeiro lugar.
Assessoria de Comunicação Social
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ENEM
Videoprova em libras do exame está disponível no portal do Inep
A videoprova em linguagem brasileira de sinais (Libras) do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 já pode ser acessada pelo Portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), assim como ocorre com a prova regular. A iniciativa permitirá que surdos e deficientes auditivos estudem pelas provas anteriores no mesmo formato em que elas serão aplicadas. A novidade foi anunciada em 26 de setembro, data em que se celebrou o Dia Nacional dos Surdos, e a plataforma está disponível a partir desta quinta-feira, 4 de outubro.
Antes da plataforma, desenvolvida pelo Inep, os vídeos com os enunciados e as opções de respostas da videoprova de 2017 podiam ser acessados pela playlist Enem em Libras, no canal do Inep no Youtube. Ao ser publicada no próprio Portal do Inep, com uma interface parecida com a utilizada na videoprova, a plataforma permitirá que os participantes surdos se preparem melhor. Com a nova funcionalidade, será possível assistir o vídeo das questões e conferir o gabarito, se o participante desejar. Este ano, quando o Inep publicar os Cadernos de Questões do Enem no portal, juntamente com os gabaritos, também estará disponível na plataforma a videoprova em Libras.
Ao longo da história do Enem, o atendimento às diferentes necessidades dos participantes tem sido uma preocupação do Inep. Nesse sentido, em 2017, o instituto passou a oferecer a videoprova em Libras e propôs, na redação do exame, o tema Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil, promovendo um amplo debate sobre o assunto. Este ano, o Inep lançou o Enem em Libras, um selo para todo o conteúdo disponível em língua brasileira de sinais que reforça a política de acessibilidade e inclusão do instituto. O Enem em Libras marca o esforço do instituto para garantir que seus editais, provas, cartilhas, campanhas e demais materiais, de todos os seus exames e avaliações, sejam acessíveis. Dessa forma, o Inep reafirma o seu compromisso com a comunidade surda e com um futuro melhor por meio da educação.
Assessoria de Comunicação Social
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EDUCAÇÃO SUPERIOR
Particulares lançam disciplina para formação de aluno interessado em educação infantil
As faculdades particulares vão oferecer uma nova disciplina para os alunos que tiverem interesse em trabalhar com educação na primeira infância após se formarem. A Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) lançou essa nova unidade curricular, feita em parceria com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, durante o 1º Seminário Anup Social, realizado nesta quarta-feira, 3, em Brasília. Além do ministro da Educação, Rossieli Soares, também estiveram presentes no lançamento da disciplina a primeira-dama, Marcela Temer, e o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame.
De acordo com o ministro Rossieli, essa nova disciplina proposta pela Anup é um passo a mais para a construção de uma Base Nacional Comum de Formação de Professores, que deverá ser apresentada até o final deste ano ao Conselho Nacional de Educação (CNE). Rossieli diz que essa BNC voltada para os docentes dará um norte do que efetivamente precisa haver na formação dos professores. “Não dá mais para aceitar que uma formação genérica seja suficiente para cuidar das nossas crianças”, destacou o ministro.
Rossieli informou que 82% dos professores da rede pública são formados por faculdades particulares, e que iniciativas como essas são importantes para melhorar sua formação. “Não dá mais para aceitar que uma formação genérica seja suficiente para cuidar das nossas crianças”, disse ele. “Nós precisamos discutir o que aquele profissional que vai trabalhar com crianças na educação infantil precisa saber. É importante que tenhamos cada vez mais a pedagogia olhando para a primeira infância e para a educação infantil”, enfatizou o ministro.
A disciplina é fruto do programa Criança Feliz, parceria entre a Anup e o Ministério do Desenvolvimento Social. De acordo com o ministro da pasta, Alberto Beltrame, mais do que um presente da Anup, essa nova unidade curricular é um passaporte para o futuro. “Ela dá um salvo conduto para o Programa Criança Feliz transcender esse governo e seguir adiante em 2019. A criação de uma disciplina para formar multiplicadores é uma forma de garantir a transcendência desse programa”, comemorou Beltrame.
A disciplina poderá ser oferecida nos cursos de pedagogia, saúde, psicologia e serviço social. “A partir de hoje as universidades poderão contar em suas atividades acadêmicas com uma unidade curricular sobre o desenvolvimento na primeira infância. É o compromisso da instituição de ensino que vai aderir a essa iniciativa. Não é para um programa de governo. O compromisso firmado é com o futuro da nossa nação e das nossas crianças”, disse a primeira-dama, Marcela Temer, embaixadora do Programa Criança Feliz.
Assessoria de Comunicação Social
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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
MEC recebe propostas de novos cursos técnicos até 13 de outubro
Até 13 de outubro, estará aberta a consulta pública para propostas de atualização do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT), instrumento que disciplina a oferta de cursos de educação profissional técnica de nível médio. Referencial normativo específico para subsidiar o planejamento dos cursos dessa área, o CNCT foi criado em 2008 e é atualizado periodicamente para contemplar novas demandas socioeducacionais.
O catálogo contém informações como cargas horárias mínimas de cursos; perfil profissional de conclusão; infraestrutura mínima requerida; campo de atuação; atividades associadas à Classificação Brasileira de Ocupações (CBO); normas associadas ao exercício profissional e possibilidades de certificação intermediária em cursos de qualificação profissional, de formação continuada em cursos de especialização e de verticalização para cursos de graduação no itinerário formativo. São dados que ajudam orientar as instituições, bem como os estudantes e a sociedade em geral.
Com a atualização mais recente, o CNCT vai para sua quarta edição e tem lançamento previsto para 2019. Na terceira edição, lançada em 2014 e ainda em vigor, constam 227 cursos técnicos de nível médio agrupados em 13 eixos tecnológicos: ambiente e saúde, controle e processos industriais, desenvolvimento educacional e social, gestão e negócios, informação e comunicação, infraestrutura, militar, produção alimentícia, produção cultural e design, produção industrial, recursos naturais, segurança, turismo, hospitalidade e lazer.
Planejamento – “O CNT representa uma importante referência para o planejamento e oferta de cursos de educação profissional técnica de nível médio nos diferentes sistemas de ensino, em todo país”, destaca a diretora de Políticas e Regulação de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Fernanda Marsaro dos Santos. “Por isso, a equipe da diretoria, em conjunto com especialistas, organizou um processo de atualização com ampla divulgação entre as instituições envolvidas, como o Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e os Serviços Nacionais de Aprendizagem”.
O cadastro das propostas de atualização de cursos técnicos pode ser feito pelas instituições de ensino públicas e privadas no Sistema de Segurança Digital (SSD), disponível na página eletrônica da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC).
Atualização – Após o período de submissão, serão analisadas as solicitações apresentadas por instituições educacionais, conselhos estaduais e distrital de educação, bem como por conselhos de fiscalização do exercício das profissões regulamentadas e, ainda, por ministérios e demais órgãos públicos diretamente relacionados à respectiva área profissional ou eixo tecnológico.
As análises serão feitas por especialistas, representantes do Comitê Nacional de Políticas de Educação Profissional e Tecnológica (Cnpep) e, posteriormente, submetidas ao Conselho Nacional de Educação (CNE), de onde seguirão para um debate, por meio de audiência pública, sobre a incorporação na quarta edição do CNCT.
“Diante do amplo envolvimento de atores representativos da educação profissional e tecnológica e da sociedade, esperamos que o processo de atualização reflita as necessidades de aprimoramento de sua edição atual, especialmente frente à relevância da formação da técnica e profissiona,l que é um dos itinerários possíveis no Novo Ensino Médio”, conclui a diretora de Políticas e Regulação de Educação Profissional e Tecnológica do MEC.
Assessoria de Comunicação Social
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EDUCAÇÃO SUPERIOR
Inep divulga em seu portal os dados referentes ao censo de 2017
Em 2017, o Brasil tinha 296 instituições de educação superior públicas e 2.152 privadas, o que representa 87,9% da rede. Das públicas, 41,9% são estaduais, sendo 36,8% federais e 21,3% municipais. Dentre as instituições federais, quase 3/5 são universidades, quanto 36,7% concentram institutos federais de educação, ciência e tecnologia e Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets). Os dados são do Censo da Educação Superior 2017, que teve seus resultados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação.
Das 2.448 instituições de educação superior brasileiras, 82,5% são faculdades. As 199 universidades existentes no Brasil equivalem a 8,1% do total de instituições de educação superior. As universidades concentram 53,6% das matrículas da educação superior. Apesar do alto número de faculdades, nelas estão matriculados apenas 1/4 dos estudantes.
Em 2017, 35.380 cursos de graduação e 63 cursos sequenciais foram ofertados em 2.448 instituições no Brasil. Dois terços dessas instituições oferecem 100 ou mais cursos de graduação, enquanto 26,7% ofertam até dois. Em média, as instituições de educação superior oferecem 14 cursos de graduação, sendo 92% na modalidade presencial nas universidades. O grau acadêmico predominante é o bacharelado (58,7%).
Perfis – O típico docente da educação superior possui doutorado na rede pública, enquanto na rede privada o mestrado é o grau de formação mais frequente. Em ambas as redes de ensino, a maioria é do sexo masculino, sendo 36 anos a idade predominante quantitativo.
Os doutores são mais frequentes na rede pública, enquanto na rede privada a maior parte é de mestres. Em relação ao regime de trabalho, docentes da rede pública se encontram majoritariamente em tempo integral. Na rede privada, por sua vez, a maior parte atua em tempo parcial.
Já o típico aluno de cursos de graduação a distância estuda no grau acadêmico de licenciatura; na modalidade presencial, de bacharelado. Em relação ao número de estudantes matriculados, o sexo feminino predomina em ambas as modalidades de ensino, sendo o turno noturno o que possui mais estudantes nos cursos de graduação presencial. Na modalidade de Ensino a Distância (EaD), predominam os cursos de licenciatura.
Metodologia – Para o censo educacional, a atuação do Inep se concentra na apuração e na produção das informações que permitem o monitoramento e o diagnóstico, subsidiando a formulação e a avaliação das políticas públicas de educação. O instituto está habilitado a explicar os dados estatísticos e as metodologias adotadas, em uma perspectiva técnica. Tanto o MEC quanto as secretarias estaduais e municipais, que são os porta-vozes das políticas públicas nessa área, são responsáveis pelo desenvolvimento e a condução da rede.
Realizado anualmente pelo Inep, o censo da educação superior é o mais completo levantamento estatístico sobre as instituições brasileiras e sua oferta de cursos. Seu objetivo é oferecer à comunidade acadêmica e à sociedade em geral informações detalhadas sobre a situação e as grandes tendências do setor e, principalmente, guiar as políticas públicas de educação. Após a divulgação, os dados passam a figurar como estatísticas oficiais da educação superior.
Como forma de aprimorar a qualidade das análises realizadas, o censo traz as informações de alunos e profissionais individualmente, permitindo que as políticas do setor e seus participantes sejam acompanhados de maneira minuciosa. O censo também subsidia o planejamento e a avaliação de políticas públicas, além de contribuir na elaboração de indicadores de qualidade, como o Cálculo Preliminar de Curso (CPC) e Índice Geral de Cursos (IGC).
Assessoria de Comunicação Social
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UOL EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO
Instituição pública do Reino Unido tem bolsa de estudo para graduação em qualquer lugar do mundo
Todos os anos, o British Council, instituição pública do Reino Unido cuja missão é difundir o conhecimento da língua inglesa e sua cultura, seleciona, junto com seus parceiros, estudantes a partir dos 18 anos que estiverem interessados em um curso integral de graduação ou pós-graduação no exterior, em qualquer país do mundo.
O prêmio é uma iniciativa de promoção dos estudos no exterior como uma experiência enriquecedora que abre novas possibilidades e beneficia não só o estudante como também a sociedade de maneira geral. Nos seus três anos de vida, o The Global Study Awards (TGSA) já ajudou 13 estudantes internacionais a realizar o sonho de estudar no exterior, entre eles, alemães, indianos, malaios, quenianos e até mesmo uma brasileira.
Em 2017, a brasileira Clara Kamphorst Leal da Silva foi selecionada com outros três bolsistas e conseguiu fazer o seu Mestrado de Direito na Leiden University, na Holanda.
A edição da Global Study Awards de 2018 premiou uma estudante da Somália, que vai poder cursar o mestrado de Ciências da Computação no campus africano da Carnegie Mellon University, em Ruanda, e uma estudante da Holanda, que se matriculará no bacharelado de Humanas (Filosofia e Teologia) da Oxford University, na Inglaterra. Ambas contarão com as 10.000 libras esterlinas concedidas pelo British Council IELTS.
Como o Global Study Awards funciona?
A seleção é feita com base em mérito escolar/acadêmico e a bolsa de 10.000 libras deve ser usada para pagar diretamente as taxas de ensino na instituição estrangeira. Se o valor do curso for menor do que o prêmio, as libras esterlinas restantes podem ser direcionadas ao custo de vida do estudante por no máximo 52 semanas a partir da data de matrícula.
Quem pode se inscrever no Global Study Awards?
O Global Stury Awards procura por estudantes talentosos e altamente motivados de todas as partes do mundo. O principal requisito é ter prestado o IELTS, exame reconhecido de proficiência na língua inglesa, e alcançado um resultado satisfatório.
Além de ter mais de 18 anos e planejar cursar um programa acadêmico no exterior, os candidatos precisam comprovar:
Potencial para contribuir à sociedade por meio dos estudos;
Forte comprometimento com o desenvolvimento profissional;
Interesse sincero em aumentar a coerência intercultural.
Os interessados também precisam ter um International Student Identidy Card (ISIC), carteirinha de identidade do estudante internacional, e/ou um International Youth Travel Card (IYTC).
Antes de se inscrever na bolsa de estudo, o estudante precisa passar pelo processo seletivo no exterior para o curso de interesse e ser admitido. A carta de oferta de vaga deverá ser um dos documentos apresentados na inscrição do Global Study Awards.
A seleção
Um painel de representantes do British Council e seus parceiros avaliará todos os inscritos e selecionará alguns candidatos em potencial para uma entrevista presencial antes da decisão final.
O resultado é divulgado com três meses de antecedência do prazo final das inscrições para os cursos com início na metade do ano – comum nos países do Hemisfério Norte. Os estudos começarão entre 1º de agosto e 31 de outubro.
Saiba mais na página oficial do The Global Study Awards. No site, você pode se cadastrar para receber informações sobre os próximos processos de seleção.
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EDUCAÇÃO
Como a psicologia ajuda estudantes no período pré-vestibular e Enem
Alimentar-se bem e praticar atividades físicas são recomendações para que o vestibulando ou participante do Enem consiga aguentar, com saúde, a maratona de estudos. Mas, e o lado mental, como fica?
O vestibular e o Enem por si só geram uma pressão enorme ao adolescente devido ao volume de conteúdos e à alta competitividade.
Além disso, o jovem lida com pressão dos pais e da sociedade e demais conflitos nesse momento decisivo da escolha da carreira.
Por tudo isso, conforme explica a psicóloga Ana Cláudia Almeida, especialista no atendimento a vestibulandos, na adolescência o estudante pode apresentar os sinais e os sintomas abaixo:
• Sentir ansiedade, agitação, estresse e falta de confiança;
• Ter pensamentos de depreciação por si mesmo;
• Não absorver os conteúdos;
• Usar métodos ineficazes de estudo;
• Ter apagões na hora da prova;
• Sentir dificuldade em interpretar as questões;
• Não conseguir lidar com o tempo.
Para Ana Cláudia, esses sintomas comumente culminam em um “ciclo de frustrações” que pode prejudicar diretamente os resultados na escola ou no cursinho pré-vestibular.
Veja também: quais os riscos que a ansiedade pode trazer para o aluno?
Como a psicologia ajuda estudantes?
Tratamento importante e que pode fazer diferença na preparação dos jovens para vestibulares e Enem, a terapia os ajuda a terem equilíbrio emocional, trabalhar a autoestima e evitar que o estresse e a ansiedade prejudiquem o desempenho nos estudos.
Segundo a psicóloga Jaqueline da Silva, que também auxilia vestibulandos, a psicoterapia pode amenizar a pressão para que a vivência do vestibular não seja traumática, pois, por meio do autoconhecimento, o estudante desenvolve habilidades que podem auxiliá-lo no manejo dos seus próprios conflitos.
Ao colocar seus sentimentos para fora, conversando com o profissional da área de Psicologia, o estudante pode organizar melhor as suas ideias e os seus pensamentos, deixando o cérebro organizado para assimilar melhor os estudos.
Além disso, fazer tratamento com psicólogos pode ajudar o aluno a evitar ou a lidar com situações de muita ansiedade, medos e fobias, Síndrome do Pânico, entre outras.
Por fim, o autoconhecimento adquirido nas sessões de terapia pode ajudar o estudante a escolher qual área de conhecimento tem preferência (exatas, humanas, biológicas ou artes) e qual profissão pode ser mais adequada para ele.
Confira algumas vantagens de fazer psicoterapia em época de vestibulares e Enem:
• Ajuda a ter equilíbrio emocional;
• Trabalha o autoconhecimento;
• Auxilia a manejar os próprios conflitos;
• Organiza melhor as ideias;
• Ajuda a lidar com situações de ansiedade e estresse.
Equilíbrio
Cuidar da saúde física e mental na fase de estudos é essencial, mas, conforme avaliam as psicólogas, o ideal, para o adolescente, é ter equilíbrio e saber como administrar todos os pilares da vida.
Jaqueline acredita que, para evitar que a rotina de estudos se torne pesada, é necessário ter um tempo para que o aluno possa desligar um pouco, ter o seu momento, fazer o que lhe dá prazer.
Para a psicóloga, equilibrar-se entre os estudos, a alimentação e o social consequentemente conduzirá o vestibulando a ter uma vida emocional mais saudável.
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INOVAÇÃO
A pedido do MEC, governo adia início do horário de verão por causa do Enem 2018
O presidente Michel Temer resolver atender o pedido do Ministério da Educação (MEC) para adiar o início do horário de verão. A mudança nos relógios estava prevista para o dia 4 de novembro, primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018, mas foi adiada para o próximo dia 18 do mesmo mês.
Com início geralmente em outubro, o horário de verão desse ano já havia sido adiado uma vez por conta das Eleições. No final de 2017, o presidente Michel Temer assinou um decreto transferindo o início do horário de verão para um final de semana depois do segundo turno das Eleições, que será no dia 28 de outubro. As datas das provas do Enem 2018 foram definidas janeiro, portanto, depois da decreto de Temer.
A decisão do presidente da república deve ser publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União. Atualmente, o horário de verão vale para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e para o Distrito Federal.
Ao solicitar a mudança no início do horário de verão, o MEC alegou que essa coincidência com as provas do Enem poderia confundir alguns participantes do exame.
Fechamento dos portões
O Enem 2018 acontece nos dias 4 e 11 de novembro, com portões abertos às 12h e fechados às 13, pelo horário de Brasília. Com o adiamento do início do horário de verão e o fuso horário de algumas regiões, o fechamento dos portões acontecerá nos seguintes horários:
- 13h: estados do Sul, Sudeste, Nordeste, Pará, Tocantins, Amapá, Goiás e Distrito Federal
- 12h: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Amazonas, Rondônia e Roraima
- 11h: Acre
Enem 2018
A partir do dia 22 de outubro, os participantes do Enem 2018 terão acesso ao Cartão de Confirmação de Inscrição. O documento informa o local das provas dos dias 4 e 11 de novembro, com endereço e número de sala.
O primeiro dia de provas terá cinco horas e meia de duração, e o segundo cinco horas. As provas começarão às 13h30, horário de Brasília, mas os participantes deverão chegar com antecedência mínima de meia hora.
- Dia 4/11: Ciências Humanas e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Redação.
- Dia 11/11: Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias.
Com as notas do Enem 2018, os estudantes podem ingressar em instituições públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). O exame também é usado em universidades privadas, oferecendo bolsas de estudos com o Programa Universidade Para Todos (ProUni) e financiando as mensalidades por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).
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INOVAÇÃO
Como transferir a bolsa do ProUni
O bolsista do Programa Universidade para Todos (ProUni) tem assegurada uma bolsa de estudo, integral ou parcial, em faculdade participar até o final do curso. Isso não significa que seja necessário concluir o curso na mesma instituição, pois é possível transferir o benefício para outro curso da mesma área do conhecimento ou até mesmo para outra instituição de ensino.
Para que este processo seja efetivado e validado pelo Ministério da Educação (MEC) é necessário que o estudante esteja atento a alguns detalhes importantes. O primeiro ponto que o bolsista precisa saber é que a transferência é feita entre as instituições e não cabe a intermediação do MEC.
Quando posso transferir minha bolsa do ProUni?
A transferência da bolsa do ProUni será feita se:
- As instituições de origem e destino estiverem de acordo com a mudança;
- A instituição e o curso para o qual o estudante deseja se transferir estejam regularmente credenciados no ProUni;
- Exista vaga no curso de interesse.
Depois de acertados os detalhes da mudança, a instituição de destino deve emitir o Termo de Transferência do Usufruto da Bolsa do ProUni. Assim, o prazo de utilização da bolsa passará a valer para o curso de destino, subtraindo o período utilizado no curso de origem.
Desde que cumpra os requisitos necessários, o estudante pode solicitar a transferência a qualquer tempo. No entanto, em alguns casos, ele deve solicitar a mudança para continuar estudando. Isso acontece quando:
- O curso for cancelado em função de fusão ou incorporação da instituição de ensino;
- A instituição de ensino encerrar suas atividades;
- O estudante ter que mudar de sede por interesse da administração;
- Quando o estudante for servidor público federal civil ou militar, ou dependente deste, e seja transferido, acarretando em mudança de domicílio.
Todos os procedimentos necessários para a transferência de curso devem ser feitos pelas instituições envolvidas, por meio da internet, no SisProUni.
O processo de transferência da bolsa do ProUni é gratuito, sendo proibida a cobrança de taxas como condição para emissão de documentos.
Quais faculdades aceitam a transferência de bolsa do ProUni?
A lista de instituições credenciadas e dos cursos que oferecem bolsas do ProUni é publicada durante o período de inscrições do programa. No entanto, é possível, fora deste prazo, consultar junto à secretaria da instituição, para a qual pretende se transferir, a disponibilidade de vagas e a possibilidade de transferência.
Como transferir a bolsa para universidade federal
Se o estudante deseja se transferir para uma instituição pública, será necessário se submeter às regras da própria universidade, ou seja, fazer o vestibular tradicional ou de transferência externa ou se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) depois de fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O regulamento do ProUni proíbe a concessão e/ou a manutenção do benefício para estudantes matriculados em instituições públicas de ensino superior. Portanto, caso o bolsista do ProUni consiga uma vaga em universidade federal ou estadual, terá que solicitar o cancelamento da bolsa junto à Coordenação do ProUni na instituição do curso de origem.
Transferências não permitidas
O estudante com bolsa integral não pode solicitar a mudança para um curso ou instituição que tenha vaga para bolsas parciais e vice-versa. É necessário que a vaga existente no curso de destino seja na mesma modalidade que o estudante foi beneficiado.
O tempo de conclusão no novo curso também não pode exceder o período de concessão da bolsa. Por exemplo, se a bolsa foi concedida para um curso com duração de oito semestres e, antes da transferência, o estudante cursou seis semestres, no novo curso o tempo de conclusão não pode exceder dois semestres.
As bolsas concedidas por ordem ou decisão judicial também não pode ser transferidas.
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CORREIO BRAZILIENSE
EDUCAÇÃO
Cebraspe realizará seu 4º Seminário de Pesquisas
O Cebraspe realizará, nesta sexta-feira (5), a quarta edição do Seminário de Pesquisas promovido pela organização. O evento ocorrerá das 8h às 18h, no Anfiteatro II da Finatec, localizado no câmpus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB). A programação conta com participação de professores especialistas na área de avaliação e que vão tratar de temas como Validade, Testes aplicados via computador, Teoria de Resposta ao Item (TRI) e avaliação da educação profissional — assuntos de grande importância para o Cebraspe.
O evento é o resultado do projeto de fomento realizado anualmente pelo Centro para concessão de bolsas para projetos de pesquisa e de desenvolvimento científico e tecnológico na área de avaliação educacional, certificação e seleção de pessoas. O objetivo é promover o ensino e a pesquisa científica, assim como o desenvolvimento tecnológico, o desenvolvimento institucional e a difusão de informações, experiências e projetos de interesse social e utilidade pública nas áreas de avaliação, certificação e seleção.
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EDUCAÇÃO
Fundação Estudar lança desafio para jovens universitários
A Fundação Estudar lança um Hackathon Universitário, desafio que tem por objetivo fomentar o compartilhamento de ideias entre universitários por meio de um case com foco em inovação. Dividido em duas fases, a primeira etapa composta por testes para verificar habilidades e competências, como o domínio do inglês, lógica, valores comportamentais, interesses e conquistas. A partir disso, 25 jovens serão selecionados e passarão para a segunda fase, um desafio presencial em São Paulo, com a participação de uma multinacional de grande porte. As inscrições vão até este domingo (7) pelo site.
A etapa presencial consiste no desenvolvimento de projetos inovadores relacionados a desafios reais em grandes companhias. Durante o desafio, a Fundação Estudar será responsável por um workshop de protagonismo e execução em que os facilitadores terão como missão utilizar ferramentas que potencializam essas habilidades nos jovens ali presentes. A equipe vencedora receberá prêmios de até R$ 5 mil, assim como aparelhos Kindle e vales Saraiva. Podem participar estudantes universitários devidamente matriculados e em situação regular de cursos de graduação de todos os tipos e de qualquer universidade do Brasil.
Conheça a Fundação Estudar
A Fundação Estudar é uma organização sem fins lucrativos que acredita que o Brasil será um país melhor se tiver mais jovens determinados a seguir uma trajetória de impacto. Criada em 1991, a instituição tem como objetivo disseminar uma cultura de excelência e alavancar os estudos e a carreira de universitários e recém-formados por meio da formação de uma comunidade de líderes, do estímulo à experiência acadêmica no exterior e do apoio à tomada de decisão de carreira. Mais informações no site da Fundação.
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ESTÁGIO
Programa de estágio para alunos de cursos técnicos abre inscrições
A Otis Elevator Company está com inscrições abertas até 26 de outubro para o Programa de Estágio 2019. Podem concorrer a uma das vagas os estudantes maiores de 18 anos e que estejam cursando o primeiro ou segundo semestre dos cursos técnicos de elétrica, eletroeletrônica, mecatrônica, mecânica ou automação e áreas correlatas.
Com índice de efetivação de mais de 90%, a empresa vai ofertar 50 vagas de estágio em 20 cidades do país. São elas: ABC, Campinas, São Paulo, Santos, Ribeirão Preto, São José dos Campos; Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Niterói, Vitória, Brasília, Goiânia, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza, Recife, Salvador, João Pessoa e Maceió.
O programa tem duração de 10 meses (1.272 horas ao todo) e começa em março de 2019. Além da bolsa auxílio de R$ 1.100, o estágio concede outros benefícios, como vale-alimentação, vale-transporte e seguro de vida.
As inscrições para o processo seletivo podem ser feitas por meio do site do Ciee. O programa tem três fases: inscrição on-line, prova técnica e redação e entrevistas individuais.
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GLOBO.COM
OCDE
Salários altos, prestígio, apoio ao estudo: as lições dos países que melhor tratam seus professores
No Vietnã, um professor é perguntado nos primeiros dias de trabalho sobre as metas que deseja alcançar na carreira. Quer trabalhar na linha de frente com as crianças e adolescentes? Almeja um cargo de gestão? Ou gosta mesmo de pesquisar e desenvolver técnicas e metodologias de ensino? A partir disso, professor e diretor da escola atuam em conjunto para estruturar a carreira de acordo essas preferências.
No Japão, bônus salariais, a possibilidade de acelerar promoções e a ideia de desafio tornam atrativo dar aulas nas escolas mais pobres do país. Na Estônia, a forte evolução salarial nos últimos anos e a autonomia para aplicar métodos criativos de ensino fazem da carreira de professor uma das mais cobiçadas.
Na Coreia do Sul, o alto status social dos professores combina estabilidade, bons salários e rigorosos requisitos de admissibilidade na carreira. Já na Finlândia, o salário não é dos mais altos quando comparado à média das demais profissões; mas o prestígio, sim.
O que esses cinco países têm em comum?
A contratação de professores é seletiva, a profissão é valorizada e, mais importante, a carreira é estimulante, o que atrai bons profissionais para as salas de aula. E esse foco na qualidade dos professores se reverteu em bons resultados no influente ranking Pisa, organizado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que avalia o desempenho de jovens de 15 anos em ciências, matemática e leitura em 75 países.
"A qualidade da educação de um país nunca será maior que a qualidade dos seus professores", definiu em entrevista à BBC News Brasil Andreas Schleicher, o idealizador do Pisa e diretor da área de educação da OCDE. E, para ter bons professores, é preciso atrair as pessoas mais talentosas para a profissão, oferecendo uma carreira desafiadora, além de boas condições de trabalho, diz Schleicher.
Nesses quesitos, o Brasil está longe de ser exemplo. Numa pesquisa da OCDE com 100 mil professores do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos), o Brasil aparece no topo de um ranking de violência em escolas.
Soma-se a isso o fato de a profissão de professor não ter prestígio social, salários abaixo da média da OCDE, ausência de uma carreira bem estruturada e de um período mínimo de experiência prática em salas de aulas como parte da formação. Todos esses fatores puxam para baixo a qualidade da educação no Brasil, que ficou entre os 10 países com piores resultados no Pisa de 2015.
Mas o que o nosso País pode aprender com a experiências das nações que melhor tratam os seus professores?
A OCDE examinou as políticas para professores de 19 países que, além de irem bem no Pisa, revelam resultados equânimes, ou seja, não apresentam grande disparidade na qualidade do ensino para alunos ricos e pobres. Entre essas nações estão Japão, Cingapura, Estônia, Finlândia, China e Alemanha.
Embora cada uma adote modelos diferentes, alguns fatores em comum foram identificados e podem servir de inspiração:
Testes de admissão rigorosos e 'recrutamento' dos melhores alunos
Todos os países com melhor desempenho no Pisa adotam critérios rigorosos na formação e contratação de professores, segundo o estudo Políticas Efetivas para Professores, da OCDE.
Na Coreia do Sul e na China, interessados em dar aulas no ensino básico precisam passar por dois testes altamente competitivos - um para ingressar no curso de formação de professor e outro depois de formado, para ser autorizado a integrar o sistema de ensino.
Na Alemanha, a preparação para se tornar professor de ensino básico dura entre seis e sete anos- compreende um mestrado e, pelo menos, um ano de experiência prática em sala de aula. Além disso, os candidatos precisam passar por um processo de certificação nacional que ateste que cumprem os requisitos.
Já em Cingapura, os melhores alunos do ensino médio são “recrutados” para se tornarem professores, por meio de condições atrativas de estudo e trabalho, como a oferta de uma generosa bolsa mensal durante o período de treinamento.
A seletividade é essencial na construção de prestígio em torno da profissão de professor, diz a professora Cláudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
“Na Finlândia, é dificílimo ser professor e é muito concorrido, mesmo pagando menos que profissões de mesma escolaridade, embora claro que num patamar salarial bem acima do Brasil”, exemplificou Costin, que é ex-diretora do departamento de educação do Banco Mundial.
“No Brasil, deveria ser fixada uma nota mínima no Enem para entrar para os cursos de licenciatura e pedagogia, e ter um processo nacional de certificação de professores, que pode ser uma prova de avaliação docente”, defendeu.
Experiência prática como parte da formação
O diretor de educação da OCDE, Andreas Schleicher, destaca que os países bem sucedidos no Pisa adotam um sistemas de formação de professores que exigem um período mínimo de experiência prática em sala de aula, sob supervisão e com constante feedback.
"É importante garantir que uma parte considerável do treinamento se dê nas salas de aula das escolas, não apenas nas universidades. As salas de aula são os locais onde os professores adquirem boa parte da técnica e da qualificação. A maioria dos países com boas políticas públicas para o magistério têm um equilíbrio entre formação teórica e prática", afirmou ele à BBC News Brasil.
O período de treinamento prático varia entre os países com as maiores notas no Pisa - vai de 20 dias no Japão a alguns meses no Reino Unido, Austrália e Noruega, para um ou dois anos inteiros na Alemanha.
Costin destaca que, no Brasil, experiência prática não costuma integrar o currículo obrigatório dos cursos de licenciatura e pedagogia
Especialização na área de ensino
Outro fator comum entre a maioria dos países que vai bem no Pisa é o alto número de professores com especializações nas áreas que lecionam ou a oferta, após a contratação, de cursos e workshops para garantir o aprendizado continuado dos profissionais.
No Brasil, só 29% dos professores de ciências no Brasil têm especialização na área, segundo a OCDE.
Em países como Finlândia, Austrália, Coreia do Sul e Alemanha, que estão entre os que apresentaram os melhores resultados do Pisa na área de ciências, a proporção de professores especializados nessa disciplina nas escolas públicas ultrapassa 80%.
“A primeira coisa que você, como aluno, percebe é se o seu professor realmente domina a matéria que ele está ensinando, então, claramente é uma vantagem ter um profissional com especialização na área que ele leciona”, diz Schleicher.
Segundo Cláudia Costin, a falta de qualificação dos professores dificulta que os alunos desenvolvam uma capacidade de “reflexão científica”. Ou seja, que aprendam a lógica por trás das lições e possam aplicar o conhecimento de forma crítica, em vez de apenas replicar conteúdo memorizado.
“Para poder ensinar num nível mais profundo, ensinar a pensar cientificamente, o professor precisa ter conhecimento da didática da disciplina. Ele não consegue ensinar a pensar cientificamente só seguindo o livro didático, mesmo que seja um material estruturado que dê a receita do bolo”, diz.
Plano de carreira e bons salários
A OCDE diz que, em geral, os países com melhor desempenho no Pisa pagam aos professores salário maior que a renda per capita, sendo que alguns oferecem remunerações extremamente competitivas, como Coreia do Sul, Alemanha e Hong Kong (China).
No Brasil, o piso salarial dos professores é, atualmente, R$ 2.455. “Salário é uma questão essencial. A remuneração vem aumentando no Brasil, mas muito menos que a de profissões de igual escolaridade. Isso explica em parte a baixa atratividade da carreira para o futuro professor”, diz Costin.
Mas Schleicher ressalta que alguns países que vão mal no Pisa também oferecem bons salários e que nações como a Finlândia, onde professores ganham menos que a média de outras profissões de mesma escolaridade, vão excepcionalmente bem em qualidade de ensino.
Isso significa, segundo ele, que um fator ainda mais importante que salário é tornar a profissão de professor uma carreira estimulante, com possibilidade de progressão baseada em resultados.
“Por um lado, podemos dizer que o Brasil tornou dar aulas um pouco mais atrativo financeiramente nos últimos anos, já que os salários aumentaram um pouco. Mas o Brasil não fez o suficiente para tornar a carreira de professor intelectualmente atrativa”, disse.
“Você quer que as pessoas mais talentosas e competentes da sociedade se tornem professores. É o que aprendemos da Finlândia. Lá, os salários de professores não são fantásticos, mas todos querem se tornar professores, porque é considerado uma carreira incrível.”
Costin concorda que não existe uma carreira estuturada para os professores de escolas públicas no Brasil. Ela destaca que os profissionais que lecionam no ensino básico costumam ser contratados em concursos públicos para cumprirem carga horária de 16 ou 20 horas. Portanto, ganham pouco e a acabam tendo que acumular empregos ou funções em escolas diferentes.
“Os professores não são contratados para uma carga horária semanal de 40 horas. Com isso, ele não cria uma identidade com um grupo de professores e com as crianças, não tem tempo de conviver com os estudantes e ter uma relação significativa com eles.”
Desafios e educação continuada
Outro fator em comum entre os países com melhor desempenho no Pisa é a ampla oferta, aos professores, de cursos que garantam um aprendizado contínuo, além de autonomia para desenvolver e testar novos métodos de ensino.
De acordo com a OCDE, na Austrália, Reino Unido, Coreia do Sul, Nova Zelândia e Cingapura, é comum o acesso frequente a workshops para grupos de professores e oferta de coaching, para que os profissionais tenham contato com novas metodologias e saibam identificar as próprias preferências na carreira.
Além disso, na maioria dos países com notas altas no Pisa, a progressão na profissão está diretamente associada ao tamanho do desafio que o profissional aceita assumir e aos resultados que ele obtém.
No Japão, por exemplo, é exigido que os professores troquem de escola periodicamente, para garantir um equilíbrio entre novatos e profissionais experientes nas escolas localizadas em áreas mais pobres do país.
E há incentivos aos professores para que assumam turmas com alunos em “desvantagem social e econômica”, como antecipação de promoções para cargos de gestão e a possibilidade de escolher a próxima escola onde quer trabalhar.
No Brasil, prevalece a progressão salarial por tempo de serviço e, em geral, faltam incentivos para que professores assumam projetos complexos e desafios.
E qual a orientação da OCDE para o Brasil?
Andreas Schleicher avalia que a melhor forma de dar um salto de qualidade na educação é melhorar as condições de trabalho dos professores, para garantir profissionais dedicados e mais bem qualificados.
Se o dinheiro que o Brasil tiver para investir for "pouco", é preciso fazer escolhas estratégicas - entre ter salas com menos alunos e pagar mais por um bom professor, Schleicher recomenda investir no profissional mais qualificado.
As pesquisas da OCDE revelam que os resultados dos alunos são mais afetados pela qualificação e tempo de experiência do professor do que pelo tamanho das salas de aula.
“Se o Brasil não tiver, no momento, muito dinheiro para investir em educação, é preciso refletir mais sobre como investir da maneira mais produtiva. E isso significa, por exemplo, priorizar a qualidade do professor em detrimento de reduzir o número de alunos por profissional”, avalia.
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ENEM 2018
Distribuição de 11 milhões de provas começa a ser feita pelos Correios
As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018, já começaram a chegar em seus destinos por todo o Brasil. Os Correios são responsáveis pela retirada do material da gráfica até a entrega nos locais de aplicação, a distribuição dos 11 milhões de cadernos de provas começou no sábado (29). Ao todo, são mais de 1,7 mil municípios que receberão o exame.
A empresa também faz a logística reversa para a correção das provas. De acordo com os Correios, são 8 mil rotas de transporte e o material é escoltado pelas forças de segurança. O Exército local de cada região fica responsável pela guarda temporária dos malotes em seus batalhões, para garantir o sigilo de informação.
Segundo balanço divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), há 5,5 milhões de inscrições confirmadas.
Segurança reforçada
Durante o Encontro Nacional para Alinhamento Operacional do Enem, realizado em Osasco, na quinta-feira (27), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou que a segurança na aplicação do exame este ano foi ampliada em cinco vezes.
“Foi feita uma manutenção de todos os requisitos de segurança e a ampliação em cinco vezes dos detectores de ponto eletrônicos, ampliando assim a garantia igualdade entre os participantes”, disse Eunice Santos, diretora de Gestão e Planejamento do Inep.
Calendário do Enem
O Enem 2018 acontecerá em dois domingos, nos dias 4 e 11 de novembro:
04/11: primeiro dia de provas
Provas: linguagens (45 questões), ciências humanas (45 questões) e redação
Duração: 5h30
Abertura dos portões: 12h
Fechamento dos portões: 13h
Início das provas: 13h30
Encerramento das provas: 19h
11/11: segundo dia de provas
Provas: ciências da natureza (45 questões) e matemática (45 questões)
Duração: 5h
Abertura dos portões: 12h
Fechamento dos portões: 13h
Início das provas: 13h30
Encerramento das provas: 18h30
Calendário do horário de verão
O horário de verão está marcado para começar à 0h do dia 4 de novembro, na noite que antecede o primeiro dia de provas do Enem. Nesta quarta, o MEC afirmou que solicitou ao governo federal o adiamento do início do horário de verão para depois da aplicação dos dois dias do Enem, mas ainda não houve resposta.
Se nenhuma modificação for feita, o horário de verão começa à 0h do dia 4 e terminará em 16 de fevereiro de 2019.
Neste ano, municípios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal precisarão adiantar os relógios em uma hora.
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EDUCAÇÃO
Governo federal anuncia investimento de R$ 600 milhões no ensino médio
O ministro da Educação, Rossieli Soares, anunciou nesta quinta-feira (4) que o governo federal investirá, por meio de duas portarias, R$ 600 milhões no ensino médio nos próximos anos.
O anúncio ocorreu durante cerimônia no Palácio do Planalto, com a participação do presidente Michel Temer. Na solenidade, Soares assinou as portarias que viabilizam os investimentos.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), o governo destinará R$ 200 milhões para avaliar escolas de tempo integral no ensino médio. Outros R$ 400 milhões serão investidos até 2020 na implementação do novo ensino médio.
O governo reformou o ensino médio por meio de uma medida provisória, há dois anos. A lei que implementa o novo ensino médio foi sancionada por Temer em fevereiro do ano passado.
A reforma é considerada pelo governo uma das principais medidas adotadas durante a gestão de Temer, iniciada em maio de 2016.
Portarias
O MEC informou que os investimentos no ensino médio serão feitos a partir de duas portarias. Uma delas prevê a avaliação de impacto do Programa de Fomento à Implantação das Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.
A previsão da pasta é ter a participação no programa de 312 escolas públicas de ensino médio. O programa avaliará, entre outros pontos, qualidade do aprendizado, rendimento escolar e redução da desigualdade entre alunos.
A segunda portaria trata do Programa Dinheiro Direto na Escola. Segundo o MEC, entre 4 e 5 mil escolas poderão receber R$ 400 milhões até 2020 para implementar o novo ensino médio. Os dinheiro deverá ser aplicado, de forma preferencial, em:
Adequação de infraestrutura
Aquisição de equipamentos, como laboratórios e kits pedagógicos
Projetos pedagógicos
Formação de professore
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FOLHA.COM
VERBA
Fundamentais para pesquisa, museus disputam atenção e verba com ensino
Pesquisa gera acervo. Acervos fomentam novas pesquisas. Existe um nexo contínuo entre faculdades e museus universitários que é imprescindível para a produção do conhecimento.
Esse nexo, porém, não é tão imediato para quem cruza a entrada de uma instituição como era o Museu Nacional.
Foi o incêndio de seu monumental acervo, no dia 2/9, que colocou a pergunta na cabeça do público leigo. Afinal, o que faz um museu universitário?
“Existe um entendimento comum, internacional, de que museu preserva, pesquisa e comunica material para um público”, diz Renata Motta.
“Os museus universitários reforçam essa dimensão da pesquisa, relegada em outros museus”, continua a arquiteta, que é assessora da reitoria da USP (Universidade de São Paulo) para a área de museus.
A USP tem quatro museus estatutários –como se chamam os que têm orçamento separado para sua manutenção e autonomia para geri-lo.
São o Museu Paulista e o MZUSP, de Zoologia, ambos no Ipiranga, o MAC (Museu de Arte Contemporânea), no Ibirapuera, e o MAE (Museu de Arqueologia e Etnologia), no campus Butantã.
Mas a USP é ainda casa de acervos, pequenas e grandes coleções, ligadas a suas faculdades e que dependem do orçamento dessas unidades.
A necessidade de preservação de um patrimônio de relevo “de certa forma compete com a dimensão da missão de ensino e pesquisa”, diz Motta.
Carlos Roberto Brandão, diretor do MAC –que desde 2012 ocupa o prédio de Oscar Niemeyer que por anos foi sede do Detran–, diz que “muita gente na própria USP questiona a validade de ter museus”.
“São pessoas que veem museus como simples depósitos de coisas antigas e simples salas de exposição”, afirma.
O MAC tem cinco docentes e é sede de cursos de pós-graduação em estética e história da arte e em museologia.
Segundo Brandão, o museu teve seu público ampliado para 200 mil pessoas ao ano, mais de cem vezes o que tinha na sede da USP, apertada para um acervo de cerca de 11 mil itens, sempre em expansão.
Se o MAC se expandiu ao sair da Cidade Universitária, o MAE, com cerca de 1,5 milhão de itens, que vão do paleolítico europeu a povos indígenas do Brasil, e importante centro de pesquisas, com 20 docentes, vive lá acanhado.
Do outro lado da avenida, o museu enxerga seu futuro, a poucos passos, mas distante.
No que deveria ser a Praça de Museus está a estrutura do enorme prédio projetado por Paulo Mendes da Rocha para ser a sede do MAE. A crise da universidade interrompeu a obra, que previa ainda espaço para o Museu de Zoologia.
Além do prédio dos anos 1940 que ocupa, o Museu de Zoologia aluga outro na avenida Nazaré, para acomodar sua coleção, que Brandão, do MAC, estima ser, depois da do Museu Nacional, a mais importante da América Latina –ele é biólogo e dirigiu o MZUSP.
Vizinho dali, o Museu Paulista estuda a sociedade a partir de seus produtos materiais, como explica Solange Ferraz de Lima, sua diretora.
O palácio que coroa o parque, porém, está fechado desde 2013. Terá sido uma década sem mostras, se de fato for reaberto no bicentenário da Independência, em 2022.
No começo de setembro, o museu contava com R$ 3,2 milhões dos R$ 100 milhões orçados para a obra, que deve ampliar a área do museu em 50%.
Lima ressalta que o “público em geral conhece uma parte” do que é um museu universitário, “o espaço de exposições”. Ela cita atividades de produção de mostras alheias, oficinas e empréstimos de obras entre as muitas que compõem o cotidiano da instituição.
Desde 2016, os acervos vêm sendo transferidos, a fim de “garantir a continuidade da pesquisa”, explica. Coleções textuais e iconográficas e a biblioteca foram reabertas. Acervos de móveis, pinturas e outros objetos estão sendo levados para três galpões.
Os quatro grandes da USP dispõem de orçamento próprio e captam recursos de fundos como a Fapesp, por meio de linhas de pesquisa. Os menores e sem autonomia, porém, dependem de repasses, editais e captações extras.
É o caso do Museu da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), no centro de Porto Alegre. Ele é uma espécie de “museu dos museus”. Além de guardar documentos e cerca de 10 mil fotos que entrelaçam a história da UFRGS e a local, empresta expertise museológica às demais unidades da universidade.
“As universidades possuem uma riqueza que nem elas mesmas conhecem”, afirma Lígia Ketzer Fagundes, historiadora do museu.
Ela dá o exemplo da exposição “Antes dos Dinossauros”. Foi preciso um ano de pesquisa no acervo do Instituto de Geociências para montá-la. Estreou em 2004 e foi um sucesso; chegou a itinerar e fomentou a criação de um espaço expositivo para o Museu de Paleontologia da UFRGS.
Para facilitar a circulação de ideias e de peças entre os acervos da universidade, fundou-se a Remam (Rede de Museus e Acervos), com 29 entidades –nenhuma tem orçamento.
“Os museus não são o fim último da universidade, mas eles existem”, diz Fagundes.
A fim de chamar atenção para sua função e discutir rumos para a preservação de seu patrimônio, o Fórum Permanente de Museus Universitários se reunirá de 9 a 11 de outubro em Belo Horizonte.
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RANKING
Escolas na liderança do RUF concentram os bolsistas de mestrado e doutorado
Os dados do novo RUF mostram que há forte correlação entre a política nacional de concessão de bolsas de pesquisa e a produtividade científica das principais universidades do país.
Com poucas exceções, as dez instituições no topo do RUF também são as que mais obtêm bolsas de mestrado, doutorado e outras modalidades dos órgãos federais de fomento à pesquisa.
É o caso da USP, primeira colocada no ranking de pesquisa e no montante de bolsas de estudo.
Em 2016, pesquisadores da universidade receberam R$ 209 milhões em bolsas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), enquanto R$ 148 milhões foram destinados a bolsistas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
A lógica por trás é simples: jovens bolsistas de mestrado e doutorado são os principais responsáveis pelo cotidiano da pesquisa científica.
"Se existe outro modelo além desse, eu desconheço", diz o físico Luiz Davidovich, presidente da ABC (Academia Brasileira de Ciências) e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio), segunda colocada entre as instituições que mais recebem essas bolsas.
São esses jovens que estão disponíveis para monitorar um experimento no laboratório de madrugada ou no fim de semana. E, principalmente, são eles que trazem novas ideias e arejam a maneira de pensar das equipes de pesquisa, segundo Davidovich.
O biofísico Jerson Lima Silva, professor da UFRJ e ex-diretor científico da Faperj, fundação de amparo à pesquisa do Rio, destaca o crescimento da participação dos bolsistas de pós-doutorado na produção científica brasileira nos últimos dez anos, embora mestrandos e doutorandos ainda sejam mais numerosos.
Segundo ele, a manutenção desses bolsistas foi responsável pela produção científica do Rio de Janeiro não ter sido comprometida totalmente nesses anos de crise.
O bioquímico Rafael Roesler, professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), terceira instituição a receber mais bolsas, calcula já ter orientado cerca de 30 mestrandos e por volta de 20 doutorandos ao longo de sua carreira. Entre 80% e 90% desses pesquisadores iniciantes eram bolsistas, estima ele.
Roesler, porém, destaca a importância das bolsas de iniciação científica, destinadas quase sempre a alunos que ainda estão cursando a graduação, como ferramenta para formar cientistas
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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.
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